Organizar a luta contra a LGBTfobia!

imagemColetivo LGBT Comunista

No dia 17 de maio comemora-se o dia internacional contra a LGBTfobia. Essa data foi selecionada porque nesse mesmo dia, no ano de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da classificação estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), ou seja, a partir desta data, a homossexualidade não foi mais classificada como doença, ganhando o reconhecimento de que é apenas um traço da personalidade da pessoa
Ao longo desses 31 anos tivemos diversos avanços em relação aos direitos e reconhecimentos da população LGBT. No entanto, mais do que uma comemoração essa data ainda nos relembra sobre a importância de continuar lutando por melhores condições de vida.

Segundo o Grupo Gay da Bahia em seu relatório de 2020, comparativamente aos anos anteriores, observou-se em 2019 uma surpreendente redução das mortes violentas de LGBT+. O ano recorde foi 2017, com 445 mortes, seguido em 2018 com 420 e agora 329 mortes em 2019, registando-se, portanto, uma diminuição de 26% face a 2017 e 22% em relação a 2018. Apesar dessa redução, ainda encontramos um enorme número de pessoas morrendo simplesmente pela variação no traço de personalidade. A cada 26 horas uma LGBT+ é assassinada ou comete suicídio, vítima da LGBTfobia, o que confirma o Brasil como campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais.

Esses dados deixam mais que evidente a necessidade de revidarmos a violência que sofremos todos os dias. Esse troco não deve ser dado apenas em âmbito individual, mas de forma organizada que tenha impacto em toda a organização social da nossa sociedade, para que o estímulo da LGBTfobia finde de uma vez por todas. É apenas na construção de uma nova sociedade com novos valores morais que podemos de fato construir um mundo em que os traços de personalidade divergentes não sejam interpretados como motivos para sermos mortos ou retirarmos a própria vida. Já passou da hora de termos nossos Lungas da vida real!

Dia Internacional de Combate à LGBTfobia!

Como parte integrante da classe trabalhadora, a população LGBT sofre duramente com o governo Bolsonaro, extremamente reacionário. O seu discurso de ódio somado às constantes explorações e opressões capitalistas são primordiais para o aumento da LGBTfobia no Brasil.

Mais especificamente no Ceará, vivemos no 6º estado com maior número de mortes VIOLENTAS de LGBTs no Brasil, segundo o último relatório do Grupo Gay da Bahia (2019). Já o relatório do ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais, 2020) nos informa que desde 2017, o Ceará consta como um dos cinco estados com mais casos de assassinatos de pessoas trans no país, ocupando o 2º lugar em 2020.

É tarefa do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro se somar ao LGBT Comunista para promover o debate que mostre como a opressão capitalista e patriarcal promove e sustenta as práticas machistas e LGBTfóbicas e como devemos combatê-las.

O Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro reitera o apoio no combate à superexploração a qual as trans e travestis estão sujeitas: exploração mais precarizada no mundo do trabalho; dificuldade de inserção em empregos formais; exploração sexual.

PELO FIM DA LGBTFOBIA, CRIAR, LUTAR, PODER POPULAR!

Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro – Ceará
Coletivo LGBT Comunista – Ceará

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