Apoio militante à Ocupação Sonho Real, organizada pelo MTST em Goiás
Na madrugada de sexta-feira para sábado (17 de janeiro) o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou um terreno público em Aparecida de Goiânia. A área em questão é a de uma obra que deveria ser uma maternidade na cidade, que fica na região metropolitana de Goiânia, mas a obra está abandonada pelo poder público há mais de seis anos.
O movimento ocupou de forma estratégica o local no intuito de reivindicar o direito à moradia às famílias, além de questionar o destino que levará tal construção que já recebeu um investimento de mais de 7 milhões de reais, cogitando-se ainda assim sua demolição.
O movimento já conta com centenas de famílias, que se organizam de maneira comunitária.
A Ocupação Sonho Real é uma resposta ao Poder Público que se porta como representante da Especulação Imobiliária, privilegiando construtoras e empresários e deixando milhares de trabalhadores sem teto. O déficit habitacional do Estado de Goiás é hoje superior a 160 mil famílias. O Governo de Goiás do PSDB e a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, do PMDB-PT e o Governo Federal, insistem em criminalizar e judicializar as lutas sociais. Toda ocupação e manifestação são logo colocadas sob suspeição, como ocorre com a Ocupação Sonho Real, onde os manifestantes são ameaçados com a possibilidade de invasão da PM no local. Portanto faz-se necessário o amplo apoio, solidariedade e divulgação dessa luta por parte das organizações e militantes da classe trabalhadora.
Assim, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) e a UJC (União da Juventude Comunista) tem contribuído de forma militante, ao lado de tantas outras organizações de luta, com essa ocupação urbana dos trabalhadores. Afirmar um movimento de luta por moradia independente, classista e anticapitalista, que não mire as soluções dos problemas da classe trabalhadora no campo de uma institucionalidade burguesa cada vez mais controlada, é essencial para rompermos com a submissão e cooptação que os governos e burocracias sindicais tentam impor aos trabalhadores.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA! CRIAR, CRIAR, PODER POPULAR!