Por terra e desenvolvimento dos assentamentos, MST marcha pelo Rio nesta quarta

Em sua jornada lembrando os 18 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terra foram assassinados no Pará, o MST realiza ações em todo Brasil neste mês. No Rio, a data será lembrada nesta quarta, dia 14 de maio.

A programação inclui manifestações no INCRA, pela manhã, e na Caixa Econômica Federal pela tarde. O primeiro órgão é apontado como responsável pela demora na desapropriação de terras, enquanto o segundo tem falhado na liberação de recursos para desenvolvimentos dos assentamentos.

A pauta de reivindicações inclui principalmente a infra-estrutura dos assentamentos, já que muitos não possuem estradas, água encanada e nem eletricidade. Além disso, assistência técnica, crédito, agroindústrias e programas de educação do campo entram em discussão.

Em relação às terras, o MST exige a desapropriação de 10 áreas no estado do Rio. Muitas delas já foram declaradas improdutivas, e algumas famílias aguardam acampadas há 9 anos, como é o caso do acampamento Irmã Dorothy, em Quatis. Outro caso emblemático é o complexo da Usina Cambahyba, em Campos, onde hoje existem os acampamentos Luis Maranhão e Oziel Alves. Segundo denúncias, os fornos da usina foram usados para incinerar corpos de militantes durante  a ditadura.

Em todo o Brasil, o MST já ocupou mais de 60 latifúndios e prédios públicos. A reação dos ruralistas já provocou a morte de 3 Sem Terra: Valdair Roque foi assassinado no dia 4/05, no Paraná, e  Francisco Laci Gurgel Fernandes e Francisco Alcivan Nunes de Paiva, no dia 6, na Chapada do Apodi (RN).

Por terra e desenvolvimento dos assentamentos, MST marcha pelo Rio nesta quarta

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