Cardeal que protegeu padres pedófilos participará de conclave

Na contramão do planeta, que só agora discute os rumos da Igreja Católica, nos Estados Unidos o Papa Bento XVI divide as manchetes com um dos cardeais que escolherão seu sucessor. Ex-arcebispo de Los Angeles, Roger Mahony está de malas prontas para participar do conclave no Vaticano, ignorando a objeção da opinião pública ao seu nome.

Mahony acobertou, por 25 anos, o abuso sexual a mais de 500 meninos na região de sua arquidiocese. Para preservar os padres pedófilos, transferiu-os para outros estados e impediu investigações. Na década passada, os casos vieram gradualmente à tona. Em 2007, a Igreja já havia gasto mais de US$ 600 milhões em acordos com as famílias das crianças. E, na semana passada, o “Los Angeles Times” denunciou que parte desta verba – US$ 115 milhões – veio de um fundo destinado à manutenção de cemitérios, sustentado pelas famílias dos mortos.

Mahony, que deixou a arquidiocese dois anos atrás, não informou aos contribuidores do fundo o que faria com o dinheiro. Em nota, apenas afirmou que a administração dos cemitérios não foi afetada.

Este mês, o arcebispo José Gomez, que assumiu a arquidiocese em 2011, afirmou que seu antecessor seria despojado de suas funções públicas – uma reprimenda incomum no âmbito da Igreja. Gomez, porém, reconheceu que o cardeal ainda é um “bispo em boa posição” – ou seja, uma figura influente na pequena elite da Cúria.

Em resposta à repreensão, segundo o “Washington Post”, “o cardeal Mahony, que tem um mestrado em assistência social, escreveu que nada em sua formação o alertou para os riscos envolvidos no abuso sexual de crianças”. O que levou o jornal a perguntar, em editorial publicado anteontem: “Que tal o senso comum, o respeito à lei e um entendimento básico dos direitos humanos?”

Abusos em 14 mil páginas

Na semana passada, advogados da Igreja tentavam ocultar nomes dos envolvidos nos casos de abuso – de cúmplices do primeiro escalão aos padres que cometeram os assédios. Mas um juiz da Califórnia ordenou que arquivos pessoais fossem revelados – um calhamaço de 14 mil páginas, com diversas citações de como Mahony, para proteger os clérigos, transferia-os para outras paróquias e opôs-se à exposição dos abusadores a terapeutas, que poderiam ser legalmente obrigados a relatar os crimes.

A bronca de Gomez e a determinação judicial ganharam destaque nos meios de comunicação. O “Wahington Post” afirmou que Mahony “tem sorte de não estar preso, pois não há dúvida de que ele orquestrou uma operação para encobrir o abuso sexual de clérigos em Los Angeles”.

O “New York Times” lembrou que entre os cardeais presentes no conclave estará Mahony, “cujas décadas de má gestão em relação aos abusadores sexuais do sacerdócio foram recentemente expostas em tribunal”.

A emissora NBC, por sua vez, destacou que Mahony irá ao Vaticano “apesar dos documentos que revelam sua proteção a padres acusados de abuso sexual”.

– Houve uma cobertura muito extensa dos escândalos de Mahony – ressalta Joshua McElwee, vencedor do prêmio da Associação da Imprensa Católica dos EUA no ano passado. – O cardeal caiu em desgraça, e muitas pessoas acreditam que ele não deveria participar do conclave. E os danos a sua imagem podem ser estendidos a toda a Igreja Católica no país.


Inadimplência cai em janeiro

Folha Online

A inadimplência do consumidor manteve em janeiro a tendência de desaceleração iniciada no final do ano após o pico que atingiu o país e impactou a economia em 2012.

Levantamento da Serasa Experian mostrou um recuo de 1,5% no indicador de consumidores no primeiro mês deste ano em relação a dezembro. Embora ainda esteja acima dos níveis de igual mês de 2012, em 12,9%, a diferença ficou menor na comparação anual.

O indicador de dezembro, por exemplo, ficou 14,2% acima do mesmo mês de 2011. No acumulado de 2012, a alta também foi mais intensa, de 15%.

O avanço da inadimplência no ano passado foi puxado principalmente pelos atrasos nas parcelas de veículos, em reflexo às concessões concedidas em 2010 e 2011, com condições facilitadas de compra.

Diante desse quadro, bancos passaram a adotar uma posição mais conservadora na avaliação dos empréstimos e provocaram uma retração na oferta de crédito. Segmentos como o de veículos, com maior dependência de financiamentos, foram duramente afetados.

A dificuldade dos consumidores para efetuar novos gastos e obter aprovação de crédito pesou sobre o resultado da economia. A inadimplência foi apontada como um dos vilões do crescimento, em especial no início do ano passado.

