Todo apoio à Greve dos trabalhadores da educação do estado do Rio de Janeiro

Manifestamos nosso apoio aos trabalhadores e às trabalhadoras da educação do estado do Rio de Janeiro que estão em greve desde o dia 17 de maio de 2023.

Os/as profissionais reivindicam o pagamento do piso nacional do magistério para professores e professoras; o piso salarial mínimo regional para funcionários e funcionárias das escolas e o cumprimento do Plano de Cargos e salários atacado pelo governador Cláudio Castro, que em 10 de maio lançou um decreto achatando a carreira destes profissionais. Ou seja, o motivo da greve é, tão somente, a aplicação da lei do piso, que é violada desde sua aprovação em 2008 e do cumprimento do plano de carreira, aprovado em 1990.

Tais profissionais ficaram de 2014 a 2021 sem qualquer reajuste, chegando a perdas salariais de cerca de 49%. Apenas em 2021, tiveram um aumento de 13%. Contudo, pelos baixíssimos salários, tal reajuste foi sequer sentido pelos educares e educadoras. Cerca de 84% dos professores e professoras da rede têm carga horária de 18h, e o vencimento inicial é de R1588 reais. Já funcionários e funcionárias de escola têm vencimento de R$ 802 reais, ou seja, abaixo do salário mínimo.

Esta luta não é apenas uma luta por salários, mas pela qualidade da educação dos filhos da classe trabalhadora. Diante dos baixos salários, a maioria dos professores e professoras é obrigada a dar 50 ou 60 tempos de aula por semana, chegando à exaustão física e mental, comprometendo a qualidade de ensino. Não se pode aceitar que as escolas públicas do país sejam formadoras por força de trabalho barata para o mercado de trabalho e maiores lucros ao capital, e para isso, a valorização dos profissionais da educação é uma medida essencial.

Aproveitamos para condenar a ilegalidade da greve decretada pelo presidente do TJRJ, que é direito da classe trabalhadora e dos cortes de salários e multas ao sindicato e seus diretores. Estas medidas representam um gravíssimo atentado a conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadores na sua resistência contra a exploração sofrida cotidianamente.

Claudio Castro, pague o Piso salarial da Educação!

Respeito ao Plano de Carreira dos educadores e das educadoras!

Pelo direito de greve e de lutar!

Coordenação da Nacional Unidade Classista