PIB da Alemanha decepciona e país cresce apenas 0,7%

A crise atinge o motor da Europa. Dados divulgados ontem revelam que a economia alemã recuou 0,5% no último trimestre de 2012. Até então considerado o bastião da resistência contra a recessão, o país terminou 2012 com expansão de apenas 0,7%, bem abaixo do esperado e das taxas de crescimento de mais de 3% em 2011 e 2010. Para 2013, projeções já apontam que o crescimento seria de apenas 0,5%, menos da metade do prognóstico inicial do governo.

Se os resultados são considerados alarmantes, Berlim já comemora o fato de ter conseguido equilibrar suas contas quatro anos antes do prazo estipulado pela União Europeia. Para analistas, isso não seria motivo para compensar o impacto da contração na economia.

A retração do último trimestre foi a maior em três anos e, ainda que a queda seja inferior aos índices dos países do sul da Europa, o resultado terá repercussão importante no restante do bloco. “Esse é mais um sinal de que a economia europeia vai se contrair de forma brusca”, declarou Bem May, pesquisador da Capital Economics.

As incertezas sobre a zona do euro, segundo os alemães, levaram empresas a frear investi- mentos, o que afetou a produção. “Empresários seguraram investimentos diante da crise da dívida”, disse Jorg Kramer, economista-chefe do Commerzbank. Já o consumo doméstico, que havia mostrado resistência em 2010 e 2011, também deu sinais de fraqueza. O resultado foi sentido principalmente no setor de indústria e construção.

Outro motivo para o freio de 2012 e início de 2013 foi a queda no avanço das exportações, um dos pilares da economia alemã. Em 2012, a alta foi de 4,1%, abaixo do crescimento de quase 8% de 2011. Com a austeridade atingindo a renda de milhões de europeus, os mercados do sul do continente registraram quedas dramáticas para a venda de produtos alemães.

De certa forma, analistas apontam que Merkel estaria tomando um pouco do próprio remédio que receitou aos “pacientes doentes do sul”. Ou seja, a austeridade imposta pela Alemanha aos demais países, que acabou significando o corte de investimentos e de salários.

O resultado só não foi pior graças ao volume de exportações da Alemanha a EUA, China, Brasil e outros mercados emergentes, que continuaram importando bens do motor da Europa.

Especialistas estimam que uma recessão – dois trimestres seguidos de contração do PIB – poderá ser evitada e em 2013 haveria a volta do crescimento. Mas as perspectivas são de expansão apenas moderada. Hoje,. o governo deve anunciar que sua projeção de crescimento do PIB para o ano será de 0,5%, ante a estimativa original de i,69ó. Os números estão distantes da expansão de 3,1% em 2011.

Entre os analistas, há uma divisão clara entre aqueles que temem o pior em 2013 e aqueles que acreditam que, diante do ambiente europeu, a Alemanha está se saindo bem. O BC alemão é uma das instituições que não descarta que a economia do país entre em sua segunda recessão em quatro anos. Isso porque o primeiro trimestre de 2013 ainda registraria uma contração das atividades produtivas do país. A BMW já indicou que suas vendas devem cair em 2013, enquanto a própria Merkel, em seu discurso de ano-novo, advertiu que o pior ainda poderia estar por vir.

Há quem adote um tom mais positivo. “A economia alemã está provando ser resistente a um ambiente econômico difícil e evitou em 2012 uma recessão”, disse Norbert Raeth, economista da Agência de Estatísticas da Alemanha. “A Alemanha não é mais uma ilha da felicidade. Mas continua sendo uma ilha de crescimento diante de um mar de recessão na zona do euro”, declarou Carsten Brzeski, economista do ING.

Superávit

Se a Alemanha sofreu queda no PIB, o governo faz questão de anunciar que, pela primeira vez desde 2007, o Estado tem um superávit em suas contas, em um contraste total com o restante da Europa. O saldo positivo ficou em 0,1% do PIB, em € 2,2 bilhões. Com isso, a meta fiscal foi atingida pelos alemães quatro anos antes do prazo estipulado por Bruxelas para o equilíbrio em suas contas.

