Novas manifestações da PAME

Na quinta-feira, 6 de maio, um dia após as manifestações massivas da greve, a PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores) organizou novas e dinâmicas demonstrações por todo o país.

As medidas que massacram as conquistas populares e dos trabalhadores foram aprovadas pelo PASOK (sigla do partido Movimento Socialista Pan-Helênico, governista *) e LAOS (sigla do partido do Movimento Popular Ortodoxo, aliado ao governo grego, de extrema direita *). Sem levantar qualquer objeção, os parlamentares do ND (sigla do partido Nova Democracia, também de direita*) votaram contra as medidas somente para se mostrarem como se fossem um partido de oposição, enquanto convocavam PASOK e LAOS para uma ação conjunta contra o KKE (sigla do Partido Comunista da Grécia*).

Diante desse quadro, a única saída é a intensificação da luta de classes dos trabalhadores, dos autônomos, dos agricultores pobres, das mulheres e da juventude, visando a ruptura e a derrubada da política e o poder dos monopólios, conforme declararam as milhares de pessoas que participaram das demonstrações da PAME.

Mais uma vez, as mídias, internacional e grega, difundiram as ações de grupos de provocadores e os tumultos pré-fabricados, visando caluniar e colocar por terra as manifestações da PAME e o conteúdo de seus slogans.

“Para nós, a única garantia da manutenção da democracia é a organização do povo, com um programa de luta, norteado pela mudança de classe no poder e pela resistência.

Para mudar a legislação em vigor, basta a vontade da maioria das pessoas. No entanto, o estabelecimento das mudanças legais exige a revogação das leis em vigor e as leis não mudam pelo topo da sociedade burguesa. E não nos ameaçam. Devo dizer-lhes que estamos acostumados a lutar nessas condições.

Eu também gostaria de esclarecer o seguinte: nós estamos mais experientes do que nunca e continuamos apreendendo lições com nossos acertos, falhas e erros. Há uma coisa que vocês nunca conseguirão: colocar-nos contra a parede e dificultar nossas ações. Nem sequer pensem nisso. Porque se o fizerem, isso se transformará num bumerangue. Tenham certeza disso porque, depois de 92 anos de existência, sabemos muito bem contra quem lutamos”, sublinhou Aleka Papariga, Secretária Geral do Comitê Central do KKE, durante sua intervenção na sessão do Parlamento que examinou as medidas propostas.

Fonte: http://inter.kke.gr/News/2010news/2010-05-07-sillalitiriio

* Notas do tradutor

Tradução: Humberto Carvalho, militante do Partido Comunista Brasileiro – PCB