Bolívia expulsa agência dos EUA por frase de John Kerry

 

– Hoje vamos nacionalizar apenas a dignidade do povo boliviano – disse Morales durante evento pelo Dia do Trabalhador em La Paz, em referência às nacionalizações de empresas em anos anteriores e sempre anunciadas no feriado.

Em 2008, o governo boliviano expulsou do país a DEA, agência antidrogas americana. Após o anúncio de Morales ontem, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Patrick Ventrell, disse que a Bolívia não está interessada em uma relação de “respeito mútuo, diálogo e cooperação”.

Kerry fez o comentário que motivou a expulsão da Usaid no último dia 18, durante audiência no Congresso. “É nosso quintal, nossa vizinhança”, disse o secretário ao criticar os cortes na ajuda americana aos países da América Latina, respondendo a um senador que perguntou sobre a influência dos EUA na região.

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Mundo protesta contra desemprego

Correio Braziliense

O desemprego que assusta trabalhadores de todo o mundo, e que empurrou vários países para uma zona permanente de instabilidade política e econômica, ganhou novos contornos ontem com as celebrações pelo feriado global de 1º de Maio. Em vez de festejos, houve violentos confrontos entre sindicalistas e familiares de desempregados. Manifestantes foram presos e outros acabaram feridos em combates civis travados com as forças de segurança dos governos locais na Ásia, Europa e América do Sul.

No Chile, a tensão descambou para hostilidade entre os dois lados. Sessenta pessoas foram detidas e seis policiais acabaram feridos durante os confrontos. Quatro deles foram agredidos por paus e pedras e dois sofreram queimaduras ao serem atingidos por ácido despejado por manifestantes. Em Istambul, na Turquia, manifestantes enfrentaram as forças de segurança com gritos de “morte ao fascismo” e “longa vida ao 1º de Maio”. A tropa de choque usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar a multidão. Segundo relatos publicados na imprensa turca, pelo menos seis pessoas ficaram feridas nos confrontos.

Na Colômbia, houve quebra-quebra nas ruas e prisões de manifestantes. Em Bogotá, as forças de segurança contabilizaram 37 detenções pelos protestos. Onze pessoas, entre elas três policiais, acabaram encaminhadas para hospitais locais após a onda de hostilidades. Na cidade de Medelin, o dia também foi turbulento. No México, a violência tomou conta das ruas. Em El Salvador, na América Central, manifestantes protestaram contra partidos políticos e contra o governo local. Mas não houve confrontos, apesar de a polícia ter mantido forte esquema de segurança para monitorar grupos anarquistas, “que são contra qualquer tipo de governo”.

Do Vaticano, o papa Francisco conclamou os políticos do mundo a “fazerem todo o possível” para vencer o desemprego. Em discurso a milhares de fiéis na Praça São Pedro, pontífice qualificou como “trabalho escravo” a situação dos operários têxteis que morreram na semana passada em um desabamento em Bangladesh, e disse que empresários que pagam salários injustos e buscam o lucro desenfreado vão “contra Deus” (leia mais na página 11).

Atoleiro

Na Europa, trabalhadores e desempregados se uniram para reclamar das medidas de austeridade. A esperança era de convencer os políticos a tomarem ações de estímulo ao crescimento. Na Espanha, onde a cada 15 minutos uma família é despejada por não conseguir pagar a hipoteca e mais de 6 milhões estão sem trabalho, milhares de pessoas foram às ruas pedir que os governantes da Zona do Euro adotem políticas que ajudem as economias da região a sair do atoleiro. Em Madri, a capital, as queixas foram direcionadas à primeira-ministra alemã Angela Merkel e a sua predileção por medidas de austeridade que tem contribuído para aumentar o desemprego na região.

A Espanha foi um dos países mais afetados pela crise financeira global justamente porque foi o mercado que mais lucrou com a bolha imobiliária que dava gordos lucros até antes de setembro de 2008. Há sete trimestres consecutivos, porém, a economia espanhola encolhe, e o desemprego local atinge o nível recorde de 27%. À agência Reuters, o líder de uma central trabalhista espanhola Candido Mendes afirmou: “Nunca houve um 1º de Maio com mais razões para sair às ruas como este”, disse.

Outro país igualmente afetado pela crise, a Grécia, que está no sexto ano consecutivo de recessão, também enfrentou problemas com protestos de trabalhadores. Em 2013, o Dia dos Trabalhadores será comemorado apenas na semana que vem, já que coincidiu com o feriado da Páscoa ortodoxa. Mesmo assim, durante 24 horas, uma greve geral paralisou trens, balsas, bancos e serviços hospitalares. Cerca de mil policiais foram mobilizados em Atenas, a capital, mas os protestos na cidade foram pacíficos, reunindo cerca de 5 mil pessoas. Em 2012, as manifestações reuniram cerca de 100 mil pessoas.

