Os povos indígenas e o COVID-19
PCB – Distrito Federal
Há no Brasil 305 povos indígenas (IBGE, 2010), falantes de mais de 200 línguas distintas, que possuem usos, costumes e tradições diferentes que podem ser duramente afetados pela falta de prevenção devida. Por quê? 1) os dados epidemiológicos destes povos são, em geral, piores que o restante da população; 2) as localizações geográficas de difícil acesso de muitas aldeias; e 3) serviços de saúde inexistentes nas regiões em que vivem. Isso sem contar os índios isolados e de recente contato, que geralmente não falam ou têm pouca familiaridade com o português.
Por isso, é preciso que a prevenção dos indígenas seja diferenciada também, e não apenas uma replicação dos mesmos procedimentos feitos com o restante da população, como demonstram alguns documentos públicos ( https://www.saude.gov.br/saude-indigena).
Defendemos testes de detecção do COVID-19 a todos que forem para aldeias nos próximos tempos, indígenas ou não, sintomáticos ou assintomáticos. Que os indígenas tenham suas medidas preventivas respeitadas! E que seja dado todo suporte adicional, em respeito às especificidades culturais, epidemiológicas e operacionais dos indígenas.
A prevenção é o caminho!
Toda solidariedade aos povos indígenas! Pelo respeito à diversidade humana!
Nenhum serviço de saúde a menos! Nenhum direito a menos!
Por um SUS 100% público e universal!
Foto: Apib
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