A luta das mães Trabalhadoras!
Coordenação Nacional do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Mulheres que são mães encontram dificuldades em conseguir trabalho no mercado formal, são preteridas e geralmente ocupam as funções mais precarizadas, são marginalizadas e representam parcela significativa do mercado informal.
Ainda hoje, mesmo com uma legislação que procura inibir isso, existem empresas que exigem atestado negativo de gravidez para contratar mulheres. Também não é raro mulheres que passam por constrangimentos após o retorno da licença maternidade e são levadas a pedirem demissão.
Estando ou não no mercado de trabalho, mulheres enfrentam múltiplas jornadas de trabalho e, quando têm filhos, são responsabilizadas sozinhas pelos cuidados e educação deles, caracterizando a maternidade como mais uma entre essas múltiplas jornadas.
Não há oferta de vagas em creches e escolas publicas para todas as crianças. As relações de trabalho e a insuficiente remuneração não garantem plenamente nem direitos básicos como moradia alimentação e saúde adequados, deixando muitas mulheres e suas famílias sem acesso a cultura e lazer.
As mulheres que têm filhos e permanecem solteiras são julgadas negativamente por isso. A maternidade representa uma luta incessante das mulheres por condições dignas de vida para suas famílias.
“O capitalismo carregou para sobre os ombros da mulher trabalhadora um peso que a esmaga; a converteu em operária, sem aliviá-la de seus cuidados de dona de casa e mãe. Portanto, a mulher se esgota como consequência dessa tripla e insuportável carga que com frequência expressa com gritos de dor e lágrimas. Os cuidados e as preocupações sempre foram o destino da mulher; porém, sua vida nunca foi mais desgraçada, mais desesperada que sob o sistema capitalista… “*
Nós do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro lutamos pela emancipação plena da mulher na construção de uma sociedade em que as mulheres não serão subjugadas apenas por serem mulheres, por serem mães! Seguimos na luta pela construção do socialismo.
“O Estado dos Trabalhadores se encarregará da obrigação de assegurar a subsistência a todas as mães, estejam ou não legitimamente casadas “*
Cartaz soviético com os dizeres: Maldito seja o capitalismo!, Ivanov, 1975.
*Trechos do texto O Comunismo e a Família de Alexandra Kollontai