Cai a confiança na Presidência

 

Entre 2012 e julho passado, todas as 18 instituições avaliadas pelo Ibope se tornaram menos confiáveis aos olhos da opinião pública. É um fato inédito nas cinco edições da pesquisa. O índice de confiança nas instituições caiu 7 pontos, de 54 para 47, e, pela primeira vez, ficou na metade de baixo da escala, que vai de o a 100. Na primeira edição, em 2009, marcava 58.

“É uma crise generalizada de credibilidade. Está refletindo o momento do País, os protestos de rua. Já havia uma queda leve nos anos anteriores, mas agora a perda de confiança se acentuou”, diz a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari.

Nenhuma instituição passou incólume pela onda de protestos. Dos bombeiros aos partidos políticos, das igrejas aos sindicatos, todas as instituições se tornaram menos confiáveis para a população – inclusive os meios de comunicação, governo federal, prefeituras, Congresso e Judiciário. Uns mais, outros menos.

A confiança na instituição a presidente da República” foi a que mais sofreu. Perdeu 21 pontos em um ano. É três vezes mais do que a perda média de confiança das 18 instituições pesquisadas. Em 2010, com Lula no cargo, a Presidência era a 3.º instituição mais confiável, atrás apenas dos bombeiros e das igrejas.

No primeiro ano de governo de Dilma Rousseff, seu índice de confiança caiu de 69 para 60. Recuperou-se para 63 no ano seguinte, e despencou agora para 42 – uma nota “Vermelha”. Em um ano, saiu da 4a posição no ranking para a 11ª. Nenhuma outra instituição perdeu tantas colocações em tão pouco tempo.

O grau de desconfiança em relação à Presidência varia regionalmente. A queda foi pior no Sudeste, onde a instituição desabou de 60 para 34 pontos em um ano. Menos ruim foi no Nordeste, onde caiu de 68 para 54 pontos. Há diferenças entre as classes de consumo: 36 pontos : na classe A/B contra 54 na D.E.

Para Marcia Cavallari, “a Presidência cai mais por conta da personificação dos protestos”. Segundo a diretora do Ibope, havia uma grande expectativa na economia que não se realizou. “Isso acaba se refletindo mais na instituição Presidência.”

Representantes

O resultado é ainda mais preocupante para o Congresso e para os partidos políticos. Mesmo sendo os piores do ranking de confiança das instituições, caíram ainda mais: de 36 para 29 pontos, e de 29 para 25, respectivamente. Mantêm-se nos dois últimos lugares da classificação desde 2009.

A confiança no sistema público de saúde sofreu a terceira maior queda, de 42 para 32, e segue na 16ª posição. Daí candidatos de oposição que sonham disputar a sucessão presidencial em 2014 começarem a articular suas candidaturas em torno do tema.

A confiança no Judiciário também caiu, de 52 para 46 pontos, mas como as outras instituições caíram ainda mais, a Justiça foi da 11ª para a 10ª posição no ranking. “O Judiciário havia se recuperado em 2012 por causa do julgamento do mensalão”, lembra a CEO do Ibope. Sinal de que nem toda queda é irreversível. “Reversível sempre é, desde que ocorram mudanças perceptíveis, concretas para que essa credibilidade seja recuperada”, avalia ela.

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EUA fecham embaixadas e desaconselham viagens ao Oriente Médio

Folha Online

O Departamento de Estado americano emitiu nesta sexta-feira um alerta de viagem e ordenou na quinta (1º) o fechamento de todas as embaixadas no norte da África e do Oriente Médio no próximo domingo (4), dia útil nos países islâmicos, devido a uma ameaça de ataque terrorista.

Washington não deu detalhes sobre a ameaça, mas disse em nota que a Al Qaeda e suas organizações afiliadas continuam a planejar ataques terroristas na região e fora dela. A porta-voz do órgão diplomático, Marie Harf, disse que algumas das instalações no Oriente Médio podem ficar fechadas por mais de um dia.

Dentre os países em que as instituições americanas estariam ameaçadas, estão Egito, Israel, Arábia Saudita, Líbia, Iraque, Kuait e Iêmen. Nos países ocidentais, as representações normalmente já ficam fechadas no domingo, dia sagrado para o cristianismo.

O chefe do Comitê de Relações Internacionais da Câmara americana, Ed Royce, disse que a ameaça foi feita pela rede terrorista. Ele apoiou a decisão de fechar as representações diplomáticas no Oriente Médio, como uma forma de proteger os funcionários.

Neste momento, a única ramificação da Al Qaeda que fez uma ameaça contra as representações americanas foi a Al Qaeda na Península Arábica, com sede no Iêmen. Na quinta (1º), o presidente Barack Obama encontrou com o líder do país, Abdu Rabbu Mansour Hadi, cuja legitimidade é questionada.

