Endividamento bate novo recorde
Impulsionado pelo aumento do crédito, principalmente o imobiliário, o endividamento do brasileiro bateu novo recorde em agosto. Segundo o Banco Central, a dívida total das famílias com os bancos correspondia, naquele mês, a 44,5% da renda acumulada nos últimos 12 meses, superando os 44% de julho.
Outro indicador, o que mede o comprometimento do salário com o pagamento mensal de dívidas bancárias, também cresceu em agosto, para 22,4%, acima dos 22,1% de julho. É o maior porcentual da série iniciada em 2005, junto com o dado de junho, também de 22,4%.
O BC atribui o aumento nesses indicadores, entre outros motivos, à ampliação do crédito imobiliário, que são dívidas de alto valor, mas com prazo mais longo. Esse é um dos fatores que explicam a diferença entre o endividamento total e a parcela que é usada mensalmente para pagar dívidas. Além disso, a instituição afirma que muitos consumidores estão apenas trocando o pagamento do aluguel pela prestação da casa própria.
Apesar de representar cerca de um quarto das operações de crédito para pessoa física, o crédito habitacional responde por pouco mais de 5% do gasto mensal com dívidas. Já o crédito rotativo, como cheque especial e cartão, representa quase um terço dessas despesas, embora tenha participação menor no crédito.
Na semana passada, o diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Luiz Awazu Pereira, disse que o grau de endividamento de famílias, empresas e governo, no Brasil, é muito mais baixo que em países avançados em crise. Ele rebateu também críticas a uma suposta bolha de crédito no País e disse que há hoje uma tendência de estabilização e queda da inadimplência, embora o indicador permaneça no nível recorde de 5,9% desde julho.
Em relação ao comprometimento da renda, dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o nível brasileiro está acima do verificado em países como EUA e Espanha, que têm patamar mais alto, no entanto, de endividamento das famílias. A explicação para a diferença, mais uma vez, está no crédito imobiliário.
O BC, em relatório de setembro, diz que a gradual substituição do crédito ao consumo pelo financiamento habitacional tende a favorecer a queda do comprometimento de renda para padrões internacionais.
Outro dado destacado pelo BC é que o gasto mensal com prestações é cada vez mais destinado ao abatimento das dívidas.
Em agosto, 14,5% da renda foram destinados à amortização, novo recorde, acima dos 14,3% de julho.
Abismo fiscal desafia os EUA
Valor Econômico
O presidente eleito dos Estados Unidos, antes mesmo do fim da contagem oficial de votos, já estará sob pressão dos mercados financeiros, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de alguns dos principais líderes mundiais para desmontar o chamado “abismo fiscal”, um conjunto de cortes automáticos de gastos e aumentos de impostos que entra automaticamente em vigor em janeiro, se governo e Congresso dos EUA não chegarem a um acordo alternativo..
A aposta geral é que, ao final, o problema será resolvido, pois a alternativa de não fazer nada é ruim para todos os partidos políticos. O FMI estima que o “abismo fiscal”, se não resolvido, teria um impacto negativo equivalente a quatro pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) americano. É o suficiente para transformar em recessão o já fraco crescimento, de cerca de 2%, esperado para 2013.
“No fim das contas, haverá pressão suficiente da comunidade empresarial e financeira para o Congresso agir”, afirma Helen Fessenden, analista de economia americana da Eurasia Group, uma consultoria de risco político sediada em Nova York. “O presidente eleito tem todo o interesse em evitar um novo mergulho recessivo nos Estados Unidos.”
O vencedor das eleições americanas, em que o presidente Barack Obama disputava um segundo mandato contra o republicano Mitt Romney, não havia sido declarado até o fechamento dessa edição, ontem à noite.
Ele terá que negociar com um Congresso em fim de mandato, com muitos membros que não foram reconduzidos ao cargo. Numa nota aos seus clientes, a Eurasia diz que, em Washington, muitos acreditam que haverá um freio de arrumação nesta primeira semana, em que cada lado avaliará o seu poder de barganha depois da eleição e definirá sua melhor estratégia daqui por diante.
