PIB da zona do euro teve forte queda em 2012

As economias de Itália, Portugal e Grécia registraram contração no último trimestre de 2012, segundo dados divulgados ontem pelos respectivos institutos nacionais de estatísticas.

Na Itália, a economia contraiu 0,9% no quarto trimestre do ano passado e o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 2,8% na comparação anual, informou o instituto Istat. Pesou sobre a economia italiana demanda doméstica fraca e uma queda nos estoques, enquanto as exportações registraram crescimento modesto.

A Itália enfrenta uma recessão desde meados de 2011 e não deve mostrar nenhum crescimento até o segundo semestre. A economia se contraiu 2,4% no ano passado e na sexta-feira a Fitch cortou o rating de crédito soberano do país, citando forte recessão, dívida crescente e instabilidade política após a eleição inconclusiva do mês passado.

Em Portugal, o PIB recuou 1,8% no quarto trimestre de 2012 em relação aos três meses anteriores, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Na comparação anual, o PIB português encolheu 3,8% entre outubro e dezembro, num ritmo mais forte do que a queda de 3,5% verificada no terceiro trimestre. Em todo o ano de 2012, o PIB de Portugal perdeu 3,2% em volume, após a redução de 1,6% observada no ano anterior, informou o INE.

Já a economia grega encolheu 5,7% no último trimestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano anterior, somando uma queda de 20% em termos reais desde 2008. Teria sido pior não fosse pela queda de 17,5% no déficit comercial do país no quarto trimestre, informou o serviço estatístico Elstat.

Dados revisados do PIB mostraram uma contração mais leve do que a estimativa preliminar de 6,0% feita em fevereiro, a expectativa ainda é de que a Grécia registre em 2013 contração pelo sexto ano consecutivo.

O governo e o banco central projetam uma contração de 4,5% para 2013. “Os dados preliminares confirmaram a contração contínua da demanda doméstica, com importações menores fornecendo uma influência positiva”, afirmou o economista do Eurobank Platon Monokroussos. Com esse resultado, a contração no ano todo chegou a 6,4%, em consonância com as projeções do governo.

Privatizações

Ainda ontem, o Fundo de Desenvolvimento de Ativos da República Helénica, responsável pelas privatizações na Grécia, anunciou a abertura de licitação para a venda de 28 prédios públicos, incluindo as sedes de vários ministérios, escritórios da Receita Federal grega e a sede da polícia de Atenas.

Desde que recebeu seu primeiro pacote de ajuda financeira internacional, em maio de 2010, a Grécia conseguiu levantar apenas € 2 bilhões com privatizações. A meta para 2012 era de € 3 bilhões e, neste ano, o governo grego espera arrecadar € 2,6 bilhões com a venda de ativos.


Mercado aposta na alta dos juros

Correio Braziliense

Para a maior parte do mercado financeiro, a alta dos juros básicos (Selic) ainda neste ano se tornou inevitável. Depois do comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, os analistas entenderam que a inflação ganhou mais peso entre as preocupações do Banco Central. No boletim semanal Focus, publicação que reúne as expectativas de cerca de 100 economistas de bancos e empresas de consultoria, a estimativa dominante é que a Selic termine 2013 em 8% ao ano. O processo de elevação teria início em outubro, quando o BC subiria a taxa em 0,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano. Em novembro, haveria um novo aperto de 0,25 ponto.

Na semana passada, quando a inflação surpreendeu os analistas ao registrar expansão de 0,6% em fevereiro e 6,31% no acumulado de 12 meses, o mercado futuro de juros reagiu fortemente e as apostas chegaram a bater em uma Selic de até 9% ao ano no fim de 2013. Com o anúncio da desoneração da cesta básica, que tem potencial para diminuir o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,4 ponto percentual, o ímpeto dessas apostas, porém, diminuiu. Ontem, elas já haviam recuado para algo ao redor de 7,5% ao ano e pouquíssimos acreditavam em um ajuste monetário já na próxima reunião do Copom, em abril.