Parte desse resultado tem relação direta com o fato de que o desemprego ainda se mantém baixo e o número de pessoas trabalhando – e contribuindo com impostos – foi recorde em 2012.

Mas outro motivo é o fato de que, diante da crise no sul da Europa, investidores saíram em busca de mercados mais confiáveis e o fluxo de capital em direção à Alemanha aumentou de forma significativa. Isso permitiu que Berlim financiasse suas dívidas com os juros mais baixas da história dos últimos 40 anos. O próprio volume de empréstimos que a Alemanha teve de fazer em 2012 ficou abaixo das expectativas. No total, Berlim tomou emprestado € 22,5 bilhões no ano.


Disposição de investir da indústria é a pior desde início de 2009

O Estado de S. Paulo

A disposição do industrial brasileiro para investimentos este ano é a pior desde o início de 2009, quando o mundo atravessava forte crise financeira. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem, mostrou que 85,4% das empresas do setor pretendem investir em 2013. A fatia é maior que a do ano passado, mas é mais baixa do que há quatro anos, quando a intenção de tirar dinheiro do caixa para estimular a produção fazia parte dos planos de 86,6% das indústrias.

Com o cenário global ainda “turvo” e o aumento da competição, principalmente com a Ásia, o empresário brasileiro volta cada vez mais seu foco para o mercado doméstico. Apenas 4,7% das empresas atrelaram a perspectiva de investimentos ao mercado externo, nível mais baixo em dez anos. “Não prevejo novas turbulências no cenário internacional, mas o comércio brasileiro fica patinando, não cresce, enquanto os asiáticos não param de aumentar a competição”, disse o gerente executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

A entidade revelou que, em 2012, apenas metade das empresas teve sucesso ao destinar seus recursos conforme o previsto. A outra metade ou realizou investimentos parciais ou cancelou os planos do início do ano. Com isso, apenas 80,2% das indústrias conseguiram efetivar seus objetivos em 2012, ante 88,7% de 2011.

Entraves

Os principais obstáculos em relação à concretização das metas de 2012 foram a incerteza econômica e a reavaliação da demanda. Esses dois pontos são os mesmo que lideraram o ranking de 2013 apresentado pela CNI.

Também estão na lista o custo do crédito e a dificuldade de obter empréstimos. Flávio Castelo Branco ressaltou que a pesquisa, feita em novembro com 584 companhias de todos os portes, não captou a eventualidade de novo racionamento de energia. “Essa é uma questão adicional às incertezas já esperadas”, considerou. “O empresário se pergunta: “Por que vou investir se terei limitações de uso de energia?”.

No radar dos industriais há a avaliação de que a demanda ,será mais forte este ano do que em 2012, mas não é aguardado um 2013 excepcional. A projeção é a de que a atividade industrial tenha encolhido cerca de 2% no ano passado. “O que vemos é que a capacidade deverá ser adequada em relação à expectativa que se tem para a demanda, que não deve ser tão forte em 2013.”

O que pode ajudar o setor este ano, na avaliação do economista, é a entrada em prática de ações adotadas pelo governo para reduzir os custos da produção, como a desoneração da folha de pagamentos e o corte da conta de luz. As respostas sobre se o governo teve êxito virão apenas a partir do terceiro trimestre, segundo Castelo Branco.


Inflação de janeiro será 2ª mais alta em 10 anos

Valor Econômico

A inflação em janeiro deve ter a segunda maior alta para um primeiro mês do ano dos últimos dez anos, mesmo sem o reajuste da tarifa de ônibus urbano em São Paulo e no Rio. Por causa de pressões pontuais, como a recomposição das alíquotas de IPI para automóveis e itens da linha branca, e aumento dos preços dos alimentos in natura, as expectativas para a inflação em janeiro estão se acelerando desde o fim de 2012.