O mandatário não é reconhecido pelos militantes da rede terrorista, que tentam criar um Estado independente no sul do país. O grupo também é alvo dos bombardeios com aviões não tripulados dos EUA. Desde o início do ano, as forças americanas fizeram 15 ataques em território iemenita.

O fechamento também ocorre com a proximidade do fim do Ramadã e do aniversário de um ano do ataque ao consulado americano em Benghazi, em 11 de setembro do ano passado. Na ocasião, o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, foi morto.

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Balança tem déficit recorde; importação ganha incentivo

O Estado de S. Paulo

A balança comercial registrou no acumulado de janeiro a julho um déficit de US$ 4,989 bilhões a pior marca da história para o período, O resultado foi influenciado pelo ; déficit de US$ 1,9 bilhão apenas no mês passado também o mais baixo resultado para os meses de julho.

O governo atribuiu o desempenho negativo – mesmo contando com um câmbio mais favorável às exportações – à conta petróleo, mas disse ainda acreditar que o comércio exterior brasileiro encerrará o ano com saldo positivo. Ontem foi anunciada mais uma medida para estimular a importação de insumos industriais.

O resultado do mês passado teve influência desfavorável nas duas pontas. Não só houve queda das exportações na comparação com julho de 2012 como também.um aumento das importações nesse período. O movimento da balança comercial reflete o comportamento da chamada conta petróleo. Em julho o Brasil diminuiu a quantidade de petróleo vendida ao exterior e aumentou o volume de compras de seus derivados.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior Tatiana Prazeres argumentou que se esse grupo fosse retirado dos cálculos da balança seria registrado o maior valor de exportações da história no acumulado do ano. Ela calculou que o déficit total de quase US$ 5 bilhões de janeiro a julho se tomaria um superávit de US$ 10,5 bilhões sem esses itens. Os dados que o ministério divulga têm início em 1993.

Segundo Tatiana essa conta para a balança “é fundamental”,Ela negou no entanto, que estivesse fazendo uma analise parcial do comércio exterior ao retirar hipoteticamente esse item do balanço em suas análises. “O objetivo é explicar os motivos (do déficit)”disse.

Os números do petróleo vêm sendo uma dor de cabeça para o governo desde o início do ano por. causa de um problema de contabilidade da Petrobrás, Cerca de US$ 4,5 bilhões que deveriam ter entrado  em 2012 foram registrados apenas este ano o que ajudou a distorcer os saldos mensais. Além disso o Brasil vendeu menos e comprou mais petróleo e derivados acentuando o déficit.

Para o restante do ano Tatiana projeta uma inversão das tendências  tanto do petróleo quanto geral. Outros produtos responsáveis por esse empurrão segundo ela, devem ser aviões automóveis e milho. O saldo, prevê fechará 2013 110 azul ainda que abastante inferior” ao superávit de US$ 19,4 bilhões visto no ano passado.

“Julho foi um mês atípico”, disse Tatiana que também atribuiu parte do resultado negativo à queda dos preços de alguns produtos agrícolas, como café milho e açúcar. “Mas temos sinais de que os dados vão melhorar há elementos que nos apontam para recuperação da balança nos meses seguintes”.

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Para Lagarde, voto do Brasil foi ‘infeliz’

Valor Econômico

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, classificou ontem “como muito infeliz” o episódio em que o diretor-executivo do Fundo para o Brasil e mais dez outros países, Paulo Nogueira Batista Jr., decidiu se abster na votação de liberação de uma nova parcela de ajuda para a Grécia.

“Os fatos falam por si mesmos”, afirmou Lagarde numa coletiva para cerca de 20 jornalistas, da qual o Valor participou. “É muito infeliz o que ocorreu naquelas circunstâncias, mas estou muito satisfeita que a posição do Brasil pôde ser retificada e esclarecida no mais alto nível.”

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou uma nota desautorizando Nogueira Batista. Segundo ele, o representante brasileiro no Fundo “não estava autorizado a votar dessa maneira”. Mantega convocou Nogueira Batista para vir a Brasília na próxima semana para justificar a sua posição.

“Somos favoráveis [à liberação de novas tranches de recursos para a Grécia] e temos que retificar o voto”, disse Mantega mais tarde, em uma entrevista coletiva. “O programa da Grécia não é um programa perfeito, há pontos que precisam ser melhorados. Mas não justifica não liberar as tranches.”

O FMI liberou € 1,7 bilhão para a Grécia no começo da semana, desembolso que faz parte do programa de socorro ao país europeu. Nogueira Batista se absteve por ver o risco de a Grécia não conseguir pagar as suas dívidas com o FMI.