Alguns analistas acham até que o ritmo de crescimento do país está lento demais para suportar um aumento dos juros básicos. Na avaliação dessa corrente, o pior da inflação está nos serviços, que chegaram a aumentar 8,66% no acumulado de 12 meses até fevereiro — quase o dobro do centro da meta estabelecida pelo governo para o IPCA, de 4,5%. Nos cálculos de André Perfeito, economista-chefe da corretora Gradual Investimentos, para levar os preços dos serviços a um patamar mais tolerável, seria necessário subir a Selic dos atuais 7,25% ao ano para cerca de 10%, o que provocaria forte contenção na atividade econômica. “Isso transformaria a classe média em classes D e E novamente, o que ninguém quer. Espera-se do BC algo que não dá para exigir”, afirmou.

Na visão dele, o Banco Central tem espaço para esperar e analisar o comportamento dos preços a curto prazo. Para o Bradesco, que faz avaliação semelhante, a autoridade monetária não vai subir juros em 2013, porque já está em curso uma desaceleração dos preços dos alimentos. Enquanto o preço médio do grupo alimentação e bebidas registrou alta de 1,99% em janeiro, no mês seguinte a elevação foi menor, de 1,45%. A expectativa é que essa taxa diminua ainda mais nos próximos meses.

Sangue frio

Mesmo assim, o IPCA acumulado em 12 meses deve estourar o teto da meta, definida em 6,5%, já em março. A avaliação de alguns analistas econômicos é que o Banco Central terá de ter sangue frio para suportar as críticas, se não subir os juros já no próximo mês. As acusações de que o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem sido leniente com a alta de preços tendem a ganhar corpo com a divulgação do IPCA deste mês. No boletim Focus, as previsões de inflação para 2013 também pioraram, passando de 5,70%, na semana passada, para 5,82%.

Elson Teles, economista do Itaú Unibanco, revisou a estimativa de inflação de março de 0,45% para 0,55%, apesar da desoneração da cesta básica. “Se este resultado for confirmado, a inflação (em 12 meses) chegaria a 6,67%”, calculou. Teles está entre os mais pessimistas com a carestia. Na avaliação dele, a queda nos alimentos não é suficiente para segurar o índice. “O aumento nos preços dos alimentos tem sido resistente, indicando que a desaceleração, na margem, deve ser menos intensa do que o anteriormente previsto”, observou.


Bancos esperam mais IPOs em 2013

Valor Econômico

O apetite dos investidores por ofertas de ações de empresas brasileiras começa a se recuperar, mas seletividade é a palavra de ordem. Os anos de euforia em relação ao país ficaram para trás, o que se reflete numa exigência maior na busca por ativos.

Diferentemente do que se viu no auge das emissões de ações, em 2007, hoje é quase impossível levar a mercado uma companhia em fase pré-operacional. Também são remotas as chances de sucesso de ofertas de empresas que não tenham um histórico consistente de resultados e não apresentem perspectivas vistas como factíveis.

As companhias já perceberam que só poderão captar recursos na bolsa se sua história estiver “redonda”, diz Roberto Barbuti, corresponsável pelo banco de investimentos do Bank of America Merrill Lynch no Brasil. “Muitas estão fazendo ajustes internos e aquisições para ganhar massa crítica.”

Para Daniel Darahem, diretor do banco de investimentos do J.P. Morgan, o ideal é que as candidatas tenham receitas recorrentes, baixa necessidade de investimentos e alta geração de caixa.

Em boa medida, a demanda dos investidores reflete o comportamento que se tem visto na bolsa, onde papéis de segmentos tradicionais, com grande peso no Ibovespa, estão em queda e setores mais ligados ao consumo interno estão em alta. “Existem hoje dois “Brasis””, diz Fernando Iunes, diretor de banco de investimentos do Itaú BBA. “Um está mais sujeito à regulação e ao cenário macroeconômico. Outro é o Brasil empreendedor, que continua dando certo.”