A simples demora em encontrar uma solução, porém, poderá ter consequências negativas na economia real. “Existe essa confiança de que, no fim, tudo vai ser resolvido. Mas, até lá, podemos ter muita volatilidade”, disse o economista-chefe do Banco Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, em uma entrevista recente.
O “abismo fiscal” é um conjunto de US$ 600 bilhões em cortes de gastos e aumento de impostos que entra em vigor em janeiro, se nada for feito para desmontá-lo.
Uma parte importante dele é formada pela extinção de reduções temporárias de imposto de renda concedida há cerca de uma década pelo governo republicano de George W. Bush. Outro componente são cortes automáticos de gastos militares e de despesas com programas sociais.
Esse é um gatilho foi criado no ano passado dentro das negociações para aumentar o limite de endividamento público, e será disparado agora porque o Congresso fracassou em chegar a um acordo para fazer um ajuste fiscal.
O FMI vem alertando os Estados Unidos, há quase um ano, para desmontar esse gatilho fiscal, o que afastaria o risco de recessão e reduziria o ambiente de incerteza que adia os investimentos. As economias desenvolvidas e emergentes mais importantes do mundo cobraram a resolução do problema em reunião do G-20 na Cidade do México, no começo da semana.
Na campanha eleitoral, nenhum dos dois candidatos fez muito barulho em torno do abismo fiscal, evitando aprofundar as divisões políticas sobre o assunto. O consenso é que Romney, se eleito, teria mais chances de arrancar um acordo para pelo menos adiar a resolução do problema em alguns meses, para depois que ele tivesse assumido o cargo. Ele, porém, teria que lidar tanto com os radicais de seu Partido Republicano quanto com a má vontade de parte da oposição democrata. No caso de uma vitória de Obama, mesmo num cenário em que ele seja eleito com pouco apoio no Congresso, haveria o caminho alternativo de usar dos poderes executivos para adiar aumentos de impostos e cortes de gastos, evitando, de imediato, o pior do abismo fiscal.
ANP amplia dados das áreas que vão a licitação
Valor Econômico
Enquanto o governo não dá o sinal verde para a realização da 11ª rodada de licitações de áreas exploratórias de petróleo e gás natural, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está atualizando a base de dados sobre os blocos que serão ofertadas no leilão. Os trabalhos envolvem o aprofundamento das informações já coletadas e a contratação de processamento de dados sísmicos.
“Esses estudos nos ajudam a ter mais informações sobre as bacias sedimentares e reduzem os riscos para os investidores”, explicou ontem o diretor da ANP Helder Queiroz, depois de participar de seminário sobre gás natural no Rio de Janeiro.
A agência vai realizar em 14 de novembro uma licitação para aquisição de dados sísmicos na Bacia do Paraná. O órgão regulador também possui uma licitação em andamento para a aquisição de dados sísmicos na bacia dos Parecis, em Mato Grosso. A concorrência, porém, está “em suspenso”, segundo a ANP, por conta de liminar concedida à Geoquasar Energy Solutions, uma das concorrentes.
Outra licitação, para o processamento de 16 mil quilômetros de dados sísmicos 2D em seis bacias sedimentares (Acre, Solimões, Amazonas, Marajó, Parnaíba e Paraná) ocorreu em 25 de outubro. A concorrência foi vencida pela Flamoil Serviços, que ofereceu o menor preço pelo serviço, de R$ 4,5 milhões.
Com a expectativa de aprovação da lei de distribuição dos royalties do petróleo da camada pré-sal até o fim do ano, o diretor da ANP disse que será possível realizar a 11ª rodada dentro do prazo previsto pelo governo, em maio de 2013. Apesar do leilão não depender da aprovação da lei dos royalties, o governo não quer ofertar novas áreas enquanto não tiver batido o martelo sobre a distribuição dos recursos das atividades no pré-sal.
