Empresa deve prosseguir com obras, diz Aldo

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, descartou ontem a possibilidade de prejuízo aos trabalhos de preparação do País para a Copa do Mundo de 2014 por causa das investigações da Polícia Federal em torno da Delta Construção. A empreiteira será um dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI do Cachoeira, que deve ser instalada hoje no Congresso.

A Delta é a empresa que mais recebe recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para fazer obras nas cidades-sede do Mundial. “Não vejo por que a investigação tenha que significar paralisia das obras”, disse Rebelo, Na capital mineira, a Delta é responsável, com a Cowan, por obras nas Avenidas Antônio Carlos e Pedro I. Relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado encontrou indícios de superfaturamento de R$ 6 milhões nas obras. A corte enviou ofício à prefeitura e à Superintendência de Desenvolvimento da Capital para que se manifestem sobre as irregularidades e, caso a resposta não seja satisfatória, o tribunal pode determinar a suspensão ou cancelamento do contrato.

Rebelo visitou ontem o Mineirão, a poucos metros de uma das obras nas quais o TCE apontou irregularidades. Ao lado de Rebelo, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), disse que os projetos para a Copa são fiscalizados por órgãos federais e estaduais e classificou os indícios de irregularidades como “apenas uma discordância técnica” que “não vai prejudicar o andamento das obras”. “Nos próximos dias encaminharemos as explicações ao TCE e, se tivermos que fazer ajustes, faremos.” Rebelo espera que a CPI não prejudique outros preparativos necessários ao evento, como a aprovação da Lei Geral da Copa pelo Senado. “A CPI não pode significar paralisia das outras atividades.”

Caça-níqueis. Aproveitando o embalo das investigações em torno da relação de políticos com Cachoeira, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) protocolou ontem na mesa da Assembleia Legislativa de Minas pedido de instalação de outra CPI, desta vez para investigar o envolvimento de policiais e “outros agentes públicos” com a exploração de caça-níqueis em Minas.

É a quarta vez que Rodrigues apresenta o requerimento. “Assim que apresento o pedido, a base do governo pega a lista e assedia os deputados para que eles retirem as assinaturas”, disse. O Estado tentou falar com o presidente da Assembleia e o líder do governo na casa, os tucanos Dinis Pinheiro e Bonifácio Mourão, sem sucesso. Os dois tucanos que haviam assinado o pedido, Leonardo Moreira e Rômulo Viegas, retiraram as assinaturas antes da apresentação do requerimento.

 


CPI: Lula e Sarney orientam blindagem

O Globo

Mais de mil quilômetros de Brasília, a dupla formada pelo ex-presidente Lula e pelo presidente do Senado, José Sarney, está orientando a estratégia da CPI Mista do Cachoeira _ que será criada hoje no Congresso, em sessão marcada para às 10h30m, pela vice-presidente do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). Ontem, Lula e Sarney, em tratamento no Sírio-Libanês, receberam mais um grupo de políticos do PMDB. O mesmo Lula que incentivou a criação da CPI, a despeito dos alertas do próprio PMDB e de setores do PT, deu uma ordem expressa: os dois maiores partidos da base devem se unir e usar a maioria para blindar o governo Dilma Roussef e não deixar que a CPI respingue no Planalto.

Estiveram ontem com Lula e Sarney no hospital o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves. Na segunda-feira, Lula e Sarney – que já anunciou uma licença médica de 15 dias – receberam os líderes no Senado do PMDB, Renan Calheiros (AL), e do PTB, Gim Argelo (DF), e o do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do ex-líder Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Segundo relato de um dos participantes da reunião de ontem, Lula, ao discutir a estratégia, mostrou preocupação com o direcionamento que a oposição pretende dar, priorizando as investigações na empreiteira Delta e no ex-ministro José Dirceu. Pediu que PT e PMDB usem a maioria para tratorar e impedir a aprovação de “requerimentos inconvenientes”.

– Temos que usar a maioria para evitar o que for inconveniente. Vocês têm que unir os partidos aliados, colocar gente de confiança nos postos-chave, e não podem deixar que a CPI desvie do foco e contamine a área do governo – orientou Lula, conforme relatou ao GLOBO um dos interlocutores da dupla.

CPI só deve ser instalada na quarta

Na análise feita no que já está sendo chamado de o “QG do Sírio”, Lula avaliou que o foco vai ficar restrito ao Centro-Oeste: os governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e outros envolvidos com o esquema de Cachoeira. Um dos presentes alertou:

– O único risco é estourar alguém via Delta.

