NOTA PÚBLICA – OCUPAÇÃO DOM TOMÁS BALDUÍNO

Diante do despejo anunciado pela Polícia Militar de Goiás para o dia 21 de novembro, próxima sexta-feira, as famílias da ocupação Dom Tomás Balduíno decidiram por uma medida drástica: 22 companheiros e companheiras iniciaram nesta manhã do dia 18 de novembro uma greve de fome, que só será suspensa quando for cancelado o despejo.

Os 22 Sem Terra estão na Assembléia Legislativa de Goiás e optaram voluntariamente em entrar em estado de Greve de Fome para evitar um massacre anunciado. Segundo informações do próprio comando da Polícia Militar, mais de 5 mil policiais estão sendo deslocados para Corumbá para retirar as mais de 3 mil famílias que ocupam o latifúndio do senador Eunício de Oliveira. O histórico dessas ações da PM não deixa dúvidas do grande perigo que correm as famílias Sem Terra: a última ação de tal envergadura foi o despejo da ocupação urbana Sonho Real, no Parque Oeste de Goiania, onde 02 foram assassinados, 07 desaparecidos e 16 feridos por arma de fogo e mais de 800 detidos.

Essa Greve de Fome se soma à ação do MST de Goiás de acionar o Tribunal de Justiça de Goiás para suspender a liminar de despejo. Segundo advogados populares que estão na causa, a medida de reintegração de posse é ilegal, pois não possui sequer os documentos que comprovam a propriedade do latifúndio em nome do Senador.

O MST reitera sua total determinação de permanecer em diálogo, de forma pacífica, para encontrar a melhor forma de desapropriar o latifúndio Santa Mônica e assentar as famílias. Contamos com a solidariedade de diversas organizações, professores e cidadãos de Goiás e do Brasil, para que a justiça seja feita e as famílias trabalhadoras possam continuar na conquista de seu direito por terra, trabalho e dignidade.

Direção Estadual do MST-Goiás

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