Sobe desemprego entre os jovens

 

Andressa Cristina Amaral, de 21 anos, engrossa, desde anteontem, esse “público” do desemprego. Após dois anos e meio trabalhando como vendedora em uma loja na Tijuca, resolveu pedir demissão, com outros quatro colegas, por se sentir explorada pelo patrão. Com o Ensino Médio completo, a jovem, que é mãe solteira de uma menina de 2 anos, está em busca de uma oportunidade como assistente administrativa, mas sabe que a falta de um diploma de graduação e a pouca experiência na área são barreiras.

– Sempre pedem alguém que seja formado ou esteja cursando faculdade. A experiência é outro problema. Já perdi uma oportunidade porque pediam seis meses de experiência, mas eu só trabalhei três meses na função – conta ela, que sonha cursar faculdade de Administração.

Apesar da ajuda dos pais e da pensão alimentícia paga pelo pai da criança, Andressa teme passar muito tempo desempregada. Em 2011, amargou cinco meses sem trabalho.

– Naquela época, eu trabalhava em uma loja, pelo programa Jovem Aprendiz. Fui mandada embora um mês depois que a Vitória nasceu. Por um lado foi bom porque fiquei cuidando da minha filha, mas eu precisava trabalhar.

Cenário é pior no nordeste

A situação de Francisco Ponce, também de 21 anos, é mais complicada. Ele não concluiu o Ensino Médio e está há dois anos em busca do primeiro emprego com carteira assinada. Mora com os pais em Belford Roxo e, além da baixa escolaridade, diz que o local de moradia é outra desvantagem.

– Já fiz várias entrevistas. Quando perguntam a escolaridade, me descartam. Ano passado, surgiu uma oportunidade, mas não pude aceitar porque eles não queriam pagar o transporte. Moro longe…

Para ajudar com as contas da casa, faz bicos trabalhando em obras e em um lava-jato. Olhando para o futuro, promete voltar a estudar e concluir o Ensino Médio, a fim de aumentar suas chances.

A falta de experiência e de qualificação costumam explicar o porquê de os jovens estarem sujeitos tradicionalmente a taxas mais elevadas de desocupação. O cenário que aponta alta do desemprego pega primeiro esse grupo, o primeiro na fila dos cortes.

– A dificuldade de inserção em um cenário conturbado fica ainda mais difícil para eles. Os jovens são mais inexperientes e mais fáceis de descartar – afirma o gerente da Pesquisa Mensal do Emprego, do IBGE, Cimar Azeredo.

Enquanto a taxa de desemprego na média do país subiu pela primeira vez neste ano em junho, para os jovens ela já teve três avanços em 2013. A situação é mais complicada para os que vivem na região Nordeste. Em Salvador, a desocupação chegou a 18,5% e em Recife, a 17,6%. São Paulo tem uma taxa de 16,6% e o Rio, de 15,4%. Belo Horizonte e Porto Alegre são as regiões com taxas menores entre os jovens: 10,5% e 10%, respectivamente.

O ritmo de deterioração do emprego também é maior entre os que têm entre 16 e 24 anos. O desemprego subiu 1,4 ponto percentual em junho em relação ao mesmo mês do ano passado para adolescentes e jovens. Na média de todas as idades, a alta foi de 0,1 ponto percentual.

O que a alta taxa de desemprego não explica é se os jovens estão se dedicando mais aos estudos ou se engrossam as fileiras dos chamados “nem nem”, aqueles que nem trabalham, nem estudam.

– É preciso investir em uma série de políticas públicas ligadas à educação e à formação técnica mais qualificada para esses jovens – afirma a economista Ana Lucia Barbosa, do Ipea.

Pessimismo com o Segundo semestre

No total das seis regiões pesquisadas pelo IBGE, a alta da desocupação – de 5,8% em maio para 6% em junho – fez com que boa parte de consultorias e bancos passasse a esperar por novas altas na taxa de desemprego no segundo semestre, época em que, tradicionalmente, o mercado de trabalho é mais vigoroso por causa das encomendas das festas de fim de ano.

Corroída pela inflação, a renda do trabalhador brasileiro registrou a quarta queda consecutiva. Caiu 0,2% em relação a maio. Já na comparação com junho do ano passado, houve elevação de 0,8%.

A Rosenberg & Associados revisou de 5,5% para 5,7% a previsão para o desemprego este ano. A economista-chefe da consultoria, Thais Marzola Zara, vê com preocupação a estabilidade da massa salarial real e o recuo de 3,3% na ocupação do setor industrial no mês passado.