O Valor apurou que Lagarde telefonou a Mantega para reclamar da posição de Nogueira Batista, o que provocou a reação do ministro. Ontem, durante a entrevista, a diretora-gerente do FMI disse apenas que teve uma conversa por telefone longa e “muito amigável”. “Ele indicou que o Brasil apoia integralmente a Grécia, e o programa grego e que, se o voto pudesse ser refeito, o Brasil apoiaria o programa. E ele mesmo disse isso.”

Fontes com conhecimento do caso relataram ao Valor que Nogueira Batista vem se abstendo desde 2011 nas votações do programa de socorro da Grécia. Mais do que a abstenção, o que teria causado desagrado no FMI foi ele ter divulgado à imprensa internacional a sua posição num dia em que foi publicado pelo organismo um importante documento do programa com o país europeu. Dirigentes do FMI já teriam ficado irritados por ele ter divulgado a posição do Brasil sobre controles de capitais.

A reação de Mantega deve ser entendida, em parte, levando em conta o interesse brasileiro em aprovar pedido encaminhado ao FMI na semana passada para a revisão dos critérios de cálculo da dívida bruta do governo. Também deve-se pesar o fato de que, na última sexta-feira, a consulta do artigo IV do Brasil foi submetida a votação na diretoria executiva do FMI.

Nogueira Batista sempre teve grande autonomia do Ministério da Fazenda e de outros setores do governo para definir posições brasileiras no FMI, como programas de socorro a países europeus, reforma de cotas e controles de capitais. Mantega e Paulo Nogueira têm visões muito próximas sobre esses assuntos.

Não é certo que Mantega tenha tido conhecimento das abstenções brasileiras, embora fontes ouvidas pelo Valor afirmem que o ministro teve várias oportunidades desde 2011 para se inteirar do assunto. Esse era um tema recorrente nos encontros de organismos multilaterais e do G-20.

O representante brasileiro no FMI sempre manteve a prática de, nos casos mais importantes, encaminhar à Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, ao qual está subordinado, um resumo dos assuntos a serem discutidos para uma eventual tomada de posição das autoridades em Brasília.

Desde 2011 Paulo Nogueira Batista vinha se abstendo nas votações do programa de socorro à Grécia

As abstenções de Nogueira Batista nas votações incomodaram mais à Europa do que à Grécia. O Brasil votou favoravelmente ao socorro ao país europeu no pacote original, formalizado em 2010. Mas, já naquela ocasião, Nogueira Batista levantou restrições a algumas exigências que considerava draconianas.

Isso fez com que o diretor alterno da Grécia no FMI visse o Brasil, em alguns casos, como um aliado em muitas das negociações do país com o Fundo. Uma das restrições dos gregos à atuação de Nogueira Batista, porém, foi a defesa que ele fez da saída do país da zona do euro para, com uma desvalorização cambial, facilitar o ajuste externo.

Entre as diversas críticas do Brasil ao programa grego, um dos pontos fundamentais é a sua sustentabilidade. Um dos critérios para a aprovação da ajuda do FMI é que o país que recebe empréstimos tenha capacidade, dentro da lógica do pacote de socorro, para pagar a dívida com o Fundo. Técnicos do FMI, porém, não vinham bancando de forma categórica que a Grécia teria capacidade para pagar o empréstimo. De forma entendida como casuística, o FMI criou um critério para acesso ao programa que diz que “quando há incertezas significativas que tornam difícil dizer categoricamente que há uma grande probabilidade de que a dívida é sustentável no período do programa, o acesso excepcional [a recursos do programa] poderia ser justificado se existe um alto risco de um contágio internacional”.

Fontes oficiais ponderaram que a posição de Nogueira Batista, ainda que autônoma, não difere na substância da orientação que o Brasil vem adotando em outras negociações internacionais referentes à reestruturação do FMI, assim como aos próprios interesses do país envolvendo o Fundo.

A linha defendida pela diplomacia brasileira tem sido a de priorizar o apoio a países em desenvolvimento, enquanto o plano de ajuda à Grécia significa gastar recursos com uma economias da zona do euro.

O Brasil é credor do FMI e, como tal, está empenhado na manutenção de sua capacidade. Além disso, sofreu no passado pressões envolvendo seu relacionamento com o Fundo.

Embora o teor do voto não surpreenda, pois segue opiniões já manifestadas em outras negociações brasileiras, há uma percepção de que Nogueira Batista agiu de maneira pouco diplomática, excessivamente dura, na forma de externar sua opinião.

Essa não é a primeira polêmica em que Nogueira Batista se envolve no FMI. Em 2010, ele demitiu a diretora alterna da cadeira liderada pelo Brasil no FMI, que havia sido indicada pela Colômbia, criando uma crise diplomática. Na época, o país andino protestou e, no ano passado, deixou a cadeira brasileira no FMI. O governo brasileiro, naquela ocasião, não fez nenhum questionamento público à decisão de seu representante.

