Servidores públicos em luta por seus direitos!
Unidade Classista Nacional
A história nos ensina que a conquista e a manutenção de direitos exigem esforço contínuo.
Mais uma vez vemos o governo Lula cedendo diante das pressões do grande capital e do congresso reacionário, mantendo a lógica neoliberal dos governos anteriores. Há meses a Unidade Classista tem denunciado que a aprovação do arcabouço fiscal inviabilizaria a ampliação de políticas sociais e a melhoria do serviço público, porém, as maiores centrais sindicais já acionaram o modo “deixa o homem governar”.
É neste cenário que se situa a campanha salarial 2024 dos servidores públicos federais. A campanha tem como principais pautas a recomposição salarial das perdas acumuladas a partir de julho de 2010; a equiparação entre os benefícios dos servidores e servidoras do Poder Executivo com os dos demais Poderes; a instalação, em caráter de urgência, das Mesas Específicas e Temporárias e o revogaço de todas as medidas que atacam os servidores e os serviços público, demandas legítimas da categoria, mas que parecem cada vez mais distantes.
Nos últimos meses, os sindicatos dos SPFs, através do FONACATE e FONASEFE, têm participado da Mesa Nacional de Negociação Permanente, de início com grande expectativa, e não à toa. Instituída originalmente em 2003, na primeira gestão do governo Lula, a MNNP havia sido interrompida em 2016 e retornou neste ano. Entretanto, as reuniões com os representantes do governo tem se constituído muito mais em um espaço onde as entidades comparecem para ouvir negativas e limitações orçamentárias do que para negociar legitimamente suas propostas.
Foi assim que, em março, as entidades receberam e aceitaram a proposta de reajuste salarial de 9% – valor muito distante das perdas sofridas pelas categorias com menores salários, como os técnicos administrativos das Instituições Federais, que têm uma perda salarial de mais de 50% desde 2015. Apesar de tudo, o anúncio do reajuste veio como alento para uma categoria que tem tido muitas dificuldades em se mobilizar nos últimos anos e que vem sofrendo, desde o governo Temer, uma campanha de difamação que coloca os servidores públicos como “parasitas” e inimigos da população.
O ano avançou, e na última semana de agosto, após a aprovação do arcabouço fiscal e às vésperas do prazo de fechamento da LOA, o governo chamou as entidades para afirmar que não há proposta nenhuma de reajuste. Diante deste total desrespeito com os trabalhadores e as trabalhadoras, é imprescindível a mobilização firme da categoria, ainda que saibamos das dificuldades existentes para enfrentar o peleguismo dominante no cenário sindical nacional.
Novas mobilizações estão sendo chamadas para as próximas semanas e convocamos a militância a se engajar de maneira ativa em seus locais de trabalho, para construirmos uma resposta a esta afronta vinda de um governo que se mostra cada vez mais rendido à lógica do grande capital!
Governe quem governe, direitos se defendem!
UNIDADE CLASSISTA! FUTURO SOCIALISTA!