Coletivo Gregório Bezerra criado em Santa Catarina, na Comuna Amarildo

Depois do lançamento nacional do Coletivo Gregório Bezerra, na Casa de Detenção de Recife em agosto, onde Gregório passou mais de 15 anos preso, é a vez de Santa Catarina criar o seu coletivo. Estado marcado pelas famigeradas agroindústrias, principalmente do ramo de suínos e aves, com trabalhadores sofrendo com as piores condições possíveis e onde os acidentes de trabalho são uma rotina diária, Santa Catarina esteve nos últimos meses no centro de uma polêmica: A Ocupação Amarildo de Souza, que rompeu as cercas de uma terra pública, grilada por um deputado do Partido da ditadura (Arena). A ocupação sofreu todo tipo de ataque de uma burguesia que gostaria que Florianópolis virasse um grande Resort de Luxo, e a dita terra um campo de golfe. Os trabalhadores quiseram diferente. Ocuparam, resistiram e hoje aguardam a retomada da terra pelo governo federal, para instalarem ali uma Comuna. Enquanto isso já constroem a Comuna Amarildo no município de Águas Mornas. Nessa terra o trabalho coletivo é regra e as assembleias – em que todas e todos participam em igualdade – são a voz dessa coletividade materializada.

Não havia melhor cenário para a fundação do Coletivo Gregório Bezerra em Santa Catarina. Estiveram presentes o candidato a Presidência pelo PCB Mauro Iasi, a candidata ao governo de Santa Catarina pelo PCB Marlene Soccas, diversos militantes do Partido Comunista, da União da Juventude Comunista e dos Coletivos Minervino de Oliveira e Ana Montenegro, além de quase a totalidade dos “Amarildos”, como se autodefinem os moradores da Comuna. Gregório Bezerra foi e continuará sendo fonte de inspiração para os comunistas brasileiros, sua história na luta agrária ganha agora mais um eixo de apoio neste estado tão longínquo do seu Pernambuco natal, mas com os mesmos problemas no acesso à terra e de mercantilização da vida. E como gostam de falar os “Amarildos”: Coletivo Gregório Bezerra, Firme!!!

Coletivo Gregório Bezerra Santa Catarina

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