– Como a economia está demorando a se recuperar, a confiança dos agentes está em queda. Fica difícil ver isso refletido em uma melhora do mercado de trabalho.

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Indústria demite 120 mil e desemprego sobe em junho

Valor Econômico

A indústria brasileira cortou mais de 120 mil postos de trabalho no mês de junho sobre maio e foi a maior responsável pelo aumento da taxa mensal de desemprego pela primeira vez depois de 47 meses de resultados positivos, na comparação interanual. O desempenho do setor na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), evidencia desaceleração na criação de vagas, situação “preocupante”, na avaliação de técnicos do instituto.

Segundo a pesquisa, na passagem de maio para junho, a taxa de desocupação subiu de 5,8% para 6%. A população ocupada na indústria caiu 3,3% no período; metade dos 120 mil operários demitidos era de São Paulo. “É uma situação preocupante. Com certeza, esse movimento na indústria de São Paulo vai ter um rebate em outras indústrias do país e em outros setores, como o de serviços. A indústria de São Paulo é uma grande consumidora de indústrias e serviços de outras regiões”, lembrou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE. Em relação a junho de 2012, a ocupação da indústria do Rio de Janeiro recuou 7,4%, e no Recife, 7,1%.

Para economistas ouvidos pelo Valor, a queda do emprego industrial sinaliza que o processo de retenção de mão de obra – a despeito dos indicadores fracos de atividade – pode ter começado a se reverter. A taxa de desemprego de 6% em junho, na visão dos analistas, ainda é baixa, mas seu avanço desde o início do ano, ainda que lento, reitera um mercado de trabalho moderado.

A pesquisa do IBGE, diz Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, acende uma luz amarela para a indústria. “O mercado de trabalho reage depois da atividade, com alguns meses de defasagem. Visões que mantínhamos nos meses anteriores, de estagnação, podem passar a não valer mais”, afirma ela.

A economista diz ainda que a indústria é um bom termômetro para avaliar a situação do emprego, já que o setor de serviços mantém muitas posições comissionadas, sem salário fixo. Os serviços, completa Mariana, podem ser melhor avaliados pelos números da massa real de rendimentos, que, com base na PME, não teve variação significativa.

Na comparação semestral, no entanto, o emprego e a renda no mercado de trabalho brasileiro avançaram, mas não sustentam taxas de crescimento tão altas como nos últimos anos. A PME mostrou que a taxa de desocupação nas seis regiões metropolitanas contempladas pela análise ficou em 5,7% na média dos seis primeiros meses do ano, contra 5,9% em igual período do ano passado. Já o rendimento real no mesmo período subiu 1,5%, para R$ 1.875. Entre janeiro e junho de 2012, essa alta havia sido de 4,8% em relação aos seis primeiros meses de 2011.

Para Fábio Romão, da LCA Consultores, o resultado se deve a três fatores principais: desempenho modesto do Produto Interno Bruto (PIB), que tem crescido a taxas baixas desde o terceiro trimestre de 2011, corrosão dos níveis de confiança no curto prazo e reflexo da decisão de algumas empresas de demitir parte dos funcionários qualificados que mantinham apesar da retração nas margens de lucro.

Romão lembra que, no ano passado, o nível de ocupação subiu 2,1%, com crescimento de 0,9% do PIB. Em 2011, o avanço da população empregada foi semelhante, mas a atividade econômica crescera 2,7%. “Com o processo de formalização do mercado de trabalho, ficou mais caro demitir. A falta de mão de obra qualificada fez com que muitas empresas treinassem seus próprios funcionários”, diz.

José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, aponta para a alta maior pelo terceiro mês seguido da população economicamente ativa (PEA) em relação à população ocupada. Ante junho de 2012, a PEA avançou 0,7%; a população ocupada, 0,6%.

Para ele, a comparação reforça a tese de que há pessoas retornando ao mercado de trabalho, pressionadas pela queda na massa de renda real familiar. “Só não sabemos ainda quem são essas pessoas, se o filho que saiu do mercado de trabalho para aprimorar sua formação ou a mãe que tinha voltado para casa para descansar da jornada tripla”, diz o economista.

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Fazenda simplifica garantias exigidas para financiamento de concessões de rodovias

Valor Econômico

O modelo de financiamento das concessões rodoviárias foi definido ontem pelo Ministério da Fazenda, que simplificou as garantias exigidas das concessionárias nos empréstimos tomados junto aos bancos públicos.

