Fortalecer a luta sindical e construir o futuro socialista!

imagemExecutiva Nacional da Unidade Classista

Mais de 600.000 pessoas já foram vítimas da pandemia causada pela COVID-19 no Brasil e continuamos sofrendo com o aumento dos preços, com destaque para os combustíveis, o gás de cozinha e os alimentos da cesta básica. O governo entreguista de Bolsonaro também pretende privatizar algumas das principais empresas estatais brasileiras e quer desmontar os serviços públicos, para privatizá-los por meio da contrarreforma administrativa.

Enquanto isso, a fome e a miséria crescem de forma alarmante, a taxa de desempregados é recorde e já atinge mais de 20 milhões. Mais de 40 milhões trabalham sem registro, o déficit de moradias passa de 5,8 milhões e a diminuição do auxílio emergencial piorou sensivelmente as condições gerais de vida de toda a população.

A situação em que se encontra o povo e o esforço de organização de diversos setores da classe trabalhadora construíram diversas manifestações desde maio, que ocorreram em mais de quinhentas cidades e envolveram mais de três milhões de pessoas. Além das manifestações, a CPI da COVID-19, que ocorre no Senado, também cumpre um papel importante para desmascarar Bolsonaro e para evidenciar o caráter negacionista, assassino e corrupto de seu governo.

Porém, as manifestações e a CPI ainda não conseguiram frear os principais ataques programados para este semestre, pois a contrarreforma administrativa (PEC 32) continua tramitando na Câmara dos Deputados, a privatização dos Correios e da Eletrobras também já foram aprovadas no Congresso, e os pedidos de impeachment, inclusive o “super pedido” continuam engavetados.

No dia 07/09, hordas bolsonaristas foram às ruas para defender o governo federal e para apoiar as pautas reacionárias da extrema direita e, com seu discurso golpista, reivindicavam novamente uma intervenção militar sob a direção de Bolsonaro.

Sem correlação de forças para instaurar um golpe, Bolsonaro contentou-se em falar para a sua base para consolidá-la e discursou como se não houvesse amanhã, dobrando a aposta em seu discurso de autodefesa e de sua família e de seu projeto assassino.

Felizmente, no dia 07/09, apesar da sabotagem de alguns setores que participam da Campanha Fora Bolsonaro, também estivemos nas ruas, disputando espaço com a extrema direita e deixando claro nosso firme propósito de virar o jogo a partir dos interesses da classe trabalhadora. Em 02/10, repetimos a dose em mais de trezentas cidades do país.

Porém, apesar das péssimas condições de vida de nosso povo, a indignação crescente e a rejeição ao governo federal ainda não se materializaram no maior crescimento das manifestações populares e em greves. O primeiro semestre deste ano foi inclusive marcado pelo baixo número de greves, a exemplo do que já havia ocorrido no ano passado, fato que mais uma vez demonstra que o desemprego, a redução e o congelamento de salários e as péssimas condições de trabalho e de vida não são suficientes para mobilizar.

Nesta conjuntura de recuo e desorganização, se faz necessário desenvolver consciência de classe e um sindicalismo combativo que seja capaz de produzir um programa de lutas emergencial e que aponte para a construção de um futuro socialista.

Devemos continuar mobilizando trabalhadores, sindicatos, movimentos populares e a juventude nos locais de trabalho, moradia e estudo, nos pontos de ônibus, barcas, metrôs e trens e nas portas de fábrica, para construirmos e enraizarmos junto aos diversos setores da classe trabalhadora a urgência das lutas e o nosso programa.

Também devemos manter e ampliar as manifestações e as ações de solidariedade com os setores mais atingidos pela carestia, pela fome e pela miséria, fortalecer o debate programático com os setores organizados e com o conjunto da classe trabalhadora, construir mobilizações e greves nas categorias que estão sendo frontalmente atacadas pela contrarreforma administrativa e pelas privatizações e manter a greve geral como objetivo.

Além disso, é nossa tarefa dialogar com os setores organizados do sindicalismo e nas bases das categorias sobre a necessidade de promover uma PLENÁRIA NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA ainda no primeiro trimestre de 2022, que convoque todos os sindicatos de trabalhadores do Brasil e que também tenha a participação dos movimentos populares e da juventude com o objetivo de analisar conjuntura, construir um programa e um calendário de lutas nacional, inclusive com a convocação de uma greve geral para derrotar Bolsonaro e pelo impeachment já!

Também devemos continuar fortalecendo e massificando o FÓRUM SINDICAL, POPULAR E DE JUVENTUDES, como tarefa prioritária e abrindo o diálogo com os demais setores do campo sindical e popular classista, tais como a FRENTE POVO SEM MEDO e a ARTICULAÇÃO POVO NA RUA, sobre um ENCLAT – Encontro Nacional da Classe Trabalhadora, que tenha por objetivo a construção de uma central ou frente sindical classista de âmbito nacional que possa combater o peleguismo, organizar as lutas e auxiliar na construção do poder popular e do socialismo.

CALENDÁRIO E BANDEIRAS DE LUTA EMERGENCIAIS:

18 a 22/10 – LUTA NACIONAL PARA BARRAR A CONTRARREFORMA ADMINISTRATIVA E CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES COM ATOS E MANIFESTAÇÕES EM BRASÍLIA E EM TODO O PAÍS;

23/10 – DIA NACIONAL DE LUTA NAS PERIFERIAS, CONTRA O DESEMPREGO, A MISÉRIA E A FOME;

15/11 – DIA NACIONAL DE LUTA PELO FORA BOLSONARO, MOURÃO E SEUS ALIADOS;

BANDEIRAS DE LUTA EMERGENCIAIS:

• Vacinação para todos;

• SUS 100% estatal, público, universal, gratuito e de qualidade;

• Auxílio emergencial de, no mínimo, 600 reais, para todos que necessitarem;

• Tabelamento dos preços dos gêneros de primeira necessidade;

• Nenhuma ação de despejo das comunidades que lutam em defesa da moradia popular;

• Defesa das empresas públicas e reestatização de todas as empresas estratégicas;

• Revogação imediata da emenda constitucional do teto dos gastos e das contrarreformas trabalhista e previdenciária;

• Rejeição completa da Reforma Administrativa;

• Garantia de estabilidade no emprego, com salário integral e todos os direitos e garantias, a todos os trabalhadores;

• Transporte público gratuito aos idosos e desempregados;

• Suspensão imediata do pagamento dos juros da dívida interna;

• Taxação das grandes fortunas;

• Criação de Frentes de Trabalho e programa habitacional de construção e distribuição de casas populares.

FORA BOLSONARO E MOURÃO!

IMPEACHMENT JÁ!

RUMO À GREVE GERAL!

EXECUTIVA NACIONAL DA UNIDADE CLASSISTA

FORTALECER A LUTA SINDICAL E CONSTRUIR O FUTURO SOCIALISTA!