A ANP também pretende iniciar em janeiro um “road show” para apresentar às principais petroleiras interessadas mais informações sobre as áreas que serão leiloadas em 2013. A 11ª rodada deve ofertar 174 blocos (87 em mar e 87 em terra) num total de 122 mil quilômetros quadrados, divididos em 17 setores em nove bacias sedimentares.
Atividade desacelera no setor de serviços
Valor Econômico
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) que mede a atividade do setor de serviços no Brasil caiu de 52,8 pontos em setembro para 50,4 pontos em outubro, informou ontem o HSBC. Embora leituras acima da linha de 50 pontos indiquem aumento da atividade, o resultado do mês passado mostra que houve uma inesperada desaceleração no setor.
“O índice permanece acima da linha d”água de 50, indicando expansão, mas por pouca coisa. A desaceleração do crescimento dos serviços em outubro nos surpreendeu, pois nossa expectativa é que a recuperação econômica ganhe velocidade no quarto trimestre”, afirmou, em relatório, André Loes, economista-chefe do HSBC.
Loes notou, contudo, que o índice de expectativas – que mede a avaliação das empresas sobre o futuro, saltou de 67,5 para 86,8 entre setembro e outubro. “Mesmo que o setor tenha apresentado crescimento mais baixo do que o esperado, ao menos a confiança do empresário apresentou melhora expressiva.”
O PMI Composto, que engloba o setor de serviços com o da indústria, também desacelerou. Caiu de 52,2 pontos em setembro para 50,7 em outubro. “As empresas do setor privado brasileiro indicaram um volume mais elevado de novos trabalhos recebidos em outubro, o segundo aumento mensal sucessivo registrado. No entanto, o ritmo de expansão foi modesto. Tanto os fabricantes quanto os provedores de serviços registraram aumentos fracos.”
Não houve alteração significativa no nível global de empregos nas empresas privadas. “Os provedores de serviços indicaram ter havido criação de postos, citando a demanda mais forte e expansão dos negócios. Em comparação, foram registradas perdas de empregos no setor industrial, com as empresas tentando reduzir os custos.”
Dilma investiu R$ 1,6 bi a menos em segurança
O Estado de S. Paulo
No primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff, os investimentos em segurança diminuíram 21% em relação ao último ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a União investiu R$ 5,7 bilhões em 2011, enquanto no ano anterior o total de recursos na área chegou a R$ 7,3 bilhões. As reduções mais significativas ocorreram na área da defesa civil (-66%) e na de informação e inteligência (-58%). No ano passado, a União investiu somente R$ 37,7 milhões em inteligência.
“É preciso ver melhor o orçamento da União. Havia no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) concentração de atividades de outros órgãos, que foram desmembradas em verbas para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal. Não houve corte, mas redução dentro da linha dos demais ministérios”, justificou o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.
A diretora do Departamento de Pesquisas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Isabel Seixas de Figueiredo, afirmou que nos primeiros anos de governo é comum repensar os orçamentos e se definir para onde vão os investimentos. “A tendência é crescer nos anos seguintes”, disse.
Das 27 unidades da federação, apenas 6 Estados investiram menos no ano passado em relação ao ano anterior. Ao todo, os gastos do Brasil com segurança pública chegaram a R$ 51,6 bilhões, o que corresponde a 14% a mais do que no ano anterior. Os principais aumentos ocorreram em Mato Grosso do Sul (37,7%) e na Bahia (30,8%). O crescimento em São Paulo (67,4%), segundo os autores do anuário, deve considerado à parte, porque houve mudanças na forma como o Estado contabilizou recursos em cada um dos anos.
Entre os Estados que caíram, a principal redução ocorreu no Rio Grande do Sul (-28,4%). A diminuição no orçamento da União é a segunda maior se comparada às 27 unidades da federação. “É mais importante, no entanto, discutir a qualidade dos gastos, como esses investimentos são feitos e os resultados obtidos”, afirmou o sociólogo Renato Sérgio de Lima, coordenador geral do anuário.
