OS ATLETAS SÍRIOS FAZEM QUESTÃO DE DESFILAR COM A BANDEIRA DE SUA PÁTRIA

Objeto de curiosidade e muitas pressões difíceis de se imaginar,estão em Londres 28 atletas da delegação da Síria para os Jogos Olímpicos. Esta é a maior delegação síria desde os jogos do México. Esses jovens sírios parecem ter conseguido se livrar dos efeitos colaterais da crise em seu país, efeitos estimulados pela mídia: Não houve nenhuma manifestação hostil, ao contrário, a delegação teve uma recepção simpática e calorosa, na Vila Olímpica. E sob a bandeira nacional – e não como planejado pelo Comitê Olímpico com a bandeira olímpica – a delegação participou da cerimônia de abertura.

No entanto, o Presidente do Comitê Olímpico da Síria, General Juma, teve seu visto negado em junho pelo governo britânico, o caso foi  denunciado pela Síria como uma “violação das convenções olímpicas”.

Alguns atletas da Síria falaram com a imprensa antes e depois de sua chegada em Londres. De Damasco,  Gufran  Mohammed,  participante na categoria de 400 m com barreiras, disse que ele e seus colegas queriam mostrar em Londres “uma imagem diferente (da Síria) àquela dada por canais de satélite”, em uma referência clara e depreciativa a Al Yazira de Qatar y Al Arabiya de Arabia Saudita.  Por seu turno, o nadador  Bayan Yuma parecia resumir o estado de espírito da delegação, dizendo: “os atletas farão tudo para dar uma boa imagem da Síria”. O porta-estandarte da delegação e saltador de altura Majd Gazal , também disse que “faria todo o possível para honrar” ao seu país.

Um dos atletas em Londres foi um pouco mais além das declarações desportivas e patrióticas em uma entrevista para o  “The Times”. Mohammed Hamcho, emérito e renomado cavaleiro de 19 anos, disse que Bashar Al-Assad “não havia cometido nenhum erro  em sua luta contra a crescente violência na Síria” e acrescentou que o governo sírio protege os civis dos terroristas, e que ele mesmo se considerava nos jogos em Londres, como “o representante não só  do povo sírio, mas também do Presidente Bashar Al-Assad em pessoa”.

Como você pode imaginar, as declarações deste jovem cavaleiro incomodaram a imprensa ocidental, que passou a publicar que o  jovem era filho de um empresário ligado ao governo. E um ativista da oposição lançou uma petição para o Comitê Olímpico Internacional para que ele fosse excluído dos jogos Olímpicos, em nome dos  “princípios de paz e dignidade” consagrados na Carta Olímpica.

Imagina-se que se o jovem campeão de equitação houvesse aproveitado de sua visita a Londres para insultar o Presidente Bashar Al – Assad  e desertar, este mesmo “opositor” estaria preparado para solicitar uma medalha de ouro “fora de competição” .

http://www1.almanar.com.lb/spanish/adetails.php?eid=18791

Traduzido por: somostodospalestinos.blogspot.com