Em novembro do ano passado, a mediana das projeções do mercado apontava para alta de 0,65% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no primeiro mês de 2013. No mais recente Boletim Focus divulgado pelo BC, as expectativas subiram para alta de 0,78%. Com exceção de 2011, quando o indicador avançou 0,83% no primeiro mês do ano, o índice não tem alta tão forte desde janeiro de 2003.

Fabio Romão, economista da LCA, projeta que a variação do IPCA em janeiro será de 0,91%. Se houvesse reajuste de 5,4% da tarifa de ônibus urbano no Rio, e de 11% em São Paulo, o índice oficial de inflação apresentaria variação positiva de 1,05% no mês, levando a inflação acumulada em 12 meses a 6,35%, muito próxima do teto da meta perseguida pelo BC (6,5%).

Para aliviar esse impacto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu aos prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que o reajuste da tarifa fosse empurrado para o fim do primeiro semestre.

São Paulo e Rio representam pouco menos de 55% do item tarifa de ônibus urbano, que tem peso de 2,7% na composição do índice oficial de preços. Mesmo sem o reajuste nessas duas capitais, outras cidades, como Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, já anunciaram aumento das passagens. Para Romão, o item subirá 0,84% em janeiro.

“É um ano pós-eleição municipal, então é natural que ocorram aumentos”, afirma Romão, que enxerga nesse item um dos fatores de pressão para que a inflação suba com mais força em janeiro.

O grupo alimentos e bebidas, pressionado pelos produtos in natura, também deve continuar a incomodar no primeiro trimestre, afirma Romão. Para janeiro, o economista projeta alta de 1,5%, ante variação de 0,86% em igual período do ano passado. “Temos ainda questões pontuais, como a recomposição gradual das alíquotas da IPI para itens da linha branca e automóveis”, diz.

Fabio Ramos, economista da Quest Investimentos, já não contabilizava reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo em janeiro. Ainda assim, sua estimativa para o IPCA é de 0,80% neste mês. Apenas um aumento da ordem de 10% da tarifa de ônibus urbano em São Paulo, segundo Ramos, poderia adicionar mais 0,1 ponto percentual a essa conta. Mesmo que as tarifas de ônibus nessas duas cidades não tenham aumento agora, Ramos, da Quest, calcula que, no primeiro trimestre, o IPCA deve acumular alta de 1,55% neste ano, bem acima do aumento de 1,22% observado no início de 2012. Isso mesmo em um período em que a tarifa de energia deve ficar cerca de 15% mais barata, diz Ramos.

Ramos também cita a alta dos alimentos in natura para explicar a expectativa de IPCA elevado em janeiro. O aumento de 12% do IPI para cigarro é outro ponto que está pressionando de forma atípica a inflação neste início de ano e deve adicionar algo como 0,05 ponto o IPCA deste mês.

Romão, da LCA, já embutiu em seus cálculos reajuste de 7% da gasolina nas refinarias, com aumento de 5,5% nas bombas e impacto de 0,32 ponto percentual no IPCA de 2013. Apenas em janeiro, o efeito deve ser de 0,05 ponto, caso o aumento seja anunciado no fim do mês. Por isso, afirma, o IPCA acumulado em 12 meses deve passar para 6,2% em janeiro a manter-se acima de 6% até setembro.

Ramos, da Quest, acredita que o reajuste previsto para a gasolina não será integralmente repassado para o consumidor, já que ainda é possível zerar a alíquota de PIS-Cofins paga pelas distribuidoras, atualmente de R$ 0,07 por litro.

A avaliação dos economistas é que o Banco Central não deve reagir a esse cenário, porque conta com um segundo semestre muito mais favorável para a inflação. “No ano passado, a inflação de alimento e bebidas avançou muito mais do que ocorre normalmente em quatro meses seguidos, de julho a outubro, por causa dos efeitos da seca que afetou a colheita de grãos nos Estados Unidos”, afirma Romão.

