10 de agosto de 2018: o massacre da USIMINAS continua!!!
MASSACRE DA USIMINAS… O MASSACRE AOS TRABALHADORES CONTINUA!!!
A Usiminas era estatal e foi privatizada em 24 de outubro de 1991 pelo programa de privatizações do então presidente Fernando Collor. Entrou no processo grave de privatização, colocando trabalhadores na ótica da produção pela produção e cumprimento de metas produtivas, sobre fortes pressões, intensos riscos e precarizações.
Com a grande crise do sistema capitalista mundial desde 2008, a Usiminas passa a deslocar grande parte do efetivo para as empreiteiras. Situações análogas a precarizacao, a falta de segurança de trabalho e falta dos equipamentos de proteção pertinentes as atividades etc.
Em 2012, 2013 e 2014 houve demissão de milhares de metalúrgicos e sempre as justificativas corriam nas argumentações de baixa financeira e crises econômicas. No contra ponto as contratações das empreiteiras eram evidentes e a pratica de transferir empregados da empresa para as empreiteiras para exercer as mesmas funções com salários mais baixos.
Recuperar o debate das terceirizações, retiradas dos direitos trabalhistas fe pertinente, pois os governos, legisladores e padrões aturam de forma orquestrada para prejudicar o conjunto da classe trabalhadora. E neste sentido, a tentativa de esvaziar e enfraquecer o sindipa (Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região) ficou evidente nas manobras de deslocar os filiados para o Sintec, SENGE e sintravaco (sindicato das empreiteiras criado de forma fantasma). Objetivo claro de tentar retirar a representatividade do SINDIPA e ajudar a empresa e as empreiteiras a precarizar e explorar ainda mais os operários e operarias.
Um acidente fatal ocorreu na planta da Usiminas de Ipatinga no ultimo 8 de agosto, foi Luis Fernando Pereira de apenas 38 anos de idade, empregado da empreiteira AMOI, que presta serviços de manutenção para a Usiminas. O metalúrgico deixou a esposa e três filhos.
Sobre a explosão do Gasometro ocorrido hoje dia 10 de agosto de 2018, as informações de membros do sindicato dos metalúrgicos, apontam que foram mais de 28 pessoas conduzidas para o Hospital Marcio Cunha. Os informes apontam ainda que um operário teve o rosto atingido por estilhaços e obteve ferimentos mais graves. No entanto, o Sindipa foi impedido de acompanhar o trabalho de resgate e socorro das vitimas e apenas conseguiu poucos informes na portaria do hospital com parentes, amigos e com os próprios operários da Usiminas. Sobre mortes a empresa ate o momento não assumiu e não obtivemos informações fidedignas.
O histórico de operários acidentados graves na área da empresa, raramente são assumidos pela Usiminas e quando os operários morrem, as informações divulgadas são que os trabalhadores faleceram a caminho ou no hospital e não dentro da empresa.
Importante salientar aqui, que em alguns vídeos postados em redes sócias, dezenas de metalúrgicos correndo sem direção, sem treinamento para urgências e emergências e ainda pior, a apenas poucos metros de distancia do gasômetro não tinham a certeza de que se tratava de um reservatório de gás tóxico e indolor.
Considerando o porte da referida metalúrgica, fica evidente o despreparo da empresa para lidar com situações graves de acidente, pois ter procedimentos de segurança, mas os trabalhadores e trabalhadoras não estão preparados e preparadas para atuar nestes casos de acidentes e muito mais grave, a população que ficou tensa imaginando uma serie de evacuações que hora deveria executar e hora desmentida. Não há qualquer sinal, tipo sirenes que omitam sons de evacuação de segurança para os munícipes, dentre outros procedimentos que tanto funcionários e a população precisam praticar para mitigar os impactos destes acidentes que na nossa avaliação poderiam ser evitados.
10 de agosto de 2018 para não esquecermos, assim como o 7 de outubro de 19963 no Massacre da USIMINAS.
UNIDADE CLASSISTA e PCB Ipatinga/MG
Publicado por Unidade Classista Ipatinga em Sexta, 10 de agosto de 2018