Apesar dessa divisão informal, nada impede que ofertas de empresas de segmentos como energia e petróleo saiam. Basta que estejam bem amarradas. O investidor não está preso a setores específicos e tem feito suas análises caso a caso, diz Renato Ejnisman, diretor do Bradesco BBI.

“Não tem setor ruim ou bom, o que tem é história boa ou não”, acrescenta o chefe do banco de investimentos do Credit Suisse no Brasil, Allan Libman.

Em 2012, houve apenas três ofertas iniciais na BM&FBovespa. A maior delas foi a do banco BTG Pactual, em abril. As outras foram da fabricante de móveis Unicasa e da locadora de veículos Locamérica. Na segunda metade do ano, empresas como a Vix Logística e a CPFL Renováveis ensaiaram ir à bolsa, mas engavetaram os planos.

Agora, a situação é mais animadora. Além da Linx, a desenvolvedora de software Senior Solution já foi a mercado neste ano e captou R$ 62,2 milhões – foi a segunda oferta da história do Bovespa Mais, segmento da bolsa voltado a empresas pequenas e médias.

A BB Seguridade, subsidiária do Banco do Brasil, prepara uma oferta estimada em R$ 5 bilhões. A Smiles, que gerencia o programa de milhagens da Gol, e a sucroalcooleira Biosev, também deram início a seus preparativos. Além delas, os bancos dizem ter em carteira dezenas de empresas cujas ofertas estão sendo desenhadas e se tornarão públicas nos próximos meses.

“A ausência de notícias ruins é o que favorece esse cenário”, afirma Fábio Nazari, chefe de mercado de capitais do BTG Pactual. “Se a liquidez continuar grande e a volatilidade permanecer baixa, o mercado está bastante fértil.”


Repasse de isenção para o consumidor será parcial

Valor Econômico

Há pouco consenso em relação à magnitude do repasse final para os consumidores da desoneração da cesta básica anunciada sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Analistas ouvidos pelo Valor avaliam que dificilmente o consumidor sentirá de forma integral a isenção de impostos sobre os produtos que compõem a cesta, já que parte do incentivo tributário será usado para recompor margens. O repasse integral, afirmam, equivaleria a alívio de até 0,6 ponto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013, mas a avaliação é de que a desoneração deve tirar algo entre 0,2 e 0,5 ponto do índice neste ano.

O impacto mais importante ocorrerá no curto prazo e, por isso, a maioria dos economistas consultados considera que a medida pode ter garantido que a inflação oficial acumulada em 12 meses não irá superar em março o limite psicológico estabelecido pelo teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%. Até fevereiro, o índice acumulava alta de 6,31%, nessa base de comparação.

As alíquotas de PIS e Cofins foram reduzidas de 9,25% para zero para itens como carnes, manteiga, margarina e óleo de soja. Para produtos de higiene pessoal, como açúcar e sabonete, a alíquota, que era de 12,5%, também foi zerada. Caso essas alterações fossem integralmente repassadas pelo varejo, o impacto seria de 0,6 ponto percentual a menos para a inflação no curto prazo, mas a economista Andrea Damico, do Bradesco, projeta repasse de cerca de dois terços da desoneração, equivalente a 0,4 ponto a menos no IPCA.

Para o cálculo, o Bradesco considerou a média dos repasses da redução de IPI de carros, de cerca de 84%, e da desoneração da linha branca, de cerca de 40%. “Consideramos algo próximo da média desses dois eventos para estimarmos o repasse da cesta”, disse Andrea.

Para a economista, o principal efeito da desoneração se dará nos próximos três meses. Em função da medida, o Bradesco passou a projetar inflação 0,10 ponto menor em março, para 0,35%. Se confirmadas as projeções do banco, o IPCA alcançaria 6,46% em março e voltaria a desacelerar em abril e maio, sempre no acumulado em 12 meses.