Politicamente, os partidos querem, com o ato de hoje, dar uma sinal de que a CPI não ficará no papel. Mas os líderes têm até  terça-feira para indicar seus representantes. Assim, a CPI só  deve ser instalada na próxima quarta-feira. A realização da sessão foi acertada em reunião de Rose de Freitas, à tarde, com os líderes dos partidos.

– Espero que todos compareçam. A tradição das CPIs é de muita eficiência nesta Casa. E esta foi criada em tempo recorde, com a coleta das assinaturas. Por isso, não acredito que os líderes fizeram tudo isso para fazer uma encenação. Há fatos concretos para serem investigados. Acredito que na quarta-feira a CPI seja instalada – disse a deputada.

Segundo a Secretaria Geral da Mesa do Senado, que confere as assinaturas, a CPI contava com o apoio de 70 senadores e 337 deputados, sendo que mais 24 deputados estavam tendo suas assinaturas checadas. Os parlamentares têm até a meia-noite da data de leitura do requerimento, portanto, meia-noite de hoje, para retirar assinaturas ou aderir ao pedido.

O PT deve utilizar todo o prazo regimental para formalizar os nomes que farão parte da CPI. O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), que indicará três titulares e três suplentes, afirmou, mais uma vez, que o governo não vai interferir nos trabalhos:

– Tem que haver seriedade na investigação, e sem cerceamento. Não acredito que o governo vá interferir. Não é uma CPI contra o governo, contra a oposição, mas é para apurar o crime organizado que usou o Estado brasileiro de forma ilegal.

No Senado, o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), disse que o partido ainda analisa os nomes, mas a ideia também é esperar até  terça-feira. Sobre o processo de escolha dos nomes do PT na CPI, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), brincou que faz parte do DNA do PT debater muito. Sobre a investigação, disse que não pode ser palco de disputa política:

– A CPI não é para fazer mais um espetáculo. Àqueles que quiserem fazer apenas a disputa política, peço que não se escalem.

Já a oposição se organiza para ficar unida na CPI. O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), confirmou o que Lula e Sarney temem. Para ele, o alvo é o governo, e não apenas o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO):

– Temos que estar com os olhos abertos, com nível máximo de cobrança para que não acabe em pizza. Inicialmente, tinha como alvo a oposição, mas agora o alvo mudou.

Já prevendo o rolo compressor, os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foram ontem à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para pedir que a instituição, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção acompanhem os trabalhos da CPI.

– A ideia é montar uma comissão com entidades organizadas da sociedade civil para acompanhar e fiscalizar a CPI – disse Randolfe.

O líder e presidente do DEM, senador José Agripino (RN), disse que a sociedade não vai aceitar que a CPI investigue os adversários do governo e proteja os seus:

– A base governista não terá condições políticas de ocultar investigações perante a sociedade.

 


BC força alta do dólar para ajudar indústria

Correio Braziliense

O dólar encerrou o dia ontem a R$ 1,8797, a maior cotação desde 25 de novembro do ano passado. As cifras por extenso podem parecer complicadas, mas revelam a intenção do Banco Central (BC) em chegar logo ao patamar de R$ 1,90. Para tal, o BC tem realizado todos os dias dois leilões para “enxugar” o dólar no mercado, forçando a sua alta, que também ajuda a indústria nacional a ter preços mais competitivos no exterior. Como a inflação está cadente, o maior valor da moeda norte-americana, se pode ter algum reflexo nos importados, não chegará a impactar a inflação.

Desde a quinta-feira passada a autoridade monetária faz dois leilões de compra de dólares no mercado à vista por dia e, no pregão de ontem, não foi diferente: o BC atuou mesmo com a moeda norte-americana em alta, fazendo leilões à tarde com taxas de corte de R$ 1,8703 e R$ 1,8800, testando o mercado financeiro e pagando pela moeda norte-americana mais que o valor que era negociada no balcão naquele instante.

Novo patamar

Para o economista da Link Investimentos, Thiago Carlos, o dia também pode ter sido infuenciado por algumas operações específicas de compras de dólares no mercado, que acabaram puxando a cotação ainda mais para cima. Ele acrescentou que as ações mais intensas do BC no mercado ainda não são suficientes para perceber se a autoridade monetária já tem um novo patamar para o dólar, mas, sem se identificar muitos analistas já fazem apostas em torno de R$ 1,90.

“Pode ser que tenha um novo piso de atuação do BC, vamos ver nos próximos dias, mas tem um fluxo de entrada ainda. Podem ocorrer mais entradas de dólares com IPOs (abertura de capital) de empresas e o BC pode estar antecipando essas compras”, afirmou Thiago Carlos.