A dificuldade em apresentar as garantias era considerada o principal entrave ao modelo e se concentrava principalmente na fase inicial das concessões, anterior à cobrança dos pedágios.

A expectativa do governo é que a nova fórmula já se aplique ao leilão das rodovias BR-262 (Belo Horizonte-Vitória) e BR-050 (Goiás e Minas Gerais). O edital está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Fazenda espera que possa ser publicado na próxima semana. Se isso se confirmar, o leilão será marcado para setembro.

Os financiamentos terão prazo de 25 anos e mais 5 anos de carência. Entre as mudanças acertadas estão a redução na parcela do investimento financiado, de 80% para 70% do valor total, e uma elevação na taxa de juros para até 2 pontos percentuais, além da TJLP.

Em tese, é uma mudança que aumenta o custo financeiro das empresas, pois a taxa anterior era de até 1,5% acima da TJLP. Mas os bancos, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil, teriam dificuldades em fechar as operações com taxa tão baixa. Em tese, é uma mudança que aumenta o custo financeiro das empresas. A taxa anterior era de até 1,5% acima da TJLP, mas os bancos, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil, teriam dificuldades em fechar as operações com taxa tão baixa. Esse novo custo vale também para a parcela dos empréstimos que cabe ao BNDES.

A maior parte do financiamento das concessões rodoviárias será feito por meio de “project finance”, modelo em que as receitas de pedágio serão dadas como garantias aos empréstimos. Isso, no entanto, só pode ser feito depois que as concessionárias concluírem 10% de toda a duplicação exigida nos editais. As estimativas mais otimistas são de que isso leve, pelo menos, um ano.

Na fase pré-operacional, será portanto, necessário um empréstimo-ponte tradicional, o que trouxe à discussão a questão das garantias. As empresas argumentavam que as regras dos bancos públicos, especialmente BNDES e Banco do Brasil, exigiam que garantias oferecidas na fase anterior à cobrança de pedágio continuassem presas ao contrato até o prazo final dos empréstimos, que é de 25 anos.

O governo aceitou o argumento e decidiu que o novo modelo exigirá garantias distintas para cada fase do empreendimento. Dessa forma, as empresas poderão liberar parte das garantias oferecidas quando iniciarem a cobrança de pedágio, evitando ficar com seus balanços “amarrados” por muito tempo. Não houve definição, porém, de que tipo de garantias serão aceitas. Esse detalhamento ainda terá que sair do papel.

Os bancos públicos também estão trabalhando na formação de fundos de investimentos que entrarão como sócios estratégicos no capital acionário das futuras concessionárias. Com isso, minimiza-se também o risco dos investidores privados, que ao final terão uma fatia menor das concessões.

A ideia é que esses fundos sejam abertos e atraiam investidores privados e institucionais, especialmente os fundos de pensão de estatais. A Caixa está trabalhando nesse modelo e o Banco do Brasil também mostrou interesse. Mais de um fundo poderá participar como acionista na mesma concessionária.

O governo corre contra o tempo para viabilizar as concessões de infraestrutura que se transformaram na principal vitrine econômica, especialmente depois da alta dos juros e da inflação elevada, queda de popularidade e protestos nas ruas.

Depois do primeiro leilão de rodovias, que abrangerá dois lotes, haverá uma sequência de concorrências que usarão o mesmo pacote de financiamento. Ao todo, serão nove lotes que somam 7,5 mil quilômetros.

O governo concluiu as negociações para as concessões rodoviárias, mas falta ainda fechar detalhes do modelo de financiamento para as ferrovias e a criação do fundo que entrará no capital acionário do trem-bala (Rio-São Paulo-Campinas), cuja data de entrega das propostas está marcada para o dia 16 de agosto.

Além de Mantega, participaram da reunião de ontem o ministro dos Transportes, César Borges, e representantes da Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Banco do Brasil, Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Invepar, Ecorodovias, Galvão Engenharia, Grupo CCR, OTP, Queiroz Galvão, TPI Triunfo e UTC Engenharia.

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Dilma e Lula enfrentam protestos em Salvador

O Globo

A presidente Dilma Rousseff e o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, foram recebidos em Salvador, ontem, com manifestações de médicos, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), pescadores e marisqueiros. Os petistas participam de seminário que celebra uma década de governo do partido, no Hotel Othon. Militantes petistas foram hostilizados. Um rapaz segurava o cartaz “PT nunca mais”.