Paulo Nogueira também foi submetido a uma sindicância interna do FMI por causa de artigos então publicados por ele na imprensa brasileira. A decisão do FMI foi que ele poderia continuar as publicações, desde que ressalvando que falava em caráter pessoal.

Questionado se Nogueira Batista será demitido, Mantega disse “claro que ele continua no cargo”. “Vamos conversar na vinda dele”, disse Mantega, que ressaltou que diretor do FMI não tem votação toda semana. O ministro explicou, no entanto, que ele deve ser consultado nas votações polêmicas. “Neste caso faltou comunicação”, frisou.

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Produção de bens de capital sobe 6,3% em junho e indica alta da taxa de investimento

Valor Econômico

A produção industrial brasileira cresceu acima do esperado em junho e avançou 0,2% no indicador acumulado em 12 meses, segundo divulgou ontem Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor não crescia nesse tipo de comparação desde dezembro de 2011, quando encerrou o ano com um alta modesta de 0,4% e já apontava para a trajetória de queda que enfrentaria ao longo de 2012.

No mês de junho o crescimento foi de 1,9% ante maio, na série com ajuste sazonal, acima da previsão média de 1,2% estimada por 15 analistas consultados pelo Valor Data. A alta ocorre depois da retração de 1,8% observada no mês anterior, e com ele a indústria fechou o segundo trimestre 1,1% maior que no primeiro. O principal responsável pelo bom desempenho foi o setor de bens de capital, que inclui caminhões, máquinas e equipamentos e serve como termômetro do nível de investimento: cresceu 6,3% no mês, ante maio, e acumula alta de 13,8% no semestre ante mesmo período em 2012.

O destaque em bens de capital, em cenário onde o consumo começa a perder fôlego, reforçou as perspectivas de economistas que preveem que indústria e economia serão puxadas em 2013 pelos investimentos – mesmo que a retomada aconteça em ritmo bem mais lento e errático do que se previa há alguns meses.

“Talvez o ritmo não tenha sido o melhor, devido à característica volátil da atividade”, avaliou o economista do IBGE, André Macedo. “Mas, claramente há uma trajetória ascendente; e há uma recuperação gradual ao se comparar com o ritmo no ano passado. Mas tudo isso, até junho. Não sei como isso vai se recuperar daqui para frente”, afirmou o especialista.

“Quando se olha a indústria em 12 meses, a sensação é que ela gira em torno dos mesmos números. Sobe em um mês, cai no outro e, no final, continuamos nos patamares de 2011”, disse Luís Otávio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. “A boa notícia é a recuperação forte dos bens de capitais, o que aponta para uma retomada econômica que passe a ser baseada no investimento, e não mais no consumo. O modelo de consumo está esgotado, gera inflação e não está mais gerando crescimento.”

Cálculo da LCA Consultores estima que a formação bruta de capital fixo (FBCF) – item do Produto Interno Bruto (PIB) que inclui a produção de bens de capital e insumos para construção e serve como indicador do investimento no país – tenha crescido 8,6% no segundo trimestre, dentro de um PIB que deve avançar 3%, ambos comparados ao mesmo período no ano passado. Se estes avanços se confirmarem, o investimento baterá a marca de 20% do PIB nesse trimestre. “Ainda não é a taxa de investimento ideal, a média global é de 22%. Mas já é melhor do que os nossos 18% do ano passado, que foi um ano perdido”, disse Bráulio Borges, economista-chefe da LCA.

Em 2012, quando o PIB cresceu apenas 0,9%, o avanço foi sustentado basicamente pelo consumo, que cresceu 3,1% entre as famílias e 3,2% no governo. O investimento amargou queda de 4%, em um ano em que a indústria de transformação também levou a economia para baixo, com retração de 2,5%. No fechamento do ano, a previsão da LCA é que a FBCF cresça 7,5% e se consolide como o principal motor do PIB que, em seus cálculos, crescerá 2,5%.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega a produção industrial vai “muito bem, obrigado”. “Em seis meses, quatro crescem e dois têm resultado negativo, portanto prevalece o crescimento”, disse ontem, ao comentar o resultado com jornalistas. Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participava de um evento no Rio de Janeiro, disse que “considerando todas as circunstâncias, [a produção industrial] é excelente para o mês. O resultado revela confiança da indústria”.

As perspectivas dos economistas para o segundo semestre, no entanto, são menos otimistas, puxadas para baixo inclusive porque a produção de bens de capital que não deve repetir as mesmas taxas. “A produção de bens de capital deve crescer muito pouco no segundo semestre, e até ter leve queda no terceiro trimestre”, disse Borges, da LCA.

 

Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, destaca a alta concentração do crescimento. “Esse aumento da indústria está muito concentrado em alguns setores, especificamente bens de capital e veículos. É isso o que tem explicado o desempenho nos últimos meses”, disse, acrescentando que outros segmentos, como o de bens intermediários, andam de lado.