Consumidores mais endividados começaram a priorizar o pagamento de dívidas e contribuíram para iniciar a trajetória de recuperação na inadimplência no final do ano.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a desaceleração nos atrasos pode ser atribuído ao aumento na renegociação de dívidas, à redução dos juros, menor evolução do endividamento em 2012 e ao baixo nível de desemprego no país.


Mercado interno é remédio contra crise cambial, diz Mantega

Portal Estadão

A guerra cambial é reflexo da atrofia do comércio mundial e o antídoto para combatê-la é o desenvolvimento dos mercados consumidores domésticos, disse hoje em Moscou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em 2010 iniciou a discussão do problema no âmbito do G20. Ele participa hoje e amanhã de reunião de ministros de Finanças do G-20, o grupo que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo.

“No ano passado, o crescimento do comércio mundial foi pífio e os países se acotovelaram para exportar, mas não conseguiram. Aí todo mundo quer desvalorizar suas moedas para aumentar a competitividade, o que dá origem à guerra cambial”, disse o ministro em entrevista a jornalistas brasileiros. “Enquanto o comércio estiver atrofiado, a guerra cambial vai continuar.”

Segundo ele, os países que não conseguem estimular a economia doméstica acham que a saída para retomar o crescimento é aumentar as exportações. “Imagina se todo mundo chegar a essa conclusão?”, perguntou.

MOSCOU – Em sua opinião, a solução para evitar o agravamento da guerra cambial é a mudança das política fiscais dos países ricos, que amenize as metas de redução do déficit e da divida e dê espaço para ampliação do investimentos e do consumo.

“É necessária uma mudança de estratégia dos países que vivem da exportação para estimular seus mercados domésticos, com o objetivo de elevar a exportação e a importação”, ressaltou.

Essa inflexão seria mais possível hoje, depois de a zona do euro ter afastado o risco de crise financeira, disse Mantega. “Isso tirou um incômodo da economia mundial, que era uma aversão ao risco e nervosismo do mercado que atrapalha a atividade econômica.”

Brasil vive situação mais tranquila

O tema da guerra cambial continuará na agenda da reunião do G-20 que ocorre hoje e amanhã em Moscou, mas o ministro avaliou que a situação do Brasil hoje é “mais tranquila” que a de 2010.

“Nós conseguimos caminhar para um câmbio mais equilibrado. Estamos com câmbio que dá uma certa competitividade para as exportações brasileiras e que não permite tanta invasão de produtos importados a preços artificialmente baixos”, ponderou.

“Nós não dependemos tanto das exportações e somos um dos poucos países cujo mercado doméstico continua a crescer.”


A guerra cambial no G-20

O Estado de S. Paulo

A guerra cambial denunciada com insistência pelo governo brasileiro deve ser um dos grandes temas da reunião do Grupo dos 20 (G-20) em Moscou, hoje e amanhã. A maior parte dos governos do mundo rico nem sequer reconhece, oficialmente, a existência do problema, até porque alguns deles foram acusados, nos últimos anos, de manipular o câmbio para criar vantagens comerciais. Mas o assunto acabou entrando, nos últimos dias, na pauta das principais potências desenvolvidas. Autoridades do G-7, formado pelas maiores economias capitalistas, comprometeram-se na terça-feira a deixar o câmbio entregue às forças do mercado. Renunciaram oficialmente, portanto, a manipulações para depreciar suas moedas e tornar mais baratos e mais competitivos os produtos de seus países. O compromisso de bom comportamento e de estrita vigilância das cotações foi assumido pelos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Não há como deixar o problema fora da agenda deste fim de semana.

Três fatos puseram em destaque a questão cambial nos últimos dias. O primeiro foi a nova e mais expansionista política monetária japonesa. O objetivo oficial é a reativação da economia, afetada por uma persistente deflação. Uma das consequências imediatas foi a desvalorização do iene, um benefício a mais para a indústria do Japão. O segundo fato foi o reconhecimento da valorização do euro pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. O terceiro, a cobrança, pelo presidente francês, François Hollande, de uma política de competitividade para o euro.

Sob a liderança alemã, a maioria dos governos europeus continua oficialmente contrária a intervenções no câmbio. Mas a saída encontrada foi levar a sério o risco de uma competição cambial, propor aos governos das maiores potências um compromisso de não intervenção e, além disso, aproveitar a oportunidade para dar um recado ao governo e ao banco central do Japão.

Desde o começo da recessão, em 2008, representantes das maiores economias desenvolvidas e emergentes têm prometido evitar medidas protecionistas e apoiar a continuada expansão do comércio livre. Apesar disso, barreiras foram erguidas, mas a promessa foi reiterada várias vezes nos anos seguintes.