Na Itália, onde o desemprego chega a 40% entre os jovens, os pedidos foram para que o novo governo de coalizão liderado pelo democrata Enrico Letta combata a corrupção e adote medidas de incentivo ao crescimento econômico, enterrando de vez às políticas de austeridade adotadas pelo governo do ex-primeiro-ministro Mario Monti. Em Portugal, onde 17% da população está sem trabalho, todas as centrais sindicais foram às ruas. No total, a Zona do Euro contabiliza mais de 19 milhões de desempregados.

Escândalo

No Chile, os protestos de 1º de Maio se concentraram no governo local e nas propostas de reforma do sistema previdenciário. A imprensa chilena contabilizou 100 mil adesões às manifestações, enquanto estimativas da Central Única de Trabalhadores (CUT) apontaram 150 mil pessoas. Com comércios e escolas fechados durante todo o dia, houve grande participação de estudantes e trabalhadores desempregados nos atos.

Houve confrontos com a polícia e prisões de manifestantes. Ao menos 60 pessoas acabaram detidas e outras seis foram feridas durante os embates com as forças de segurança locais. Os protestos giraram em torno da proposta de reajuste do salário mínimo nacional para US$ 438, que acabou rejeitada pelo Senado local.

Também houve críticas ao governo pelo escândalo de manipulação de dados que colocou em xeque a credibilidade do Instituto Nacional de Estatística e que provocou a demissão do antigo diretor da entidade, o engenheiro civil Francisco Javier Labbé.

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Déficit da balança da indústria sobe para US$ 16 bi no trimestre

Valor Econômico

O déficit da indústria de transformação se aprofundou no primeiro trimestre. O resultado negativo foi de US$ 16,3 bilhões no período, US$ 3 bilhões maior que o déficit dos primeiros três meses de 2012. A importação, com elevação de 3% no período, contribuiu para o resultado, mas a falta de reação da indústria brasileira com as exportações foi mais determinante. No mesmo período, houve queda de 5% nos embarques da indústria de transformação. Os dados foram calculados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que classifica a exportação da indústria de manufaturados segundo o nível de intensidade tecnológica.

De acordo com o estudo, com exceção dos manufaturados de baixa intensidade tecnológica, houve queda de exportação em todos os demais grupos (ver quadro ao lado). A preocupação maior está nos grupos de média-alta tecnologia e de média-baixa tecnologia, que somaram, juntos, US$ 16,4 bilhões em exportações no primeiro trimestre. O valor representa metade do valor total embarcado pela indústria de transformação no mesmo período.

Os dois grupos incluem setores como máquinas e equipamentos, veículos, produtos químicos, borracha e produtos plásticos. A última vez que esses dois grupos completaram o primeiro trimestre do ano com queda no valor exportado foi em 2009. “Naquele ano havia uma explicação conjuntural, com os efeitos da crise financeira. A queda da exportação agora, porém, reflete muito mais a perda de competitividade da indústria brasileira”, diz Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de política econômica.

Rogério César de Souza, economista do Iedi, diz que a desaceleração da economia internacional também tem sua contribuição no desempenho da economia brasileira. Mesmo assim, diz ele, a dificuldade de reação da indústria na exportação está muito relacionada aos custos sistêmicos do país. O desempenho da exportação mostra que o problema da competitividade vai muito além do câmbio, argumenta Souza, independentemente do debate em torno do nível de valorização ainda mantido pela moeda nacional. “Os números mostram que as empresas precisam se renovar para competir e é preciso ter mudanças estruturais que gerem redução de custos com efeitos por prazos mais longos.”

Almeida diz que a falta de competitividade da indústria brasileira também ficou clara antes, em 2010 e 2011. Naquele período, porém, isso afetou a balança da indústria de transformação de forma diversa. Com a explosão de consumo no mercado interno, o saldo comercial foi pressionado pela elevação das importações. “No início, o problema causou a perda de mercado interno pela indústria brasileira. Agora não há mais o frenesi da importação em razão do baixo dinamismo da economia interna, mas a baixa competitividade está afetando a indústria no mercado internacional”, diz Almeida.

Mesmo na indústria de baixa intensidade tecnológica, que conseguiu elevar a exportação no primeiro trimestre, ante o mesmo período de 2012, diz Almeida, não há muitas esperanças. “Esse grupo teve elevação porque a base de comparação é muito baixa.” No primeiro trimestre de 2012, lembra, esse grupo teve queda de 0,5% na exportação diante do mesmo período do ano anterior.

