PCB saúda o XVI Congresso de Assistentes Sociais
O Partido Comunista Brasileiro saúda o 16º Congresso Brasileiro de Assistentes sociais, que ocorreu em Brasília – DF, no ginásio Nilson Nelson, entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro de 2019. O evento contou com mais de 4000 participantes, tendo assistentes sociais e estudantes de serviço social de todo o país, militantes do PCB e de seus coletivos e de outras organizações de esquerda.
Este congresso marcou a comemoração dos 40 anos da realização do 3º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, o chamado “Congresso da virada”. Aquele foi um evento marcante de transformação da consciência política do serviço social brasileiro, que assumiu um compromisso profissional com as lutas sociais e a organização da classe trabalhadora. Fruto das lutas políticas democráticas que se adensavam em toda a América Latina no final dos anos 70, o Serviço Social brasileiro passou a incorporar o referencial marxista.
Vivemos em tempos de profundas contradições da sociedade, em que governos ultraconservadores apontam sempre mais para a retiradas de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores.
No Brasil, políticas como a Reforma Trabalhista, “Reforma da Previdência”, “Escola Sem Partido”, os diversos ataques à educação, a ciência e a pesquisa, expressam parte da radicalização da política neoliberal na área da educação e do trabalho.
Políticas estas que atacam de forma mais intensificada a população negra, as mulheres e LGBT da classe trabalhadora. Esses grupos permanecem em maior número na informalidade no que diz respeito ao trabalho, ocupam os cargos socialmente subalternizados, estão em menor número estudando nas universidades e quando conseguem entrar no ensino superior têm dificuldades de permanência e continuidade da formação.
Assim, crescem os desafios postos para o campo da formação e do exercício profissional do assistente social, que tem seu projeto profissional vinculado aos valores emancipatórios da classe trabalhadora.
Mais do que nunca é o momento de fortalecermos o direcionamento crítico da profissão no interior das entidades da categoria profissional CFESS/CRESS, ABEPSS e Enesso, reforçarmos a construção do Fórum Sindical Popular e da Juventude com o conjunto das forças progressistas e democráticas.
A realização do 16º CBAS expressa mais um momento de resistência das e dos assistentes sociais na luta contra a exploração e todas as formas de dominação e e opressão.
* Texto coletivo dos Assistentes Sociais que são militantes do PCB, da Unidade Classista, Coletivo Negro Minervino de Oliveira, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro e estudantes do Serviço Social / militantes da UJC