Quem conhece o presidente do BC, Alexandre Tombini, garante que o movimento é proposital e visa ajudar o governo a tirar a indústria do patamar de letargia, garantir o crescimento da economia e a maior oferta de crédito, além do preço de produtos e serviços, sem prejuízo às metas de inflação.

O fluxo cambial negativo de US$ 799 milhões neste mês —  entradas menos saídas de moeda estrangeira — aliado à  intenção clara do governo de desvalorizar o real, diz um analista, fez com que os dois leilões de ontem zerassem as perdas acumuladas. O dólar fechou o pregão com valorização de 0,43% ante o real em 2012.

Com esse movimento estratégico, o BC procura materializar as intenções da presidente Dilma Rousseff, que encontrou em Tombini um dos seus interlocutores e porta-voz de política econômica, de garantir crescimento neste que é um ano eleitoral, independentemente da crise global. Há quem aposte que até o fim do mês o dólar estará cotado a R$ 1,90. O teste de mercado deve continuar hoje.

 


Belo Monte entra em greve na segunda

O Globo

BRASÍLIA. Os cerca de sete mil trabalhadores da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, vão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, dia 23. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo, disse que eles vão esperar 48 horas para que o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) adote as medidas emergenciais necessárias e previstas na lei. Os operários fizeram assembleias nos vários canteiros da obra para discutir as contrapropostas apresentadas pelo consórcio construtor.

Uma das reivindicações dos trabalhadores é a redução do tempo de “baixada” (folga dada para visitar a família) de seis meses para três meses. O custo da passagem é bancado pela empresa. O consórcio apresentou contraproposta de manter o período de seis meses, mas aumentando o tempo de permanência de nove dias para 19 dias. Estes 10 dias a mais seriam descontados das férias. Esta é  uma questão importante para a categoria, porque mais de 60% dos empregados estão longe de casa.

Outra reivindicação não atendida levada à assembleia foi o aumento do valor da cesta básica, atualmente de R$ 95. Os trabalhadores pedem R$ 200.

 


Bird vê forte aumento do fluxo especulativo para AL

Valor Econômico

Os investidores de curto prazo voltaram a comprar fortemente ativos nos mercados da América Latina e do Caribe no início de 2012, colocando em risco a estabilidade financeira da região, alertou o Banco Mundial ontem.

“O problema é que esse tipo de fluxo de capital com base no mercado financeiro, em oposição ao [capital] baseado no segmento bancário, não contribui para a estabilidade financeira, como muitos esperavam inicialmente”, disse o economista-chefe do Banco Mundial para a região Augusto de la Torre, em comunicado divulgado.

“Ao contrário, o movimento de entrada e saída dos fluxos de investimentos de carteiras nas economias emergentes tende a ser pro-cíclico e parece responder cada vez mais a fatores globais, em vez de fatores específicos de cada país”, acrescentou.

De acordo com o comunicado apresentado pelo Banco Mundial, os investimentos dos fundos mútuos nos sete maiores países da América Latina tiveram uma elevação de oito vezes em janeiro e fevereiro de 2012, em comparação com o fluxo médio mensal do começo do ano passado.

“A intermediação financeira internacional se inclinou em direção a um comportamento de manada, que é focado em um horizonte de curto prazo e onde a capacidade de sair rapidamente [do mercado] se sobrepõe à paciente análise da perspectiva de longo prazo”, disse Torre.

De acordo com o Banco Mundial, a região precisa aprender a lidar com a volatilidade que se origina em outros lugares, especialmente se os países da região esperam garantir e ampliar os ganhos recentes.

As projeções atuais para o crescimento da região estão entre 3,5% e 4% para 2012 e 2013, acima da expansão projetada para a Europa oriental e a Ásia central e similar à taxa de crescimento estimada para a Ásia do leste, disse o Banco Mundial. As taxas de inflação devem ficar, em média, em torno de 6,25% este ano.

Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai estão expostos tanto à desaceleração nos Estados Unidos, na Europa e na China, quanto a uma redução nos preços das commodities e investimentos, afirmou de la Torre.

Contudo, as autoridades nesses países têm espaço para manobra, uma vez que seus níveis de vulnerabilidade permanecem baixos. A Venezuela e o Equador estão mais vulneráveis e o resto da região fica mais ou menos no meio termo.

 


Eletrobras planeja captar R$ 4,5 bilhões no mercado

Valor Econômico

A Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) vai recorrer ao mercado de capitais para compor o plano de investimento que vai até 2015. O presidente da companhia, José da Costa Carvalho Neto, disse que a empresa pode captar R$ 4,5 bilhões já este ano e sustentar o programa que deve atingir R$ 13,3 bilhões só em 2012. No ano passado, a companhia captou R$ 4,4 bilhões.

