SOLIDARIDADE À RESISTÊNCIA DO POVO DA REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUÍ DEMOCRÁTICA
Convocados pela Intifada saharaui no acampamento Agdaym Izik, perto da cidade-capital de El Aaiún, inicialmente para protestar contra o desemprego e as terríveis condições sociais impostas pelos ocupantes, mais de 20.000 saharauis unidos em uma simbólica resistência patriótica, condenaram veementemente a usurpação do seu território pela monarquia marroquina e sublinharam o seu direito inalienável à autodeterminação.
Desta vez, a arrogância e impunidade com que age Marrocos, sob a proteção e a cumplicidade da França, Estados Unidos e Espanha, ceifou a vida de uma criança de 14 anos, ultrapassando os limites da crueldade ao matar os primeiros saharauis feridos, resultado da brutal repressão, tentando silenciar seus crimes arbitrariamente ao expulsar a cadeia de televisão Al Jazzira e, na medida em que os protestos do povo saharaui ganharam força e se generalizaram, houve uma escalada militar que se tornou um massacre, com o saldo de mais de dez pessoas mortas, cerca de uma centena de feridos e a destruição total do acampamento.
É urgente saber a verdade, convocar a mais ampla mobilização internacional para condenar e deter os crimes da monarquia alauita contra o heróico povo do Sahara Ocidental, para enfatizar que este é o único caso pendente de descolonização na África, denunciar com a maior firmeza a condição colonial imposta pelo Marrocos neste território, que pretende continuar a pilhagem dos seus recursos humanos e naturais, exigir o fim das das táticas de adiamento intermináveis implementadas para evitar a aprovação do referendo de autodeterminação pela Organização das Nações Unidas e defender o legítimo direito do povo saharaui à vida, à paz e independência nacional.
Secretariado Executivo da OSPAAAL
Habana, 9 de novembro de 2010