Solidariedade com os trabalhadores da CSN!

imagem

Executiva Nacional da Unidade Classista

Unidade para enfrentar as demissões! Lutar pelo contrato coletivo de trabalho!

Os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), estão enfrentando mais uma dura batalha pela negociação do contrato coletivo de trabalho que tem como data base o 1º de maio. As mobilizações dos trabalhadores e das trabalhadoras enfrentam a resistência e truculência da empresa, que se recusa a abrir efetivas negociações com a categoria e seus legítimos representantes.

Em assembleia, trabalhadores e trabalhadoras rejeitaram uma proposta de acordo por uma categórica maioria de 6.040 contra 39 votos, 3 abstenções e 3 votos nulos. Nessa mesma assembleia foi aprovada uma comissão de 11 representantes para continuar as negociações do acordo coletivo de trabalho sobre bases que contemplem efetivamente os interesses dos/as trabalhadores/as. Entretanto, a resposta da empresa foi de demitir sumariamente estes 11 representantes da classe e iniciar uma campanha de repressão e demissão de outros trabalhadores como forma de intimidação, tentando forçar um recuo do movimento neste processo de negociação.

O Ministério Público do Trabalho já se pronunciou através de uma Notificação Recomendatória para que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reintegre os empregados demitidos e se abstenha de admitir novos empregados e de interferir nas deliberações dos/as trabalhadores/as. A reação da empresa à rejeição do acordo totalmente rebaixado com relação aos interesses da categoria é absolutamente repudiável e mostra o caráter de classe burguesa dos atuais proprietários da empresa.

A CSN é uma empresa fundamental no setor metalúrgico. Outrora, foi uma importante empresa estatal, fundada
em 1941 e inaugurada no ano de 1946, criminosamente privatizada no ano de 1993 durante o governo de Itamar Franco, no início do longo ciclo das políticas neoliberais. Os trabalhadores e as trabalhadoras têm uma história de lutas em defesa dos seus interesses de classe e da função e relevância social da empresa, desde que reestatizada e sob o controle da classe trabalhadora, como instrumento para a superação do capitalismo. Lembramos e homenageamos os trabalhadores que sofreram a repressão policial na greve de 1988, episódio conhecido como Massacre de Volta Redonda, e seus mártires.

A Unidade Classista se solidariza com a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras pelos seus legítimos direitos ao salário, condições de trabalho e prevenção dos acidentes de trabalho. Exigimos a reintegração imediata de todos os demitidos na retaliação da empresa à mobilização dos/as trabalhadores/as. Conclamamos à unidade do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras e à solidariedade militante da classe trabalhadora, como instrumento fundamental para derrotar esta manobra da empresa, que com a unidade, solidariedade e luta de todos, não passará!

Unidade Classista, futuro socialista!

12 de Abril de 2022