A questão cambial sempre esteve presente, mas de forma limitada. Pressionar as autoridades chinesas para permitir a flutuação do renminbi tem sido, há muito tempo, um item obrigatório nas reuniões do G-7, do G-8, do G-20 e das principais entidades multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Autoridades brasileiras têm tentado, isoladamente, forçar também uma discussão sobre as políticas monetárias dos Estados Unidos e da zona do euro e seus efeitos no mercado cambial. O sucesso tem sido praticamente nulo. Tanto as autoridades americanas quanto as europeias alegam recorrer à expansão monetária apenas para estimular suas economias, sem o objetivo direto de afetar o câmbio.

Mas suas explicações são muito parecidas com a linguagem do comunicado de terça-feira. Segundo os representantes do G-7, suas “políticas fiscal e monetária têm sido e continuarão a ser orientadas no sentido de cumprir” os objetivos nacionais “com instrumentos domésticos”, sem ter como alvo as taxas de câmbio. A discussão proposta pelo governo brasileiro continua, em tese, tão difícil quanto antes. Pode-se mostrar o efeito cambial de uma medida monetária, mas como provar intenções?

As autoridades brasileiras têm tentado, até agora sem sucesso, incluir o câmbio na pauta da Organização Mundial do Comércio (OMC). Até chineses, americanos e europeus têm-se unido contra a pretensão brasileira. A discussão do G-7 aparentemente abriu algum espaço para mais uma tentativa brasileira, mas o próprio texto do comunicado é pouco animador. Talvez a reunião do G-20 resulte em alguma declaração semelhante, emitida em nome de um número maior de países, mas qualquer resultado de maior alcance prático será uma surpresa. A discussão em Moscou talvez contribua para manter vivo o assunto na OMC. Do ponto de vista do governo brasileiro, já será um ganho.


Governo usa tributo menor contra inflação

Folha de S. Paulo

O corte de impostos de itens da cesta básica e a redução do PIS/Cofins são umas das armas do governo Dilma para tentar segurar a inflação neste ano e garantir expansão do PIB acima de 3%.

A ideia é que até junho sejam anunciadas a desoneração tributária da cesta básica e uma redução horizontal na cobrança de PIS/Cofins, atingindo praticamente todos os setores da economia.

Com esses cortes, a expectativa é que os preços dos setores beneficiados caiam, ajudando a conter a inflação num momento em que a taxa anualizada deve fica acima de 6% até junho, pelo menos.

Assim, o Banco Central pode não ter de elevar a taxa de juros, algo que o Planalto prefere que não aconteça.

Em janeiro, com a alta de 0,86% no IPCA, a inflação anualizada bateu em 6,15% (o teto da meta é de 6,5%) e acendeu o sinal de alerta no governo. O próprio Banco Central fez questão de divulgar que a taxa “preocupa” e deixa a instituição numa situação “desconfortável”.

A nova rodada de desonerações tributárias segue a estratégia adotada com o corte nas tarifas de energia.

Segundo a Folha apurou, o corte de impostos da cesta básica, já anunciado por Dilma, pode ser divulgado em até dois meses e teria o efeito de reduzir a inflação em, ao menos, 0,3 ponto percentual.

O governo decidiu também acelerar os estudos sobre as mudanças no sistema de pagamento do PIS/Cofins.

Com isso, além de reduzir o custo Brasil e gerar maior competitividade, objetivo original da ideia, a mudança nos dois tributos passou a fazer parte do arsenal do governo para baixar a inflação.

A extensão da medida dependerá do custo fiscal e, por isso, pode ser adotada gradualmente, mas sempre beneficiando a economia de forma horizontal, e não setorizada.

Em 2012, o governo foi muito criticado por escolher os setores beneficiados com as desonerações tributárias.


‘Os próximos meses serão cruciais’ – Entrevista com Delfim Netto

Portal Estadão

Do alto de seus 84 anos, boa parte deles vivida intensamente nos caminhos da economia nacional, Delfim Netto, ministro da Fazenda durante os anos 1970, surpreendeu muitos ao criticar o governo brasileiro. Entretanto, essa crítica, pela conversa que teve com a coluna antes do carnaval, foi pontual, especificamente pelos “truques” usados nas contas públicas.

Em sua visão, o Brasil cresce, sim, nos próximos dois anos, mas não tanto quanto todos gostariam. “Algo um pouco acima de 3%.” E a inflação? “A inflação vai ficar onde está, um pouquinho mais, um pouquinho menos”, acredita o economista. E mais: para ele, Dilma conseguirá convencer empresariado e investidores a apostarem fortemente no País. “Os próximos meses serão cruciais”, ponderou.

E para não perder a oportunidade, atacou as críticas feitas recentemente pela revista The Economist. “A característica da Economist é a ironia. Então, quem leva a Economist a sério é um idiota. Mas não adianta brigar, esta é a mais importante publicação econômica do mundo, e tem uma ironia cruel. Só imagino como eles se divertem, quando dizem alguma coisa sobre o Brasil, e o Brasil se irrita…”

A seguir, os principais trechos da conversa.

