Além dos “P2” de Cabral, Abin de Dilma também inicia violência nas manifestações

Carla foi detida enquanto atirava pedras na vidraça de uma loja e Igor por “desacato”. A Polícia Civil confirmou a O Globo que Igor e Carla se apresentaram como agentes da Abin ao chegarem à delegacia.

A Abin, em atitude similar à da PM do Rio, negou manter agentes infiltrados nas manifestações. Em nota, afirmou que “o sigilo dos nomes dos integrantes da Abin é garantido pela lei 9.883, de dezembro de 1999, sendo, portanto, vedada a sua publicação, inclusive em atos oficiais”. No Diário Oficial da União, de 2008, Igor aparece entre os nomeados para atuar junto ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, era senso comum entre as organizações e movimentos de esquerda que a infiltração de agentes da repressão em manifestações seria crescente no Rio de Janeiro. Com as manifestações que estouraram em junho, parece que eles ficaram sem tempo de organizar a divisão de “tarefas”… Não por acaso, vazam situações como essa – agentes da Abin sendo presos pela PM.

Mas não nos enganamos: O Globo não noticiou isso gratuitamente. A difusão de farto material nas redes sociais e mídia alternativa faz com que até mesmo a grande imprensa se veja obrigada a divulgar a atuação de policiais para a eclosão da violência gratuita. Já é de conhecimento público, aliás, que o secretario de (in)Segurança Pública do Rio, José Beltrame, começou sua trajetória na Polícia Federal como agente infiltrado no Movimento Estudantil.

Nesse caso específico fica a dúvida: estaria o veículo dos Marinho querendo chantagear os governantes (por dever R$ 615 milhões em impostos, fazer sumirem processos, levar uma enxurrada de notificações da Receita Federal e ainda ganhar rios de dinheiro de publicidade oficial)?

De qualquer forma, é esclarecedora a confirmação da presença de agentes da Abin, um deles lotado no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, nas manifestações – que deixa claro o uso de infiltrados “baderneiros” não apenas pelo governador do Rio de Janeiro, mas também pelo gabinete presidencial.