“Temos uma alavancagem baixa. Nossa dívida líquida sobre Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] está em torno de 1,8. Temos condições de captar recursos de financiamento”, afirmou Carvalho Neto durante entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro.

Segundo cálculos feitos por analistas durante a conferência de resultados ontem, a relação de alavancagem da Eletrobras pode crescer e chegar ao múltiplo de quatro vezes o Ebitda apenas se contabilizados os projetos que a estatal já assumiu o compromisso de participar.

A dívida de longo prazo da empresa correspondente a 97% do total do endividamento, com grau de alavancagem de 25%, segundo o relatório da companhia. São indicadores “compatíveis com a expectativa de geração de caixa”, aponta o documento.

O presidente da Eletrobras reafirmou que a empresa vai aguardar uma definição para o vencimento das concessões antes de decidir a operação de captação de recursos. “Queremos saber o que vai acontecer em 2015 e 2016. Para cada cenário, existe uma estrutura financeira mais adequada possível”, disse Carvalho Neto, que espera realizar mais de 80% do orçamento previsto para este ano.

Dos R$ 13,3 bilhões que planeja investir em 2012, a Eletrobras projeta R$ 10,1 bilhões para serem aportados diretamente nas empresas do grupo e outros R$ R$ 3,2 bilhões para parcerias em projetos de geração e transmissão que a companhia tem no setor. Os principais projetos são os da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, e os das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia.

No ano passado, a Eletrobras investiu R$ 9,8 bilhões, montante 42% superior ao de 2010.

Os planos de investimentos da empresa incluem ainda negócios fora do Brasil. A Eletrobras estuda um projeto de construção de uma usina hidrelétrica de 1.500 MW de capacidade no norte de Moçambique e de duas linhas de transmissão para escoar energia do empreendimento. O negócio atinge US$ 6 bilhões, sendo US$ 2,3 bilhões para a usina e mais US$ 3,7 bilhões para as linhas de transmissão.

A estatal também vai assinar hoje um protocolo de intenções com a companhia uruguaia UTE para implantar um projeto eólico de até  150 MW naquele país.

O presidente da Eletrobras disse que aguarda ainda a licença ambiental para a construção da parte brasileira da linha de transmissão que integrará os sistemas brasileiro e uruguaio. A linha liga Candiota até a região metropolitana de Montevidéu. O trecho brasileiro possui 60 quilômetros de extensão.

Sobre a participação acionária da Eletrobras em distribuidoras que enfrentam dificuldades financeiras e operacionais – um fator que tem preocupado investidores e analistas – o presidente da estatal descartou a possibilidade de federalizar ou a de assumir o controle de qualquer empresa do grupo Rede Energia. O executivo, porém, admitiu que a estatal pode ser “parte da solução” para os problemas financeiros da distribuidora do Pará, a mais crítica, em recuperação judicial.

Carvalho Neto explicou que, como a Eletrobras possui uma participação da ordem de 34% na Celpa, pode entrar de alguma forma na recuperação da empresa para melhorar o próprio resultado. A estatal provisionou R$ 524 milhões nas demonstrações financeiras de 2011, por conta de incertezas nos resultados da Celpa e na Cemat, distribuidora do Mato Grosso, que também pertence ao Rede, o que representa 75% de todo provisionamento da estatal em 2011.

“Foi dado um prazo de 60 dias de recuperação judicial para a empresa. O prazo vence no dia 5 do próximo mês. Até essa data, a empresa deverá apresentar um plano de recuperação. Estamos naturalmente aguardando”, disse o executivo. “De forma nenhuma está prevista qualquer federalização dessas empresas”.

O executivo adiantou que a Eletrobras deverá assumir o controle da CEA, do Amapá, até o fim deste ano. O modelo de negócio será parecido com o implementado no caso da Celg.

O assunto está sendo negociado por integrantes do governo federal com membros do governo estadual do Amapá.

Na madrugada de quarta-feira, a Eletrobras informou ao mercado que o lucro líquido subiu 5,5% no quarto trimestre de 2011, para R$ 557 milhões, na comparação anual. A receita operacional líquida foi de R$ 8,8 bilhões no período de outubro a dezembro, mais 14% quando comparado com a receita de um ano antes, quando atingiu R$ 7,756 milhões. No ano, o lucro subiu 66% para R$ 3,7 bilhões, e a receita, 10% para R$ 29,5 bilhões.