Luta ou fuga?

Aos companheiros das jornadas de junho

O cérebro humano primitivo

espreita, escuta, pressente:

o ruído, o silêncio, o perigo.

Tensão, pupilas, pulmão.

Atenção…

Adrenalina, músculos, ação… ou não:

mordida, ferida, contusão.

Lutar ou fugir?

Eis a questão!

Hamlet com uma caveira na mão

sobre a cova de um causídico

indaga ser justa ou delírio,

a raiva que move sua mão.

Fugir ou lutar?

Ousar ou fingir.

Outra face… perdoar?

Sonhar, voltar a dormir?

Viver, acordar!

Para a rua… protestar!

Fogueiras, vinagre, bandeiras,

negras ou vermelhas,

Nenhum passo atrás!

Lutar!