BNDES terá aporte do Tesouro em 2012

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou ontem, após uma palestra na FGV, no centro do Rio, que o banco está avaliando o valor que precisará receber de aporte do Tesouro ainda em 2012. O Congresso aprovou um reforço de caixa de R$ 45 bilhões ao banco, sendo que até o momento o BNDES já recebeu R$ 10 bilhões. Coutinho mantém a previsão de R$ 150 bilhões em desembolsos no ano.

Mas para 2013 ele espera que os desembolsos da instituição com infraestrutura vão crescer 10% – ou um pouco mais – sobre um valor que deve atingir US$ 32,8 bilhões em 2012. Para Coutinho, os novos pacotes do governo na área de transporte, que incentivam concessões, serão os responsáveis por esta alta.

– A infraestrutura está crescendo. Na operação direta do banco, tende a subir de 20% a 25% em 2013. Na operação indireta (quando o recursos é repassado por outra instituição financeira), os desembolsos sobem mais devagar, de maneira que, no total, os desembolsos com infraestrutura devem crescer 10%. Talvez até um pouco mais – disse.

Coutinho afirmou ainda que estas iniciativas do governo federal tendem a influenciar mais nos desembolsos do banco a partir de março ou abril de 2013. Mas ele disse que o BNDES não deverá absorver totalmente o financiamento destes novos investimentos:

– Como nós esperamos também atrair o setor privado com as debêntures incentivadas, eu acredito que haverá um impacto, alguma demanda adicional (destes novos programas de logística), mas que nós poderemos, talvez em 2013, administrá-la, porque nós teremos também o retorno de algumas operações de curto prazo, capital de giro, que nós usamos para enfrentar o período mais difícil agora em 2012 – afirmou Coutinho.


Vendas de materiais de construção recuam

O Estado de S. Paulo

As vendas de materiais de construção, tanto no varejo como na indústria, caíram em setembro, refletindo o menor dinamismo do mercado de construção civil nos últimos meses.

No mês passado, as vendas industriais de cimento para o mercado interno somaram 5,6 mil toneladas, um volume 3,2% menor em relação ao mesmo mês de 2011, aponta pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento. E, a cada trimestre, as vendas só perderam fôlego.

No primeiro trimestre, o mercado doméstico de cimento crescia a uma taxa de 13,7% em relação a igual período de 2011. No segundo trimestre, o acréscimo foi de 5,9% nas mesmas bases de comparação. No terceiro trimestre, a alta foi de 3,5%.

“A taxa de crescimento é menor, mas o desempenho continua positivo”, observa o presidente do Snic, José Otávio Carvalho. Ele explica que o ajuste ocorreu em razão da conjuntura, isto é, do menor crescimento esperado para o País neste ano.

De acordo com estudo feito pela entidade, 75% das vendas de cimento do mercado interno são para edificações e, dessa parcela, mais da metade para construção civil residencial. “A desaceleração está vindo desse segmento e ela não está sendo compensada pelas obras de infraestrutura.”

Outro dado do setor confirma o menor dinamismo na construção civil residencial. Em setembro, as vendas de material de construção no varejo, por exemplo, caíram 2,5% em relação a agosto, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Na comparação com o mesmo mês de 2011, a retração foi de 6% e em 12 meses até setembro a alta foi de apenas 0,5%.

Cláudio Conz, presidente da Anamaco, atribui a queda à greve bancária, uma vez que os materiais de construção têm a venda atrelada ao crédito. Mas, entre janeiro e setembro, só dois meses tiveram desempenho positivo. Por isso, a meta do início do ano de elevar em 8% as vendas foi revista para 4,5% e agora já está em 3%.


Regulação empurra fundos de pensão para bônus de governos

Valor Econômico

Os fundos de pensão serão obrigados a comprar grandes parcelas dos trilhões em bônus soberanos de vencimento dilatado de Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE) a serem emitidos nos próximos anos – mas com consequências desastrosas, segundo especialistas.

Regulamentações e pressão financeira do gênero dos definidos pela diretriz da UE conhecida como Solvência 2 – por meio das quais os governos estão pressionando os investidores institucionais a comprar títulos – forçarão os fundos de pensão a investir em bônus governamentais. O problema é que os bônus do governo oferecem retornos reais baixos ou negativos que vão corroer os fundos de pensão e aumentar seus déficits crescentes.

Embora a pressão financeira possa ajudar governos a diminuírem o endividamento, esse tipo de política não é, absolutamente, favorável aos fundos de pensão, disse Jerome Booth, diretor de pesquisa da administradora de investimentos Ashmore.

“A pressão financeira funciona bem, como funcionou após a Segunda Guerra Mundial, mas é distorsiva”, diz. “Embora seja boa para o contribuinte, como poupador acho-a absurda. Qualquer pessoa que investe em bônus soberanos tem algumas justificativas a dar.”