Assim, as variações mais altas de alimentos vistas naquele período devem “sair” do IPCA, permitindo desaceleração do índice acumulado em 12 meses. Para Romão, a inflação encerrará o ano em 5,4%, após atingir o pico de 6,4% em junho, na mesma comparação.

“O Banco Central acredita que este será um ano muito mais tranquilo para os preços das commodities”, afirma Ramos, da Quest. Assim, as pressões concentradas neste primeiro trimestre se dissipariam ao longo do ano e o índice oficial, de acordo com sua projeção, fechará 2013 com alta de 5,6%.


“Abismo” entre varejo e indústria se acentua

Valor Econômico

O descolamento entre varejo e indústria aumentou em 2012, indicando que os estímulos dados pelo governo foram mais eficientes para ampliar o movimento do varejo que a produção industrial. Enquanto o primeiro encerrou os 11 meses até novembro com crescimento acumulado de quase 9% (8,9% no conceito restrito e 8,4% no ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção civil), a produção do setor de transformação caiu 2,7% em igual período.

Essa “diferença” de 11 pontos percentuais só não é maior que a observada em 2009, ano em que, atingida pela crise externa, a produção sofreu tombo de 7,3%, enquanto as vendas do comércio subiram 6,8% no segmento amplo. Para economistas, as importações continuam explicando boa parte da discrepância entre consumo e produção industrial, mas ganharam relevância em 2012, a piora da economia internacional, que minou o desempenho das exportações, assim como o peso negativo dos estoques. Desde 2005, as vendas do varejo acumulam alta de 76% enquanto a produção cresceu apenas 8%, considerando o dado mensal com ajuste sazonal das duas pesquisas do IBGE.

Ex-secretário de Política Econômica da Fazenda, Júlio Gomes de Almeida pondera que, comparando-se o desempenho do comércio com a evolução da produção de bens de consumo, que caiu 1% de janeiro a novembro, o descompasso entre indústria e varejo é menos elevado, mas ainda relevante. Almeida avalia que, sem o IPI reduzido, o descolamento poderia ser ainda maior. Em sua visão, a política de incentivo foi importante para que a indústria automobilística desovasse os estoques acumulados até meados de maio.

Entre janeiro e novembro, a produção de veículos automotores – que inclui caminhões – encolheu 7,5% sobre o mesmo período de 2011, enquanto as vendas de veículos, motos, partes e peças subiram 7,4% em igual comparação, diferença que, na opinião de Almeida, é explicada pelo processo de acúmulo de estoques na primeira metade do ano. Segundo a Anfavea, entidade que reúne as montadoras, a produção de veículos encerrou o ano com retração de 1,9%.

Para o economista, os importados não fizeram diferença para acentuar a discrepância entre oferta e demanda no ano passado, já que não ganharam terreno dos produtos nacionais e também não perderam participação no consumo interno, mas o recuo das exportações de bens industrializados em um cenário de fraca conjuntura global foi decisivo para esse movimento. Em 2012, o valor exportado de manufaturados ficou 1,7% menor sobre 2011. “O diferencial em relação a 2011 é a exportação, que se agravou”, diz.

Segundo Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, o aumento generalizado de formação de estoques pelo qual a indústria passou em 2011 já determinou um fôlego muito menor para o crescimento do setor no ano seguinte, no qual, de acordo com suas projeções, a produção diminuiu 2,3%. “Sem o IPI reduzido, essa queda seria bem maior, em torno de 4% ou 5%”, estima Silveira, para quem a competição com produtos importados, apesar do câmbio mais competitivo, também foi acirrada em 2012, quando o ambiente para exportações ficou ainda mais desfavorável.

O varejo, por outro lado, teria mostrado comportamento robusto, de acordo com o economista da RC, porque o desemprego nas mínimas históricas segue favorecido pelo aquecimento no setor de serviços e é o principal impulso para o consumo das famílias.

