Mais claro não canta o galo!!
1. Que durante 131 dias consecutivos de luta, pressionamos por uma solução pacífica para a crise política que vive nosso país como resultado do golpe de estado perpetrado pela oligarquia hondurenha. Neste período acompanhamos as iniciativas que tiveram vários setores nacionais e internacionais, mantendo três demandas fundamentais:
a) o retorno da ordem institucional com a restituição do presidente legítimo Manuel Zelaya Rosales;
b) o respeito ao direito soberano de instalar uma Assembléia Nacional Constituinte com a qual se reforme a pátria e,
c) O castigo para os violadores dos direitos humanos.
2. Que o chamado acordo Tegucigalpa – San José contém como elemento prioritário o retorno à ordem constitucional e que literalmente sinaliza “retroagir a titularidade do Poder Executivo a seu estado prévio do dia 28 de junho até a conclusão do atual período governamental, 27 de janeiro de 2010”;
3. Que o Congresso Nacional, co-autor do rompimento da ordem constitucional do 28 de junho, está utilizando táticas dilatórias, ao não querer convocar o plenário da assembléia para que anule o decreto que instalou o regime de fato.
4. Que a OEA e o governo dos Estados Unidos, a quem consideramos cúmplice do golpe de estado militar, não mostram interesse na saída definitiva dos golpistas do poder.
Portanto resolvemos:
1. Se hoje, quinta-feira, 05 de novembro, no mais tardar às 12:00h da noite não for restituído em seu cargo o presidente José Manuel Zelaya Rosales, a Frente Nacional de resistência contra o Golpe de Estado desconhecerá o processo eleitoral e seus resultados.
2. Alertamos a todas as organizações da Resistência em nível nacional para que no caso de que não haja a restituição do presidente Zelaya no prazo estabelecido, estejam prontos para executar as ações de desconhecimento da farsa eleitoral.
3. Conclamamos a comunidade internacional a manter a posição de deslegitimar o regime de fato e as eleições de 29 de novembro.
“RESISTIMOS E VENCEREMOS”
Tegucigalpa, M.D.C. 5 de novembro de 2009