Homicídios. Como os dados do Fórum consideram a situação dos Estados no ano passado, a crise da segurança pública ocorrida principalmente a partir do segundo semestre em São Paulo não aparece nos números. O Estado, que desde o ano 2000 conseguiu reduzir as taxas de assassinatos, chegou em 2011 como o Estado com menor quantidade de homicídios por 100 mil habitantes: 10,8.
Santa Catarina, que em 2010 era o Estado com taxas menores que as de São Paulo, aumentou as taxas de assassinatos no ano passado. Pelo estudo, Alagoas ainda continua no topo do ranking, com 76,3 homicídios por 100 mil habitantes, seguido do Espírito Santo (45,6 ). Os números do anuário foram reforçado pela lei nacional de 2012 que criou o sistema nacional de segurança, mas ainda não levam em conta dados de nove Estados: Acre, Amapá, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Santa Catarina.
Investimento federal cai 21,26%
Correio Braziliense
Um dos destaques do Anuário Brasileiro de Segurança Pública é a diminuição, entre 2010 e 2011, em 21,26% dos gastos em segurança pública pelo governo federal — R$ 5,7 bilhões foram destinados para a área. Segundo a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, não houve redução, mas, sim, uma “descentralização” dos recursos. No entanto, o especialista em segurança pública da Universidade de Brasília Antônio Flávio Testa afirma que os governos não tratam o tema como prioridade. “Os recursos são mal aplicados. Não há planejamento e os equipamentos acabam tornando-se obsoletos porque não há orçamento destinado à manutenção.” No mesmo período, as unidades da Federação investiram um total de R$ 45,6 bilhões no setor.
De acordo com o relatório, Alagoas registrou o maior número de homicídios dolosos (com intenção de matar), com 74,5 mortes para cada 100 mil habitantes em 2011. O número é 9,3% superior ao registrado em 2010. Em segundo lugar, ficou o Espírito Santo, com uma taxa de 44,8, seguido pela Paraíba, com 43,1 por 100 mil.
Outro destaque da pesquisa diz respeito ao sistema carcerário, que conta com 295,41 mil vagas para comportar 471,25 mil presos — a média nacional é de 1,6 detento por vaga. Em Alagoas, a razão chega a 2,6. Do total de presos no país, 36,9% estão em situação provisória — casos ainda não julgados. “Esses números evidenciam a inoperância da Justiça. Há presos que ficam mais de uma década em situação provisória, cumprindo pena sem terem sido julgados,” critica Antônio Flávio Testa.
Com medo de calote, bancos desaceleram repasses do BNDES
Valor Econômico
Não é só a falta de demanda dos empresários por financiamentos que está fazendo bilhões de reais ficarem represados no BNDES, mesmo com a cobrança de juros reais negativos nos empréstimos desde setembro. Tradicionais repassadores de quase metade dos recursos do BNDES, os bancos também estão freando a oferta desse crédito para as companhias.
Dados do Banco Central mostram um descompasso entre o crescimento do estoque de crédito desembolsado diretamente pelo BNDES e pelos agentes repassadores. De janeiro a setembro, o saldo de empréstimos diretos do BNDES cresceu 8,9%, para R$ 233,4 bilhões, na comparação com igual período do ano passado. Já nos repasses o avanço foi de apenas 3,7%, para R$ 212,9 bilhões (ver gráfico).
Nos balanços dos três maiores bancos privados, a perda de fôlego dos repasses já ficou clara. Bradesco e Santander mostraram que suas carteiras atreladas ao BNDES encolheram 2,45% e 15,4%, respectivamente, nos 12 meses até setembro. No Itaú Unibanco, a expansão foi pequena, de 1,4%.