A recente política monetária dos mercados desenvolvidos já deprimiu os rendimentos dos bônus governamentais, mas técnicos dizem que a situação poderá ser pior. Uma das preocupações é que, no longo prazo, um período de inflação alta ou de fortes flutuações cambiais levarão a uma grande deterioração dos preços dos bônus governamentais.

Acrescenta Booth: “Nos mercados, o risco está sempre mudando. Não é aceitável pôr o dinheiro das pessoas em depósitos ou bônus do governo”.

Países como a Dinamarca introduziram mudanças a fim de reduzir a necessidade dos fundos de pensão de comprar títulos para compensar suas obrigações. A Suécia recentemente mudou a maneira pela qual os passivos são calculados. Mas em outros países os fundos de pensão estão acumulando papéis do governo.

Stewart Cowley, diretor de renda fixa e de macroeconomia da Old Mutual Asset Managers, diz que isso é um erro, porque a categoria de ativos não equivalerá aos passivos futuros: “Apesar disso, ao mesmo tempo, os bônus governamentais estão sendo desovados e obrigam os fundos de pensão a comprar a coisa errada. O que estamos fazendo é transferir o risco governamental para os fundos de pensão. Acho que isso não é vantajoso para o beneficiário.”

Um “tsunami de bônus governamentais” deverá ser emitido, mundialmente, nos próximos anos. Só nos Estados Unidos, poderá haver US$ 5 trilhões em nova emissão de bônus até 2017, calcula a gestora Schroders.

Os bônus do governo trazem atualmente consigo dois grandes riscos de peso, diz Mouhammed Choukeir, diretor de investimentos da Kleinwort Benson: “O primeiro é que uma enxurrada de dinheiro entrando no mercado leva à inflação e, portanto, a um aumento das taxas de juros para compensar. O segundo é a credibilidade dos emissores soberanos em termos de pagamento. Com enormes cargas de endividamento e déficits públicos a perder de vista, é difícil ver como [os governos] vão tapar esse buraco.”

Outros, no entanto, estão menos convencidos de que os títulos do governo são inadequados para os fundos de pensão. Charles Cowling, diretor-executivo da JLT Pension Capital Strategies, diz: “Você tem de partir do pressuposto de que, se você toca um programa de pensão que gera uma promessa garantida, o investimento mais razoável é o que mais se aproxima de igualar o seu passivo. E esse investimento são os bônus soberanos”.

O risco de inadimplência dos principais tomadores – como Reino Unido, França ou Alemanha – é “desprezível ou mínimo”, acrescenta Cowling.

Pode não fazer mais sentido falar de uma “taxa isenta de risco” para bônus soberanos, mas eles são os que mais se aproximam, para os investidores, de ativos seguros. Por outro lado, investidores em bônus soberanos poderão obter retornos reais negativos, mas não há muitas outras alternativas. Os investidores podem assumir mais risco – e muitos assumem, aplicando em bônus corporativos e em papéis de alto rendimento – mas, segundo Cowling, o ponto de partida natural para um fundo é equiparar ativos a passivos. “Bônus governamentais ainda fazem sentido para uma série de programas. Mas, com as taxas de juros tão baixas e sem salvaguarda contra todas as possibilidades de inflação, os déficits são grandes.”

Será que a inflação pode se intensificar grandemente nos próximos meses, piorando a situação? Simon Foster, diretor-executivo da UBS Global Asset Management, diz que, apesar da explosão das demonstrações de resultados dos bancos centrais, “a ocorrência de inflação não parece provável nos próximos 12 meses e o calote não está em pauta neste momento”.

Jérôme Broustra, diretor de taxas mundiais da área de renda fixa da Axa Investment Managers, acrescenta: “Já passou a época em que se sai de uma recessão com uma taxa de juros de 5%. Se o crescimento gerar um retorno sólido, [poderá haver problema com os preços dos bônus soberanos], mas este não é o nosso cenário.”


Novo fundo europeu de socorro passa a funcionar e espera pedido da Espanha

Valor Econômico

Os governos europeus implementaram seu fundo permanente de € 500 bilhões para ajudar países endividados e, não pela primeira vez na crise que já dura três anos, se mostraram confiantes de que não haverá necessidade de um estímulo financeiro extra no curto prazo.

Os ministros das Finanças dos 17 países do euro declararam que já está em operação o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), afirmando ao mesmo tempo que a Espanha, seu maior potencial cliente no curto prazo, não está prestes a recorrer ao fundo. Eles também adiaram as decisões sobre a próxima parcela de ajuda financeira à Grécia e um programa de ajuda para o Chipre.

