Manifestantes fazem ato contra presidente do Egito no Centro de SP
Roberta Steganha Do G1 SP
Pessoas fazem passeata em ruas da região.
Cerca 200 pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, se reuniram na região da 25 de Março, no Centro de São Paulo, para um ato público de apoio à revolução no Egito na tarde desta sexta-feira (4).
Os manifestantantes se dizem contrários à “ditadura instaurada pelo presidente Hosni Mubarak” e pedem sua saída imediata. O protesto é organizado por entidades árabes e centrais sindicais. Eles fizeram uma concentração nas esquinas das ruas 25 de Março e Carlos Nazaré com faixas e bandeiras com inscrições como “o povo egípcio é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”. Às 18h, seguiram em passeata por ruas da região.
Para o comerciante Mohamad Elkadri, de 48 anos, descendente de libaneses, a ideia é prestar solidariedade ao povo egípcio que está sofrendo com o governo atual. “O islã é a submissão a Deus e não a governantes tiranos do mundo árabe.”
Para a advogada Luciana Cury, de 49 anos, convertida ao islã em 2010, não existe a possibilidade de se esperar uma transição moderada. “Agora não existe outra forma que não uma revolução”, afirma.
No Cairo, dezenas de milhares de egípicios oraram na Praça Tahrir nesta sexta pedindo a saída do presidente, no que foi chamado o “Dia da Saída”.
Os protestos no Egito – assim como no Marrocos, no Iêmen, na Síria, na Jordânia e em outros países muçulmanos – foram inspirados pelo levante popular que derrubou o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, que caiu pela pressão popular após 23 anos no poder.
Fonte: G1