Fabio Ramos, da Quest Investimentos, afirma que boa parte do descompasso entre produção e vendas é explicado por diferenças metodológicas entre as pesquisas do IBGE. As vendas de alimentos, por exemplo, representam 50% do varejo restrito, enquanto pesam apenas 20% na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), de acordo com Ramos.

A despeito dessas questões técnicas, o analista afirma que os estímulos concedidos à atividade no ano passado surtiram mais efeito sobre o consumo do que no setor produtivo porque foram destinados a poucos setores, com destaque para automóveis. “Com estímulos a segmentos específicos, é difícil estimular a produção como um todo. Mas para o setor de carros, eles funcionaram”.


Avicultura teve pior ano desde 2000

Valor Econômico

A conjunção de estoques elevados, custos de produção nas alturas e dificuldades em repassar preços culminou no pior ano para a avicultura brasileira desde 2000. A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) revelou ontem que a produção nacional de carne de frango totalizou 12,6 milhões de toneladas no ano passado, retração de 3,1% sobre as 13 milhões de toneladas de 2011.

“Foi um ano atípico. Não tínhamos queda da produção desde 2000. Aliás, o nosso desempenho sempre havia sido superior ao crescimento do PIB”, afirmou o presidente da Ubabef, Francisco Turra, durante a apresentação anual dos resultados do setor, na capital paulista.

As principais indústrias de frango do país começaram 2012 pressionadas pelo excesso de produção no mercado interno e elevados estoques de carne em seus dois maiores importadores: Oriente Médio e Japão.

A situação se agravou em julho, quando as informações sobre a estiagem que atingia as lavouras dos EUA revelaram uma forte quebra das safras de soja, milho e trigo. Segundo cálculos da Ubabef, os custos de produção subiram 40% no ano passado.

Para fazer frente à forte alta dos grãos, as empresas esboçaram um movimento de repasse de preços para o atacado, mas esbarraram nos elevados níveis dos estoques. “Tivemos dificuldade para repassar preços, até que o setor se obrigou a reduzir a produção”, afirmou Turra.

O mau momento do setor avícola também afetou as exportações. Com os preços em queda em seus dois principais mercados, os exportadores brasileiros de carne de frango amargaram uma redução de 6,7% em receita no ano passado.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Ubabef, as exportações de carne de frango do Brasil renderam US$ 7,7 bilhões, ante US$ 8,2 bilhões registrados no ano anterior. Em volume, esses embarques recuaram 0,6% em relação a 2011, para 3,9 milhões de toneladas. Para este ano, a Ubabef prevê uma recuperação das exportações, com avanço de até 3% em volume.

Com a queda das exportações em 2012, o Brasil reduziu sua participação no comércio global de carne de frango, segundo estimativa da Ubabef. No ano passado, as 3,9 milhões de toneladas vendidas para o exterior representaram 39,7% das 9,8 milhões de toneladas exportadas em todo o mundo. No ano anterior, essa taxa havia sido de 41,4%.

Apesar dessa queda, o Brasil se manteve como o maior exportador global de carne de frango, à frente dos Estados Unidos. “O Brasil perdeu participação no mercado, mas os EUA também. Quem ganhou espaço foram Tailândia e Argentina, que exportam pouco”, afirmou Turra.

Em 2012, os Estados Unidos aumentaram suas exportações em 1,5%, para 3,2 milhões de toneladas. Mesmo assim, os americanos viram sua fatia nas exportações globais cair de 33,2% para 32,5% no ano passado, segundo a entidade brasileira.

Em contrapartida, a Tailândia viu sua participação avançar de 4,8% para 5,4%. Os tailandeses exportaram 540 mil toneladas no ano passado. Já a Argentina aumentou sua participação nas exportações de carne de frango de 2,4% para 2,6%. Os argentinos exportaram 258 mil toneladas.

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