O protesto do MPL tinha como meta a redução imediata da tarifa, em Salvador, de R$ 2,70 para R$ 2,50, além de melhorias na mobilidade urbana e de chamar a atenção de Dilma para questões de responsabilidade do governo federal. Já os médicos carregavam cartazes contra a importação de médicos sem passarem pelo Revalida.

No evento, Dilma e Lula insistiram na necessidade de promover o mais rapidamente possível mudanças como a implantação do financiamento público de campanhas. Segundo eles, é uma forma de atender à voz das ruas e combater a corrupção. Lula foi o mais enfático, exortando o PT a fazer mea-culpa de práticas comuns a todos os partidos:

– Tem deputado do PT que transforma seu gabinete numa instância partidária. Nós sabemos disso, e é uma coisa que devemos consertar, porque nós não nascemos para ser igual aos outros – disse ele, para delírio dos cerca de 800 militantes e integrantes de sindicatos e movimentos sociais convidados para a festa.

Representantes de outros partidos, para os quais Lula pareceu dirigir seus ataques, estavam no palco. Dizendo não ser “moralista”, Lula afirmou que é preciso “respeitar as pessoas” que acreditam no PT e que “não querem salário para fazer campanha” e provocou:

– Qual é a diferença de muitos candidatos nossos para os dos outros partidos? Muitas vezes o comportamento é igual. É por isso que sou defensor do financiamento público.

Também pediu que todos se unam pela reeleição de Dilma e disse que ela deve se preparar para os ataques da oposição, na qual colocou a “grande mídia”.

Dilma repetiu os cinco pactos que propôs para dar uma resposta às manifestações de rua. Alegou que reforçou suas convicções sobre as propostas depois de receber vários segmentos da sociedade.

– Tenho segurança que esses cinco pactos são indispensáveis para o Brasil – declarou ela, destacando que o PT tem a obrigação de liderar o processo reforma política, para torná-la melhor.

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Defesa de ministérios por Lula desagrada a PMDB

O Globo

Setores do PMDB entenderam como uma provocação a crítica do ex-presidente Lula à proposta do partido de reduzir o número de ministérios e alertaram que o momento do governo Dilma Rousseff – com economia capengando e popularidade em queda – não permite alfinetadas do PT ao parceiro mais importante da coalizão governista. A Executiva Nacional do PMDB defendeu formalmente a redução do número de ministérios. Deputados do grupo dos descontentes do PMDB verbalizam a insatisfação com declarações que, alegam, alimentam o embate entre os dois partidos. Mas evitam críticas diretas ao ex-presidente.

Na terça-feira, Lula falou sobre o assunto durante palestra em Brasília no Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha:

– Estou vendo um zum-zum-zum de que tem gente que vai pedir para a presidenta Dilma diminuir ministério. Olhem, fiquem espertos, porque ninguém vai querer acabar com o Ministério da Fazenda, com o Ministério da Defesa. Vão querer mexer com a Igualdade Racial, com os Direitos Humanos. Eu acho que a Dilma não vai mexer, eles vão falar que precisa fazer ajuste, precisa diminuir. Não tem que diminuir ou aumentar, tem que saber para que serve.

O deputado Danilo Fortes (PMDB-CE), relator da LDO de 2014, manifestando a insatisfação de parcela do partido, lembrou:

– O Lula é suficientemente inteligente para entender que o governo e o PT nunca precisaram do PMDB como agora. Como ele precisou em 2005 para se reeleger. A governabilidade, neste momento, passa necessariamente pelo PMDB. Acho que ele fez isso (dizer que não precisa diminuir o número de ministérios) para sinalizar um discurso de esquerda e comprometimento com questões sociais.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), disse respeitar a opinião de Lula, mas avisou que já tem as assinaturas necessárias para fazer tramitar proposta de emenda à Constituição (PEC) de sua autoria que reduz para 20 o número de ministérios.

– Não vou bater boca com Lula. Ele tem a opinião dele, e nós temos a nossa. É avalizado pelo país para dar a opinião dele. Paciência! Não é uma proposta minha, é do partido.

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) também evitou criticar Lula, mas ressaltou:

– Respeitamos a opinião do Lula, mas o PMDB já manifestou a sua. Achamos que é hora de fazer uma política de austeridade, e isso passa pela redução dos ministérios.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), foi mais cauteloso:

– Lula sempre teve como bandeira os movimentos sociais, então falou isso para aquele público. Acho bastante razoável se discutir, na formação do próximo governo, uma reforma administrativa com a incorporação de alguns ministérios. Mas, discutir isso agora, acho bobagem.