A Tendências também avalia que a desoneração da cesta básica será importante para que a inflação acumulada em 12 meses volte a perder força. Antes do anúncio, a Tendências estimava alta de 0,52% do IPCA em março e avanço de 6,64% do índice em 12 meses. “Provavelmente o governo evitou o estouro do teto da meta e garantiu em abril inflação menor que a alta de 0,64% observada em igual período do ano passado”, comenta a economista Alessandra Ribeiro.

A Tendências estima em 0,5 ponto os efeitos diretos e indiretos da medida, o que, em conjunto com o socorro do governo às distribuidoras, que evitará que os custos com o acionamento das térmicas sejam repassados ao consumidores, levará a consultoria a revisar a inflação para o ano de 5,8% para algo mais próximo a 5,4%.

A LCA Consultores também revisou suas projeções para o índice de março (de 0,47% para 0,36%), abril (de 0,44% para 0,32%) e maio (de 0,18% para 0,11%).

Para a economista Priscila Godoy, da Rosenberg & Associados, o índice oficial de inflação terá alta de 0,31% neste mês. Essa desaceleração, após a alta de 0,6% em fevereiro, será motivada pela combinação da deflação de produtos agropecuários observada no primeiro bimestre com a desoneração da cesta básica, o que levará o grupo alimentação e bebidas a desacelerar com mais força em março.

O movimento de revisão para baixo das estimativas de inflação no curto prazo não foi consensual. O Barclays, por exemplo, espera que o IPCA alcance alta de 0,5% em março, contra previsão anterior de 0,4%. Com isso, a inflação medida pelo índice deve chegar aos 6,6% no período de 12 meses até março, ultrapassando, ao menos momentaneamente, o teto da meta de inflação estabelecida pelo governo.

Nas contas do economista Guilherme Loureiro, do Barclays, o impacto cheio da desoneração da cesta básica seria de aproximadamente 0,45 ponto no IPCA, mas, segundo ele, parte relevante da desoneração não será repassada ao consumidor, mas usada para recompor margens. Sendo assim, diz Loureiro, o impacto efetivo deve girar próximo de 20 pontos-base.

O economista Sergio Vale, da MB Associados, também calcula que o alívio será de cerca de 0,2 ponto percentual, “e mesmo assim se perdendo ao longo do tempo, diluindo-se em recomposição de margem que as empresas tendem a fazer com esse tipo de corte”, afirma. Vale diz que a medida pode ser contrabalançada pelo aumento do preço do frete, que vem contribuindo para a alta dos preços de produtos agropecuários nos supermercados.

O Itaú estima que apenas um quarto da redução das alíquotas de impostos será efetivamente repassada ao consumidor. “Se as empresas fossem repassar integralmente a desoneração para os preços, a medida “tiraria” 0,48 ponto do IPCA”, diz o economista Élson Teles, em nota. O cenário do banco, no entanto, é que o efeito final para o consumidor será de apenas 0,12 ponto percentual.


Governo acompanha os preços de setores beneficiados, diz Mantega

Valor Econômico

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo está acompanhando os preços de todos os setores que receberam benefícios, e que eles podem ser revertidos “em caso de abuso”. Entre as medidas governamentais citadas por Mantega estão a elevação do Imposto de Importação e reduções tributárias. O acompanhamento é feito pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), que levanta os preços dos produtos. “No caso de alimentos, o próprio Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede. A alimentação é um componente importante, facilmente verificado”, disse.

Segundo o ministro, a principal contrapartida à desoneração de tributos federais da cesta básica, anunciada na sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, é o repasse da redução dos impostos para o preço final do produto. Além disso, Mantega citou o aumento das vendas e expansão dos investimentos do setor como benefícios da desoneração da cesta básica. “O setor apresentou um plano de expansão da produção de alimentos no país”, afirmou.

“Eles faturaram R$ 425 bilhões no ano passado, o setor está indo bem e não sentiu a crise”, disse. Mantega afirmou ainda que “o setor é importante para o governo porque gera muito emprego e atende necessidades básicas da população”.

