Todo apoio e solidariedade ao professor Mauro Iasi. Não ao fascismo!
Nota da CSP-Conlutas
19/10/2015
O professor da UFRJ e dirigente do PCB, Mauro Iasi, vem recebendo desde o último final de semana, nas redes sociais, mensagens de ódio e intolerância ideológica. A campanha fascista ameaça a vida do militante e de sua família.
A causa dessa campanha de ódio foi a participação em uma mesa de debate sobre conjuntura no 2º Congresso Nacional da CSP-Conlutas realizado em junho desse ano. Iasi encerrou sua fala mencionando o poema de Bertold Brecht “Perguntas a um bom homem”, usando-o como metáfora para reforçar que não há conciliação de classe quando lidamos com inimigos. Se referia à direita fascista que começou a se manifestar no Brasil e a necessidade da construção de um terceiro campo classista ao binômio atual da política brasileira, a oposição de direita e o governismo.
A fala Iasi se referia à poesia crua e bruta de Brecht, por isso tanto afeta a direita raivosa, um segmento que representa o conservadorismo que se consolida no país e defende a volta do militarismo. Um conservadorismo que se sustenta em iniciativas criminosas como a defesa da redução da maioridade penal, a criminalização das lutas, a institucionalização da homofobia e outras pautas que agridem diretamente o povo pobre e os trabalhadores cujos direitos tem sido fortemente atacados.
A CSP-Conlutas se soma a Mauro Iasi: a eles não daremos trégua.
A nossa Central e suas entidades e movimentos filiados se solidariam com Iasi colocando-se à sua disposição para o que for necessário e exige das autoridades da Justiça apuração dos fatos e punição dos responsáveis imediatamente.
Assim como já publicou o Andes-SN a CSP-Conlutas “reafirma o seu compromisso com a liberdade e respeito às divergências de ideias, e expressa sua veemente posição a favor da liberdade de expressão e contraria a todos as tentativas de silenciar e calar a crítica e a livre manifestação”.
Mauro Iasi é um reconhecido militante da esquerda brasileira, lutou contra a repressão da ditadura empresarial-militar que assassinou pelo menos 502 pessoas, além dos que foram perseguidos, perderam seus empregos e foram presos e torturados. Iasi também está na luta intransigente em defesa da educação pública e na da defesa de um mundo mais justo e igualitário.
E essa campanha só demonstra o acirramento social que estamos vivendo e a CSP-Conlutas sabe de que lado está.
Toda a solidariedade a Mauro Iasi!
São Paulo (SP), 19 de outubro de 2015
CSP-Conlutas