A criação do ESM “dá credibilidade à estratégia dos Estados membros da zona do euro com ferramentas muito melhores para responder de maneira apropriada a crises futuras”, disse ontem o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, antes do início da reunião dos ministros das Finanças dos países do euro.

A implementação do fundo foi facilitada pela proposta feita em agosto pelo Banco Central Europeu (BCE), de comprar bônus de países com problemas fiscais – que derrubou as taxas de juros na Espanha e na Itália, e deu aos governos europeus tempo para enfrentar as causas da crise.

Os bônus de dez anos do governo espanhol apresentaram ontem taxa de retorno de 5,71%, em comparação ao pico de 7,62% registrado em julho. Nos bônus italianos de dez anos, houve queda de 6,60% para 5,08% no período.

O ESM vai substituir o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), que já gastou € 192 bilhões de seus € 440 bilhões com ajudas a Irlanda, Portugal e Grécia. Os dois fundos vão operar em paralelo até a desativação do EFSF em meados de 2013.

Controlado pelos ministros das Finanças do euro, o ESM poderá emprestar diretamente para os governos, interferir nos mercados de bônus, oferecer linhas de crédito e fornecer empréstimos que poderão ser usados para recapitalizar bancos. Ele poderá injetar diretamente capital nos bancos somente quando a zona do euro estabelecer uma autoridade supervisora central, o que possivelmente se dará em 2013.

O ESM herdou esses poderes do fundo temporário que o antecedia. Por enquanto, ele prosseguirá sem duas outras ferramentas do EFSF que ainda não foram usadas: os certificados de securitização de dívida e os veículos de investimentos conjuntos, que foram criados para usar a alavancagem para multiplicar seu impacto.

Os ministros das Finanças elogiaram a reestruturação econômica da Espanha, recusaram-se a pressionar o governo espanhol por mais cortes no orçamento e disseram que o programa de auxílio bancário implementado em julho vai custar menos que os € 100 bilhões disponibilizados. Os desembolsos que ocorrerão sob o programa serão efetuados pelo ESM a partir de novembro.

“A Espanha também está sofrendo com o problema do contágio, assim como outros países, e com as especulações resultantes das incertezas que cercam a zona do euro como um todo”, disse o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble. “Mas a Espanha não precisa de um programa de assistência.”

Protestos de rua contra a austeridade pesaram na decisão do governo espanhol de não pedir um pacote completo de ajuda financeira até o momento.

O ministro da Economia do país, Luis de Guindos, defendeu o projeto de orçamento de 2013 contra as afirmações do BC espanhol e de algumas autoridades europeias, de que ele depende de projeções econômicas otimistas para reduzir o déficit à meta europeia de 4,5% do PIB. “O orçamento para o ano que vem foi colocado na mesa e é um esforço significativo em termos de ajuste orçamentário”, disse Guindos.

O governo do Japão deverá dizer aos países europeus que está pronto para comprar os bônus a serem emitidos pelo ESM, segundo informação do jornal “Nikkei”. O anúncio deverá ocorrer nesta semana em Tóquio, onde acontecem as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial pela primeira vez desde 1964.

A crise da dívida da zona do euro será um ponto alto das discussões programadas para Tóquio. O Japão pedirá aos integrantes do bloco de moeda comum que promovam reformas estruturais e a consolidação fiscal, ao mesmo tempo em que vai assegurar que segue preparado para ajudar, caso a Europa faça sua parte.


Banco Mundial rebaixa previsão de crescimento da China

O Estado de S. Paulo

O Banco Mundial reduziu ontem sua previsão de crescimento da China em 2012 de 8,2% para 7,7%, que será o mais baixo índice de expansão da segunda maior economia do mundo em mais de uma década. Para o próximo ano, a instituição prevê reação da atividade e alta de 8,1% do PIB.

O menor ritmo chinês e a retração na demanda nas regiões desenvolvidas levaram o Banco Mundial a também rever sua estimativa de crescimento do leste da Ásia de 7,6% para 7,2% – os dados excluem Japão e Índia. Os números revistos ontem haviam sido apresentados em maio.

Segundo a instituição, a perda de fôlego da China foi provocada pela debilidade nas exportações e menor aumento dos investimentos, dois dos principais pilares da expansão do país nos últimos anos. Em 2011, a China cresceu 9,3%.

Sétima queda. As autoridades de Pequim vão anunciar nas próximas semanas o resultado do PIB do período de julho a setembro, que deve marcar o sétimo trimestre consecutivo de redução no ritmo de expansão do país. Entre abril e junho, a alta foi de 7,6%, o menor índice desde o início de 2009, quando a crise financeira global estava no auge.

