A encruzilhada e a escolha do caminho a seguir

imagemSOCIALISMO OU BARBÁRIE?

Alex Santos

Militante da Unidade Classista – Fração ANDES-SN

Uma dinâmica intrigante envolve de um tenso invólucro a humanidade, eis a imagem desenhada pelas mãos sujas do capital no século XXI. O império das mensagens publicitárias, o enraizamento dos valores do mundo dos negócios na vida cotidiana, a mercantilização e o eremitismo das/nas relações sociais, a “anomia” da urbanidade carregam a textura do quadro dantesco com cores quentes e traços de alto relevo, onde se expressa o modo de vida individualista e do consumismo “zumbificante” de toda uma geração.

Um espectro de decadência saiu da “caixa de pandora” e contamina o horizonte da história contemporânea, expondo a face gigantesca da catástrofe que ameaça a existência. Um dos elementos do espectro é composto pela indústria das ilusões que se expande, impulsionada pela conectividade dos “mil platôs” da virtualidade informacional. Outra particularidade sua compreende os complexos tecnológicos e a alta produtividade do que é bélico, daquilo que é descartável e poluente.

Eis a encruzilhada posta diante dos seres humanos, a qual tem esvaziado suas “cascas orgânicas” de espírito e lhes conduzido para o abismo da barbárie. Ameaças às mais diversas variedades da vida se avolumam com os avanços da ordem sociometabólica do capital sobre a natureza, com sinais de cansaço e esgotamento da última, diante da voraz insaciabilidade da primeira. Dessa contradição vêm se experimentando desequilíbrios climáticos, aquecimento do planeta, enfraquecimento da camada de ozônio, consequências desastrosas que intensificam sua frequência na Terra Mãe. O Planeta Azul parece começar a se esmaecer pela cor cinza.

Perdidos em meio à névoa borolenta de uma tragédia anunciada, frutos de um drama movido por incertezas, ainda é possível ter sonhos? O que deve ser feito para que a esperança não consiga escapar da tenebrosa “caixa de pandora”? Quais valores a serem construídos e os que necessitam ser resgatados? A história feito uma carruagem desgovernada não dará essas respostas, a não ser que se tomem suas rédeas e se indique o caminho a seguir.

Os sujeitos coletivos e pertencentes a uma classe social historicamente determinada pelas forças produtivas têm duas direções para escolher: uma delas é a opção pelo socialismo, onde será possível uma vida com dignidade e justiça social. A chance de a humanidade viver em abundância material, conforto espiritual e em harmonia com o meio ambiente, respeitando seus limites e contingenciando seu desgaste e esgotamento. Fundamento histórico que possibilita sonhar e resgatar a esperança.

Outra predileção é a generalização da barbárie e condução da existência universal ao caos, um tormento apocalíptico. Caminho que aprofundará os pesadelos, a tortura e a continuidade da alucinante “agonia prometeica”. Resultado se optar pela manutenção do capitalismo.

Sem nenhuma pretensão maniqueísta, mas essa é uma escolha que não permite meio termo, portanto, se opta no presente pelo socialismo ou se viverá um futuro caótico e bárbaro. Afinal, de que lado você está? O tabuleiro do jogo é a própria história e as peças do tabuleiro são os sujeitos definidos pelas condições materiais e simbólicas da história em uma relação dialética, então assumam suas posições e que o jogo comece e em breve se conheça o lado vencedor!