Dentro desse grupo, Almeida chama a atenção para o grupo de têxteis, couro e calçados, que teve alta de 2,8% na exportação do trimestre. “É possível que as medidas do governo tenham ajudado”, diz ele. Mesmo com a alta, porém, o setor tem um longo caminho para a recuperação. Os segmentos exportaram de janeiro a março valor 23% menor que o do mesmo período de 2008.

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Confiança recua em 70% dos setores produtivos

Valor Econômico

Apoiada principalmente no segmento de bens de capital, a indústria de transformação confirmou perspectivas de recuperação na abertura do ano e deve ter crescido entre 0,8% e 1% sobre o trimestre anterior, feito o ajuste sazonal, mas os primeiros dados do setor referentes a abril indicam que essa reação segue lenta e irá perder força no segundo trimestre. A avaliação é de Aloisio Campelo, superintendente adjunto de ciclos econômicos da Fundação Getulio Vargas (FGV). Após queda de 1,5% entre fevereiro e março, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) calculado pela fundação cedeu 0,8% em abril, para 104,2 pontos, ficando abaixo da média histórica recente de 104,4 pontos pela primeira vez desde agosto passado.

Apesar de a retração ter sido mais fraca do que a observada no mês passado, Campelo destacou que a piora foi mais espalhada em abril, já que dez dos 14 gêneros industriais pesquisados – 70% do total – ficaram menos confiantes, enquanto um registrou estabilidade e os outros três elevaram seu otimismo. “O resultado de abril é bem claro, mas na prática sinaliza uma desaceleração, e não uma queda”, disse.

Segundo o economista, a percepção geral do empresariado segue próxima de um nível neutro, embora haja divergências entre os setores, com aumento expressivo na percepção de situação de negócios entre os produtores de bens de capital, perspectivas mais modestas do setor de bens duráveis após a forte antecipação de consumo provocada pelo IPI reduzido e fraqueza dos bens intermediários, com baixo nível de confiança e pouco uso da capacidade produtiva.

Na passagem mensal, o recuo geral na confiança foi puxado tanto por avaliações mais fracas em relação à conjuntura atual como por uma piora das expectativas em um horizonte mais longo, que se mantêm em terreno positivo, mas menos otimista. O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 0,7%, para 103,5 pontos, puxado principalmente por recuo de 5,5% no nível de demanda externa. O percentual de empresas que considera o consumo global fraco subiu de 10,8% em março para 17,7% em abril, maior nível desde abril de 2011.

Para Campelo, a economia internacional ainda está “indo devagar”, com forte desaceleração dos EUA no primeiro semestre, “sérios problemas” na Europa e perda de fôlego também na China e América Latina, importantes mercados para os manufaturados brasileiros.

A avaliação dos empresários sobre o ritmo doméstico de consumo também arrefeceu. O indicador referente à demanda interna recuou 1,1% entre março e abril, para 102,9 pontos, com alta de 9,1% para 12,8% na fatia de empresas que classificam esse quesito como fraco. Na opinião do superintendente, há uma insatisfação com o ritmo de atividade interno, que poderia estar mais forte e assim sustentar vendas maiores, mas as empresas consultadas também apontam margens de lucro apertadas devido principalmente aos custos com mão de obra.

O campo das expectativas, por sua vez, segue revelando otimismo das empresas quanto sua situação nos próximos meses, mas esses dados já foram mais favoráveis, ressaltou Campelo. De março para abril, o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 0,9%, para 104,9 pontos, mas ainda permaneceu mais de um ponto acima da média histórica dos últimos cinco anos. “Ainda temos um estoque de otimismo no médio prazo. Estamos falando de 53% de empresas que acreditam que a situação deve melhorar nos próximos seis meses”, observou o economista da FGV.

Entre os três componentes do índice de expectativas, o de produção prevista para os próximos três meses foi o único que subiu na passagem mensal, de 128,4 para 129,3 pontos. Campelo ponderou, no entanto, que esse indicador sinaliza um trimestre um pouco mais fraco que o anterior em termos de produção, já que a média dos primeiros três meses do ano estava girando acima de 130 pontos.

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Brasil perde espaço em seus maiores mercados

Valor Econômico

A desaceleração ou a falta de recuperação dos mercados externos não é a única explicação para o fraco desempenho das exportações brasileiras, que caíram 7,7% no primeiro trimestre, ante igual período de 2012. Uma comparação entre a evolução da importação dos destinos mais importantes para o Brasil e a da exportação brasileira para os mesmos locais mostra que os produtos do país perderam fatia de mercado. Segundo analistas, o quadro resulta da alta dependência da pauta brasileira de exportação em relação às commodities e da falta de competitividade da indústria doméstica no mercado internacional.

Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), a China aumentou as suas importações em 8,4% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado. A exportação brasileira para o país asiático, porém, teve queda de 2,2%. A China é o principal parceiro comercial do Brasil e responde por 15% das exportações do país. Na Argentina, a importação total no trimestre aumentou 5%, enquanto as exportações brasileiras para o país vizinho caíram 10,4%. Para o Chile, a tendência é a mesma e os números são parecidos: enquanto a importação total chilena cresceu 6,3%, a exportação brasileira para o país caiu 11,7%.

Para os Estados Unidos e União Europeia, há dados disponíveis somente até o primeiro bimestre. De janeiro a fevereiro, a importação americana total ficou estável, com crescimento de 0,14%. A exportação brasileira para os americanos, porém, caiu 25%. No mesmo período as importações da União Europeia originadas de países de fora do bloco caíram 2,6%. Os embarques brasileiros para a zona do euro também tiveram queda, mas muito mais alta, de 9,7%.

“Há o fraco desempenho da economia internacional. Mas a diferença nas variações mostra que o Brasil está perdendo fatia de mercado”, diz Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior. Para alguns países, como China, por exemplo, a evolução pode ser explicada pela alta de preços e demanda de commodities, os principais produtos que o Brasil exporta para o país asiático. “Para os Estados Unidos há a representatividade do petróleo. E para os manufaturados, há a falta de competitividade da indústria brasileira para exportar. Mas de qualquer forma, em todos esses casos, o Brasil está perdendo mercado.”

Em relação à China, um dos grandes problemas é a alta concentração da pauta exportadora brasileira. Juntos, minério de ferro, petróleo e soja representaram no primeiro trimestre 79% do valor total embarcado pelo Brasil rumo ao país asiático. A alta de preços foi um dos principais componentes que elevaram o valor da exportação brasileira até 2011 e esse componente não promete ajudar muito neste ano.

O preço da soja está abaixo do que havia sido estimado para o mês de abril e o preço do minério de ferro também não deve, segundo economistas, subir muito em 2013. Com dependência dessas commodities na pauta exportadora, diz Barral, há poucas alternativa para compensar a perda com a venda de outros itens para a China que, mesmo tendo desacelerado mais do que se imaginava, elevou as importações durante o primeiro trimestre. A exportação para os Estados Unidos tem problema parecido. O petróleo responde por 20% da pauta de exportação do Brasil para os americanos e as vendas do óleo bruto caíram em razão da alta demanda do mercado doméstico e da falta de capacidade de elevação da produção interna.

Somente em março, os embarques totais de petróleo em bruto do Brasil caíram 33% na média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. O desempenho do embarque de petróleo contribuiu para a queda de 20% nas vendas do Brasil aos americanos no primeiro trimestre. De novo, a falta de diversidade da pauta exportadora dificulta a reação dos embarques.

Rumo aos países da União Europeia, a exportação brasileira sofre com os preços das commodities e com a falta de reação dos manufaturados. Para o grupo dos produtos industrializados, diz Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica, o grande problema é a falta de competitividade da indústria de transformação brasileira. Até 2008, lembra ele, a economia internacional estava em crescimento e havia espaço para todos. No mercado pós-crise, porém, a concorrência aumentou com a superoferta resultante da desaceleração da economia mundial.

Esse novo ambiente, diz Barral, fez diversos países adotarem estratégias mais agressivas para aumentar a competitividade. “O Brasil, porém, ficou para trás. Temos apenas o Reintegra, que é uma medida sem continuidade e é mera compensação para o tributo acumulado na cadeia produtiva”, diz ele, referindo-se ao incentivo fiscal que concede crédito equivalente a 3% do valor exportado.

O alto custo interno, diz o economista Silvio Campos Neto, da Tendências, está tirando o Brasil do processo de produção global. “E o câmbio já não é mais capaz de explicar o problema da competitividade do produto brasileiro”, diz ele, lembrando que, apesar da perda de fatia do Brasil no mercado mundial, o nível cambial atual é mais vantajoso à exportação que o do início do ano passado.

Tradicional comprador de manufaturados brasileiros, a Argentina é um caso emblemático da dificuldade para exportar da indústria doméstica. Cerca de 90% do que o Brasil exporta para a Argentina é de manufaturados. As restrições colocadas pelo país vizinho para as importações foram parte da explicação para a queda de 20,8% nos embarques brasileiros aos argentinos em 2012, quando a exportação total brasileira caiu 5,3%. Os números do primeiro trimestre mostram, porém, que as importações totais feitas pela Argentina cresceram 5%. “A oportunidade tem sido aproveitada por países como China e Vietnã, mas não pelo Brasil”, diz Barral.