Friedrich Engels
Em 28 de Novembro de 1820 nascia Friedrich Engels. Teórico e militante comunista, Engels foi um dos fundadores, junto com Marx, do materialismo histórico, teoria que armou o proletariado mundial para as lutas contra o capitalismo e em favor da construção da sociedade socialista e do comunismo.
Autor de diversas obras sobre várias áreas do conhecimento humano (filosofia, história, economia e outros), foi, junto com Marx, um dos principais articuladores do nascente movimento dos trabalhadores europeu, participando ativamente de suas lutas, mobilizações, enfrentamentos e formulações. Foi fundador da I e da II Internacional.
Dentre suas obras podemos destacar :
- A situação da classe trabalhadora na Inglaterra;
- Crítica da Crítica Crítica Contra Bruno Bauer e Consorte, A Sagrada Família (junto com Marx);
- A Ideologia Alemã (junto com Marx);
- Manifesto do Partido Comunista (junto com Marx);
- As Guerras camponesas na Alemanha;
- Sobre a questão da moradia;
- O Anti During;
- Crítica ao Programa de Gotha (junto com Marx);
- A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado;
- Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Clássica Alemã;
- O Papel da Violência na História.
Além de diversas outras obras, artigos e cartas, Engels foi o editor e organizador dos volumes II e III do Capital de Marx.
A vida, a obra e a militância de Engels se confundem e se mesclam com as de Marx, e ambos se mesclam com as lutas da Classe Trabalhadora.
Friedrich Engels (Barmen, 28 de novembro de 1820 — Londres, 5 de agosto de 1895)
“De acordo com a concepção materialista da história, o elemento determinante final na história é a produção e reprodução da vida real. Mais do que isso, nem eu e nem Marx jamais afirmamos. Assim, se alguém distorce isto afirmando que o fator econômico é o único determinante, ele transforma esta proposição em algo abstrato, sem sentido e em uma frase vazia. As condições econômicas são a infra-estrutura, a base, mas vários outros vetores da superestrutura (formas políticas da luta de classes e seus resultados, a saber, constituições estabelecidas pela classe vitoriosa após a batalha, etc., formas jurídicas e mesmo os reflexos destas lutas nas cabeças dos participantes, como teorias políticas, jurídicas ou filosóficas, concepções religiosas e seus posteriores desenvolvimentos em sistemas de dogmas) também exercitam sua influência no curso das lutas históricas e, em muitos casos, preponderam na determinação de sua forma. Há uma interação entre todos estes vetores entre os quais há um sem número de acidentes (isto é, coisas e eventos de conexão tão remota, ou mesmo impossível, de provar que podemos tomá-los como não-existentes ou negligenciá-los em nossa análise), mas que o movimento econômico se assenta finalmente como necessário. Do contrário, a aplicação da teoria a qualquer período da história que seja selecionado seria mais fácil do que uma simples equação de primeiro grau.
Nós mesmos é que fazemos a história, mas o fazemos sob condições e suposições definidas. Entre estas, os determinantes econômicos são, ultimamente, decisivos. Mas mesmo as condições políticas, etc., e mesmo tradições que assombram as mentes humanas também desempenham o seu papel, embora não sejam decisivos. (…)”
(Carta para Joseph Bloch – Friedrich Engels: 21-22 de Setembro de 1890)