Três bancos de médio e grande portes repassadores de recursos do BNDES relataram ao Valor que alguns fatores têm tornado o empréstimo de recursos do BNDES menos interessantes. Um deles é a inadimplência das pessoas jurídicas, que ronda os 4% há quase um ano. “O apetite não mudou. O que está diferente é o risco de crédito das empresas, que aumentou. É por isso que menos operações são aprovadas”, disse o diretor de uma instituição privada.
Nos repasses, quem assume o risco de crédito das transações são os bancos, por isso o cuidado deles. Se a companhia não honrar a dívida, quem tem de fazer isso é a instituição repassadora.
Executivos de bancos relataram que para assumir determinadas operações teriam de cobrar mais, hoje. Os spreads dos repasses do BNDES são determinados pelo próprio banco estatal, o que inviabiliza ajustes em momentos de pico da inadimplência.
O BNDES nega, porém, que esteja com um critério de avaliação de risco diferente daquele usado por seus repassadores. “O que acontece é que o BNDES acaba pegando empresas com perfis diferentes dos demais bancos. Ficamos com companhias maiores, que embutem um risco menor”, afirmou Edson Moret, chefe do departamento de suporte e controle das operações indiretas do BNDES.
Uma mudança na forma de remuneração paga pelo BNDES aos bancos repassadores também está desestimulando as operações. No fim de agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a redução da taxa de juros de uma das principais linhas do BNDES, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), de 5,5% para 2,5% ao ano. Isso tornou os juros do crédito negativos depois de descontada a inflação.
A comissão dos agentes repassadores, porém, ficou mantida em 3% ao ano, como era antes do anúncio de Mantega. Porém, o pagamento de meio ponto percentual desse total ao banco passou a ser de responsabilidade direta do BNDES. O governo já afirmou que fará esse pagamento, mas a operacionalização disso com a Secretaria do Tesouro Nacional ainda não está sacramentada, o que tem levantado incerteza entre alguns agentes privados.
“Na prática, hoje eu só concedo empréstimos para quem eu acho que tem um risco adequado para um spread de 2,5%. O que vier depois é lucro”, explicou o executivo de um banco de médio porte.
Moret, do BNDES, afirmou que a preocupação das instituições financeiras é desnecessária. “Em março de 2013, os bancos vão receber essa parcela da comissão.”
O ritmo mais lento de desembolsos tem levado os bancos a acreditar que em breve o governo anunciará mais uma vez a extensão do PSI, criado em 2009 para financiar a aquisição de bens de capital, investimento e tecnologia. Previsto para terminar em agosto, o programa foi prorrogado para dezembro deste ano. Mesmo assim, os desembolsos ainda engatinham, algo que o BNDES espera reverter em breve. “Posso garantir que o nível já está maior”, diz Morte. O anúncio com os resultados será feito nas próximas semanas.
Crédito acelera na China
Valor Econômico
Os quatro maiores bancos estatais da China – Banco Comercial e Industrial, Banco de Construção, Banco da China e Banco Agrícola – concederam aproximadamente 100 bilhões de yuans (US$ 16 bilhões) em empréstimos nos últimos três dias de outubro, segundo apontou o jornal “21st. Century Business Herald”, citando estimativas de fontes do setor.
Essas quatro instituições geralmente respondem por um terço dos novos créditos em yuan emitidos pelo sistema bancário da China e suas ações no fim de outubro podem ter sido uma resposta ao pedido do governo do país para estimular o crescimento econômico.
Esse montante de 100 bilhões de yuans se traduziria num total de 220 bilhões de yuans em novas operações em todo outubro, aponta a reportagem, acrescentando que 95% desses créditos destinaram-se aos setores da chamada economia real, como indústria e construção.
Os bancos desembolsaram 623,2 bilhões de yuans em setembro, abaixo dos 703,9 bilhões de yuans de agosto, mostraram dados do Banco do Povo da China. O resultado de setembro ficou abaixo da previsão dos economistas, de 665 bilhões de yuans.