IIº Congresso Internacional Marx em Maio
8, 9 e 10 de Maio
Entrada Livre
http://marxemmaio.wordpress.com/
II Congresso Internacional Marx em Maio
8, 9 e 10 de Maio de 2014
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Há 170 anos, Marx escrevia os famosos Manuscritos Económico-Filosóficos de 1844. No quadro de um materialismo novo em elaboração, era o arranque de uma longa investigação da estrutura económica da sociedade que viria a resultar, em 1867, na publicação do Livro Primeiro da sua obra magna, O Capital. Há 100 anos, começava a I Guerra Mundial, guerra conduzida em nome do lucro e de uma nova partilha do mundo pelas potências imperialistas. No dia 18 de Janeiro de 1934, há 80 anos, os operários da Marinha Grande, opondo-se à fascização dos sindicatos, tornaram-se senhores do poder, ainda que apenas por algumas horas. A 25 de Abril de 1974, faz agora 40 anos, tombava em Portugal a ditadura fascista e os trabalhadores davam início a um processo revolucionário apontado ao socialismo.
Depois do assinalável sucesso do I Congresso, em 2012, é este conjunto de efemérides, assim como a violenta crise cíclica de acumulação do capitalismo e a consequente intensificação das lutas dos trabalhadores, que, em 2014, formam o contexto do II Congresso Internacional Marx em Maio. Assinalamos estas datas e os acontecimentos por elas evocados não com a intenção de nos encerrarmos no passado, à procura de uma fórmula mágica para os combates de hoje e do futuro, mas com o triplo objectivo da compreensão do mundo actual, da comemoração e do alerta.
A obra de Marx e o marxismo continuam a ser, do nosso ponto de vista, os mais penetrantes instrumentos de análise do real. O caminho percorrido por Marx até ao desvendamento da lei da mais-valia, âmago do capitalismo, ofereceu às ciências particulares novas perspectivas de fundo e novos campos de pesquisa. A própria filosofia ganhou novas pernas e outros trilhos para andar.
Por tudo isto, no II Congresso Internacional Marx em Maio voltaremos a contar com a participação de filósofos, de historiadores, de economistas, de sociólogos, de físicos, de geógrafos, de sindicalistas, de militantes e activistas sociais e políticos.Estes quadrantes de investigação e intervenção não se justapõem extrinsecamente, a sua razão de ser reside na própria envergadura e amplitude do trabalho de Karl Marx, na unidade multifacetada do marxismo.
Face aos ataques à racionalidade, à ciência e à cultura que acompanham, como complemento, as políticas de regressão social acelerada dos últimos anos, continuaremos a procurar cultivar um pensar ancorado numa racionalidade crítica e dialéctica.
COM INTERVENÇÕES DE
Alessio Arena (Itália) – Où vont les italiens?
Ana Pato – O que há de idealismo na interpretação ortodoxa da Mecânica Quântica? A necessária consideração do materialismo dialéctico na ciência
Annie Lacroix-Riz (França) – Crise impérialiste et guerre sociale: le cas français des années 1930 (1930-1944)
António Santos – EUA: movimentos sociais e luta de classes depois do Occupy Wall St.
António Vilarigues – A actual fase da crise, a lei da baixa tendencial da taxa de lucro eos seis factores que a podem contrariar; o conceito de sobreprodução absoluta de capital
Arménio Carlos – O confronto entre o trabalho e o capital e os direitos humanos
Armen Mamigonian (Brasil) – A China e o PCC: ontem e hoje
Aymeric Monville (França) – La French Theory et ses critiques. L’exemple de Michel Clouscard
Carlos Gomes – A criação da banca nacionalizada e a sua posterior destruição
Carlos Bastien – Recepção do pensamento económico marxista em Portugal: o caso da REVISTA DE ECONOMIA
Demétrio Alves – Análise de dinâmicas urbanísticas numa perspetiva marxista
Diana Raby (Reino Unido) – A ALBA (Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América) e a luta pluriescalar para construir uma nova alternativa internacional
Domenico Losurdo (Itália) – Western and eastern Marxism: an unlucky split
Eduardo Diniz Almeida – Aprendendo com a revolução
Eugénio Rosa – Os grupos económicos e o domínio do estado em Portugal no contexto da globalização capitalista
Fernando de Oliveira Baptista – A Reforma Agrária e a questão da terra hoje
Francisco Braz – O horário de trabalho e o exercício dos direitos dos trabalhadores (*)
Hernâni Resende – Anotações Históricas sobre o Manifesto do Partido Comunista
Inês Brasão – «A semente do mal» – representações da trabalhadora doméstica no Salazarismo
João Carlos Graça – Em torno das especificidades do marxismo de Domenico Losurdo
João Tomé – Recepção estética do materialismo dialéctico no século XX: do realismo ao expressionismo (*)
João Vilela – A noção de estado de excepção no direito burguês: o caso da troika em Portugal
Jorge Cadima – Sobre marxismo, tecnologia, informação e software livre
José Barata-Moura –
José Paulo Netto (Brasil) – Os três encontros decisivos de Marx em Paris (1844)
Luís Carapinha – A China e a transição socialista – um breve bosquejo
Manuel Deniz Silva – Compor para a Revolução: criação musical e pensamento marxista nos primeiros anos da União Soviética (1917-1932)
Manuel Dias Duarte – Proudhon e Marx, teoria e práxis
Manuel Loff – Classe e memória(s) de classe nos discursos sobre a resistência antifascista portuguesa
Maria Helena Serôdio – Razões políticas na leitura da história – À volta da tradução de Rei Lear, de Shakespeare, por Álvaro Cunhal
Nuno Teles – Euro: insustentabilidade da União monetária para a periferia europeia
Octávio Teixeira – A natureza política e económica do Euro (*)
Periklis Pavlidis (Grécia) – Commodity – money relations in the socialist transformation of labour
Regina Marques – Para uma crítica marxista às relações de género no Portugal de hoje
Roger Keeran (EUA) – Ten Years after SOCIALISM BETRAYED: Questions and Controversies related to the “Collapse” of the Soviet Union
Ronaldo Fonseca (Brasil) – Marxismo e questão nacional: notas sobre os processos anti-imperialistas na América Latina
Sérgio Dias Branco – A Arte como Trabalho
Thomas Kenny (EUA) –
Virgínia Fontes (Brasil) – Em torno do Estado capitalista contemporâneo : debates teóricos e novos desafios