Mantega se reuniu ontem com representantes da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Associação Paulista de Supermercados (Apas) e de empresas dos segmentos. “Para nós do governo é importante que essa medida chegue logo às prateleiras dos supermercados para beneficiar a população brasileira”, disse.

O ministro acredita que as empresas do setor de consumo, como supermercados e indústria de alimentos, crescerão mais neste ano e, com isso, contribuirão para a expansão da economia em 2013, que resultará num “bom” resultado para o Produto Interno Bruto (PIB).

Ele disse que não notou “cansaço” no consumo interno e deu como exemplo os próprios empresários de supermercados que “estiveram animados” na reunião que tiveram com ele. Esse setor, segundo o ministro, cresceu nos últimos anos puxado pela inclusão social – aumento da classe média, que ao receber uma elevação na renda passou a consumir mais, principalmente, alimentos. Mantega espera mais investimentos dessas empresas neste ano e afirmou que, em 2012, elas “queimaram estoques”.

Segundo o ministro, as desonerações de tributos neste ano, já considerando a cesta básica, devem somar R$ 53 bilhões ante R$ 45 bilhões do ano passado.

O impacto da desoneração da cesta básica será de R$ 5,5 bilhões neste ano e R$ 7,4 bilhões em 2014. O ministro ressaltou ainda que está “generalizando a redução de tributos”, destacando a desoneração da folha de pagamentos.

Mantega disse também que está “examinando vários setores” para serem atendidos com a desoneração da folha de pagamentos. “Estamos analisando a importância econômica e disponibilidade de recursos do governo. Existem outras necessidades de redução de tributos prontas para serem feitas”, destacou. O governo, no entanto, avalia se a mudança é vantajosa para todas as empresas do setor e se há espaço fiscal para anunciar a ampliação da desoneração da folha de pagamentos.

De acordo com Mantega, há outras desonerações prontas para serem feitas, mas elas não foram anunciadas porque, segundo disse, “não temos o orçamento”.

O governo ainda não sabe o impacto da desoneração da cesta básica nos índices de inflação. Mantega citou que economistas anunciaram cálculos de que a medida vai reduzir índices de inflação de 0,2 ponto percentual a 0,6 ponto percentual. “Não sabemos exatamente. Vamos saber depois que o IPCA captar essa redução”, afirmou.

Ele afirmou que as desonerações aumentam a competitividade e a produtividade da indústria brasileira. “O consumidor também é beneficiado por isso”, disse, lembrando que a população pode fazer “mais investimentos, com menos tributos e juros mais baixos”.


Balança comercial volta a registrar superávit

Valor Econômico

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 236 milhões até a segunda semana deste mês, informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado se deve a US$ 5,734 bilhões em exportações e US$ 5,498 bilhões em importações. A primeira semana, que teve apenas o dia 1º, registrou superávit de US$ 61 milhões. A segunda semana teve superávit de US$ 175 milhões. No ano, o saldo continua negativo em US$ 5,079 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo da balança comercial era superavitário em US$ 659 milhões.

A média diária de US$ 955,7 milhões nas exportações até a segunda semana de março é 0,5% superior à média diária de US$ 950,5 milhões dos embarques realizados em todo o mês de março do ano passado. Esse aumento é explicado pelo maior embarque dos produtos semimanufaturados.

As vendas desses produtos subiram, em média, 29,8%, passando de US$ 109,1 milhões em março de 2012 para US$ 141,6 milhões no acumulado deste mês. O resultado se deve ao maior embarque de catodos de cobre, açúcar em bruto, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, alumínio em bruto, couros e peles, celulose e ferro-ligas. Já as exportações de produtos básicos caíram 1%. No caso de manufaturados, os embarques apresentaram baixa de 8%.

Na outra ponta, as importações aumentaram 6,7% até a segunda semana de março, com média diária de US$ 916,3 milhões, ante US$ 858,7 milhões em todo o mês de março de 2012. Os maiores gastos foram com adubos e fertilizantes, cereais e produtos de moagem.

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