“A desaceleração da China neste ano é significativa”, ressalta o relatório do Banco Mundial. “O ímpeto de crescimento deve ser fraco nos próximos meses, com limitada flexibilidade da política, correção no mercado imobiliário e demanda externa débil.” A estimativa de 7,7% é bem próxima da meta oficial de crescimento para este ano, de 7,5%, que na prática funciona como um piso para a expansão econômica. Nos oito anos anteriores, o índice fixado pelo governo era de 8% e foi sempre superado pelo resultado final do PIB.

A China conseguiu ficar imune aos efeitos da crise global graças a um megapacote de estímulo anunciado em novembro de 2008. Nos três anos seguintes, houve uma explosão de empréstimos bancários e de investimentos, com início de obras de infraestrutura em todo o país.

O já elevado peso dos investimentos na composição do PIB cresceu de maneira desproporcional e acendeu a luz amarela em relação à sustentabilidade desse modelo de crescimento. O Banco Mundial observa que o cenário mudou no ano passado: “Em 2011, o consumo chinês contribuiu mais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do que os investimentos, pela primeira vez desde que os registros começaram, em 1952”, diz o relatório da instituição.

Mas a avaliação de alguns analistas de que o movimento indicava o início do “rebalanceamento” da economia pode ser frustrada pelo esperado aumento dos investimentos nos próximos meses, acredita o banco.

Desde maio, o governo chinês acelerou a aprovação de projetos de infraestrutura e no mês passado anunciou obras no valor de US$ 150 bilhões.


Balança tem superávit de US$ 16,5 bi no ano

Valor Econômico

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 812 milhões na primeira semana de outubro, com US$ 5,356 bilhões em exportações e US$ 4,544 bilhões em importações. No ano, o resultado das transações comerciais brasileiras é positivo em US$ 16,537 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo era positivo em US$ 23,634 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento.

De janeiro à primeira semana de outubro deste ano (194 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 185,952 bilhões (média diária de US$ 958,5 milhões). O resultado é 4,8% inferior ao aferido no mesmo período de 2011 (US$ 1,007 bilhão). As importações no ano estão em US$ 169,415 bilhões, com média diária de US$ 873,3 milhões. O valor é 1,4% menor em relação à média registrada no mesmo período de 2011 (US$ 885,4 milhões)

A média diária de US$ 1,071 bilhão nas exportações na primeira semana deste mês é 3,2% inferior à média diária registrada em todo o mês de outubro de 2011 (US$ 1,107 bilhão). Os produtos básicos recuaram 7,6%, dos US$ 546,45 milhões de média diária de outubro de 2011 para US$ 505,1 milhões na primeira semana de outubro deste ano.

Os itens básicos que tiveram os embarques reduzidos foram, principalmente, café em grão, minério de cobre, petróleo e minério de ferro. Na mesma comparação, as exportações de manufaturados encolheram 9,4% e as vendas de semimanufaturados cresceram 30,2%.

Na outra ponta, as importações diminuíram 8,1% na primeira semana de outubro de 2012, com média diária de US$ 908,8 milhões, ante US$ 989,3 milhões em todo o mês de outubro de 2011.


Analistas elevam previsão para a inflação deste ano

Valor Econômico

As expectativas do mercado para a inflação do país em 2012 continuaram a se deteriorar, de acordo com o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. Mas a projeção para a taxa de juros neste ano se manteve. A mediana das estimativas de cerca de cem instituições consultadas pelo BC para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 subiu, pela 13ª semana consecutiva, de 5,36% para 5,42%. Para 2013 a mediana voltou a cair pela segunda vez, de 5,48% para 5,44%.

A mediana para o IPCA em 12 meses também cedeu, pela quarta semana, de 5,52% para 5,50%.

Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o IPCA subiu 0,57% em setembro, após alta de 0,41% em agosto. É a maior variação desde abril, quando o indicador marcou inflação de 0,64%.

Os analistas também ficaram mais pessimistas em relação ao desempenho da produção industrial neste ano, e mantiveram estáveis as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB).

A mediana das estimativas para a indústria passou de queda de 1,92% para contração de 2%. Para 2013, o cenário melhorou um pouco, de expansão de 4,10% para 4,15%.

As projeções para a atividade industrial recuaram, apesar da produção de agosto ter sido forte (embora abaixo das expectativas). Na semana passada, IBGE informou que a produção industrial de agosto cresceu 1,5% ante julho, com ajuste sazonal terceiro resultado positivo consecutivo.

Quanto ao PIB, a mediana das projeções do Focus seguiu estável em 1,57% pela terceira semana consecutiva. Para 2013, a mediana está estacionada em 4% há nove semanas.

O Focus mostrou ainda que as expectativas para a taxa Selic não se alteraram. Para o fim de 2012, a mediana estacionou em 7,5%, nível em que está atualmente, e para o fim de 2013 se manteve em 8%. O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia nesta semana uma nova decisão sobre a Selic.

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