CONSTRUIR A GREVE GERAL E O ENCLAT !

imagemExecutiva Nacional da Unidade Classista

Os primeiros passos da contraofensiva dos trabalhadores estão sendo dados em diversos países. A avalanche de governos de extrema direita que acelerou os ataques contra a nossa classe parece estar sendo contida, pois trabalhadores de várias partes do mundo já derrotaram alguns deles e fortaleceram seus instrumentos de luta. Partidos, sindicatos, frentes sindicais, movimentos populares e a juventude trabalhadora dão mostras de que a destruição de empregos, direitos e condições de trabalho e vida podem e devem ser contidas e revertidas.

No Chile, na Colômbia, no Paraguai, no Peru, na Argentina e nos Estados Unidos, guardadas as suas especificidades, foram realizadas jornadas de lutas muito importantes, que começam a modificar a correlação de forças a favor dos trabalhadores.

No Brasil, além da crise sistêmica do capitalismo, da crise sanitária do coronavírus e de uma campanha de vacinação “sem vacina”, temos que lidar com o aumento do preço dos combustíveis, do gás de cozinha, dos alimentos da cesta básica, com o pacote de privatizações, com a contrarreforma administrativa e com um auxílio emergencial vergonhoso. O desemprego bate recorde, nunca tivemos um índice tão alto desde que os dados começaram a ser registrados. A fome e a miséria crescem de forma alarmante, atingindo principalmente as mulheres, as negras e os negros, os indígenas e quilombolas, que são histórica e estruturalmente os que mais sofrem com as condições de vida adversas.

Este quadro e o esforço de convocação e organização de diversos setores da classe trabalhadora construíram as manifestações de 29/05, 19/06 e 03/07, que marcaram a retomada das lutas presenciais nas ruas. Tais manifestações ocorreram em mais de quatrocentas cidades e envolveram mais de 700.000 lutadores.

As organizações que fazem parte da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, da qual somos integrantes, tiveram um papel muito importante na convocação e na articulação unitária dos movimentos, porém, caso não haja um salto qualitativo na construção desta contraofensiva, poderemos viver um refluxo e pagaremos um preço muito alto, pois a organização da classe no Brasil ainda está muito aquém das necessidades.

Mesmo com o crescente desgaste do governo de Bolsonaro, ocasionado pelas manifestações, pelos escândalos de corrupção revelados diariamente pela CPI e pelo próprio desastre das políticas de seu governo, a agenda da burguesia no Congresso continua acelerada. Se, por um lado, parte dos senadores, por meio da CPI da COVID-19, pressionam Bolsonaro para desgastá-lo, a maioria do Congresso pretende mantê-lo e negocia as privatizações de estatais estratégicas, a contrarreforma administrativa e outras pautas, mantendo engavetados os pedidos de impeachment, inclusive o recém-protocolado “super pedido” coletivo, que envolveu partidos, organizações sociais e movimentos populares. O Congresso já autorizou a privatização da Eletrobras e pretende fazer o mesmo com os Correios nos próximos dias. Ou seja, para mudar este quadro, precisamos manter e ampliar as manifestações e construir greves.

Para isso, cumpriremos um calendário nacional de lutas que convoca para este mês datas de extrema importância para a classe trabalhadora. No dia 13 de julho, próxima terça-feira, os trabalhadores dos Correios estarão nas ruas manifestando-se por melhores salários, direitos e condições de trabalho e lutando contra a privatização dos Correios. Da mesma forma, os povos indígenas, organizados no “Levante pela Terra”, também estarão mobilizados contra o PL490. Nesta mesma data, a luta contra a reforma administrativa e em defesa dos serviços públicos também será pautada, bem como o FORA BOLSONARO E MOURÃO.

Também construiremos o dia 24 de julho, quando novamente estaremos nas ruas para derrotar BOLSONARO E MOURÃO, debatendo toda a pauta de nossa classe. Além disso, em conjunto com diversas organizações políticas e sindicatos, construiremos o Encontro Nacional dos Servidores Públicos, que será realizado nos dias 29 e 30 de julho.

Nesta conjuntura, devemos prestar solidariedade militante a todas as categorias, redobrar os esforços no desenvolvimento do trabalho de base, principalmente nos setores estratégicos, entre os trabalhadores dos Correios, da Eletrobras e os servidores públicos, para construir a luta de resistência por meio de manifestações e greves e acumular forças para a Greve Geral pela vida e para derrotar o governo de BOLSONARO E MOURÃO.

Precisamos dialogar diariamente com os trabalhadores nos locais de trabalho, moradia e estudo, nos pontos de ônibus, barcas, metrôs e trens e nas portas de fábrica, para montar o quebra-cabeças da realidade, apontando a necessidade da luta e o rumo, além de prestar solidariedade às comunidades de trabalhadores que sofrem cada vez mais com a fome e com a miséria.

Devemos ainda continuar organizando e mobilizando os/as trabalhadores/as, sindicatos, movimentos populares e a juventude, para construir e enraizar o Fórum Sindical, Popular e da Juventude, de Luta por Direitos e Liberdades Democráticas em todas as regiões do país. Vamos fortalecer as lutas de resistência, a reorganização da classe, a construção do ENCLAT (Encontro Nacional da Classe Trabalhadora) e o Poder Popular, rumo ao Socialismo!

POR EMPREGO, VACINA NO BRAÇO E COMIDA NO PRATO!

DIAS 13/07 E 24/07 NOS ENCONTRAREMOS NOVAMENTE NAS RUAS!

DIAS 29 E 30 DE JULHO – ENCONTRO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS.

FORA BOLSONARO E MOURÃO! IMPEACHMENT JÁ!

RUMO A GREVE GERAL!

AVANTE, CAMARADAS!

UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!

EXECUTIVA NACIONAL DA UNIDADE CLASSISTA