Muitos se perguntam como o Brasil registra desemprego tão baixo com um PIB fraco?

A produtividade no setor de serviços cresce muito pouco. Como o setor está crescendo, aumenta o emprego. Isso compensa a falta de força na indústria brasileira, onde nem sequer a produtividade aumenta. Dá a impressão até de que está caindo. Por quê? Porque o industrial não manda embora, em um primeiro momento, o seu trabalhador. Ele investiu nele, e o custo de mandar embora é muito alto. Então, o mau momento tem de perdurar, ele tem de perder a esperança de que vai haver demanda no futuro. Aí, dispensa. Mas, mais importante, foi a revolução da mulher.

Como assim?

A grande revolução brasileira foi da mulher. Quando éramos moços, Roberto Campos e eu achávamos que o Brasil ia ser uma Índia, uma China, onde cada mulher deixaria seis filhos. Hoje, a média é de 1,8 filho por mulher.

Um fenômeno demográfico?

Sim. A população do Brasil está crescendo menos. E o jovem está indo mais tarde para o mercado de trabalho. Portanto, o desemprego está diminuindo. Mas o Brasil só pode crescer por aumento de produtividade. Agora, a produtividade é pró-cíclica. Uma coisa está ligada à outra. A única saída para o Brasil é o investimento público e privado.

Tem gente dizendo que o senhor mudou de humor nos últimos seis meses, tornando-se mais crítico das ações do governo. Isso é verdade?

Sempre apoiei o governo e continuo apoiando. Acho o seguinte: a política do governo está correta, a direção da política está correta. Você pode ter uma observação aqui, uma observação acolá. A única coisa que me irritou, digamos, foi essa somatória de truques, inúteis, nas contas públicas. Quando eu faço a crítica, estou ajudando o governo.

Acha que o Brasil está bem?

Está. Honestamente, acho que a Dilma é uma tecnocrata competente, trabalhadora. A direção do seu governo está correta. Estão baixando a taxa de juros, de forma ainda um pouco tumultuada. Estão reduzindo a carga tributária. A desoneração da folha de pagamento, combinada com aquela elevação do câmbio, teve um efeito importante: vários setores voltaram a ser competitivos. Dilma teve a coragem de pôr a mão na caderneta de poupança. E se saiu muito bem. Abriu espaço para baixar a taxa de juros. Ou seja, as coisas estão caminhando na direção certa. E vamos ter uma das melhores safras agrícolas dos últimos anos.

A semente está plantada…

Está. E muitos com a impressão de que o Brasil está numa situação delicada. Eu te pergunto: qual país do mundo tem nosso superávit fiscal e uma relação de dívida/PIB de 36%? Mesmo usando a dívida bruta, a relação é de 17%, é a reserva. Tinha alguma coisa mais líquida do que a reserva? Falta a volta do investimento maior. Cadê? O investimento só volta se, nesses novos leilões, o governo for inteligente. O maior progresso na microeconomia foi a formulação de leilões. Eles estimulam a concorrência. Só não pode fixar taxa de retorno. A taxa de retorno tem de vir pelo mercado. Não adianta dizer que há dinheiro barato no BNDES. As pessoas estão cansadas de ouvir essa conversa. Todos sabem que o BNDES é simplesmente uma repartição pública, um banco de boa qualidade, mas lento. Muito lento.

O que acha da iniciativa privada, que, há muitos anos, corria atrás de subsídios?

Hoje, já não querem mais. E o que aconteceu? Aprenderam que subsídio é uma coisa instável. O setor privado tem, na mão do governo, créditos de bilhões de reais. E o governo não devolve.

É a favor de subsídios?

Se a taxa de retorno social for maior do que a taxa de retorno privado, você pode fazer algum subsídio. Adequado. Caso contrário, não há nenhuma razão. O setor privado brasileiro, na minha opinião, desconfia, hoje, do governo. Não deste, mas de qualquer governo.

Como o senhor vê o ano?

Há probabilidade de Dilma cooptar o setor privado para seus projetos. Ela está chamando as pessoas, conversando, mostrando que não tem uma ideologia socializante, que quer capitalismo sem lucro. Você tem de saber que, se um sujeito, hoje, tem uma grande empresa – e o valor da empresa na bolsa é menor do que o valor de reposição –, ele não investe. Pode dar o subsídio que quiser, porque ele não investe. Há de se acordar novamente o espírito animal do empresário brasileiro.

O senhor tem conversado com a presidente Dilma, todo mundo diz que o senhor é o grande interlocutor…

Isso é falso, falso. Não tenho conversado nada com ela.

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